quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Receitinha - Bolo de cenoura e banana

Bolo tem sido minha obsessão culinária ultimamente. Na verdade, receitas de bolos saudáveis que as meninas possam comer, ou seja, pouco açúcar, sem glutén, sem leite. Faço um toda semana e elas amam! No aniversário delas fiz um bolinho de cenoura e banana para as crianças que ficou ótimo e resolvi compartilhar a receita aqui. É basicamente a receita do meu bolo de beterraba com adaptações. Aproveite e faça esse bolo vapt-vupt para o lanche que é bom de-más!


Bolo de cenoura e banana

1 cenoura média crua cortada em pedaços
2 bananas pratas pequenas
2 de farinha de trigo (usei farinha de arroz sem glúten com goma)
1 xícara de açúcar
4 ovos
3/4 de xícara de óleo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal

Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte e enfarinhe uma forma com furo central de 24cm de diâmetro ou coloque em formas pequenas de silicone para servira pras crianças. Bata todos os ingredientes no liquidificador, colocando os líquidos embaixo, depois a cenoura e a banana, e os secos por último. Asse por 45-50 minutos e faça o teste do palito. Simples assim.


Cobertura
Como era aniversário e tals liberei uma cobertura de chocolate, daquelas simples e super fáceis de fazer. Anotem: em uma frigideira coloque quatro colheres de cacau em pó, quatro colheres de açúcar e oito colheres de água. Mexa bem até ficar com uma consistência mais grossa. É isso. Mas o que aconteceu: as meninas não gostam da cobertura. Então, pode ser que isso acontece por aí também ;)


Meu sobrinho Bento aprovou e devorou


Maria comportada e modelo de bolo

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Contagem Materna - 34 semanas e três dias

Onde foi parar janeiro? Não sei. Teve festa, chá de bebê, pequeno estresse no médico, mudança de rotina de vida, de ano, de tudo, e o bebê aqui, claro. O mês passou rápido demais e com ele veio um cansaço de grávida que insiste em ficar. Mas, agora, eis que chegou a fase, finalmente, de querer preparar o ninho, e eu não digo apenas de preparar quarto e enxoval, mas de ajeitar nossa família, nosso espírito para a chegada de um novo membro. É hora de curtir a ansiedade de que "tá chegando a hora", minha gente! Quero conhecer logo esse bebê, saber quem ele é e como vai ser nossa vida de cinco. Isso resume, basicamente, minhas 34 semanas.

Selfie dos 34

As meninas nasceram de 34 semanas e aqui estamos nós entrando em outra fase. Não diria território desconhecido, mas é que essa gravidez única é tão diferente da gemelar, que é difícil de explicar. Além de serem duas, eu era marinheira de primeira viagem e me deixei levar pelos medos e inseguranças. Tomei muitos remédios na gestação delas, passados pela médica, e não curti os movimentos da barriga, as contrações de treinamento. E agora levo tudo numa boa, sim, fico bem cansada, mas tenho duas meninas para cuidar e o repouso tem se resumido às sonecas delas e a hora que o marido está em casa. Tenho ficado sozinha com elas de tarde e fico inventando brincadeiras, a energia de duas de dois anos é difícil de acompanhar, mas chega uma hora que dói tudo e como faz? Geralmente, chamo as duas para ver um vídeo no celular (geralmente, vídeos delas mesmas, que elas adoram, pasmem), então tenho que ceder um pouco, até uma televisão tá rolando. Mas também sentamos muito para desenhar, comer fruta, brincar de cozinha. E também tenho contado com a visita de amigos para agitar as coisas por aqui. Dores no ciático tem aparecido, mas gente, nada que se compare à tudo o que eu passei com a gravidez das duas, mesmo, então, vou levando numa boa (em grande parte do tempo, pelo menos).

Tenho ficado mais introspectiva, serena e, contraditoriamente, menos paciente com comentários de pessoas e situações, acho que algo comum em todas as grávidas no fim da gestação. O quarto não está pronto, muita coisa não está pronta, mas não estou preocupada com isso. Já separei as roupinhas, entre elas as duas únicas peças que eu comprei pro bebê. O resto foi presente ou era das meninas, passado pelas amigas ou cunhadas. Tudo neutro e algumas coisas de menino e outras de menina, que estou separando para lavar depois, no melhor modo "caso seja necessário". Agora uma coisa esse bebê tem muito: roupa de cama e mantas lindas feitas por nós! Sim! Como eu não vou fazer as mantas da Loja da Família Moderna  pro meu próprio bebê? ;)

Tenho pensando muito em como sou grata por essa gravidez e tudo o que ela tem me proporcionado e ensinado. Me sinto sortuda e honrada por poder gerar uma vida mais uma vez, um sentimento antigo mais ao mesmo tempo novo surgiu em mim, isso se chama maternidade. Sinceramente não gosto de pensar que esta vai ser minha última vez como uma pessoa grávida e gestante, mas posso dizer que aproveitei muito cada minuto, mesmo que o tempo tenha passado rápido demais. E vamos aproveitar mais um pouquinho porque ainda falta um bocadinho, mas nem tanto.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Gêmeos e gereciamento de conflitos

Uma semana antes das meninas completarem dois anos eu comecei a escrever um post sobre o tal "dos terríveis dois" e como ele não era o bicho de sete cabeças que todo mundo pintava. Rá, rá, rá, rá. Dois dias depois de escrever esse texto, que ainda está nos meus rascunhos, elas começaram a brigar, chorar, se jogar no chão por tudo. Oi? Cadê as meninas tranquilas que estavam aqui? Eis que surge aquilo que nós, mães everywhere, chamamos de "fase". O pior eram as brigas entre elas, e aí acho que entramos em algo bem específico para quem tem gêmeos porque é preciso administrar isso, mas resolvi escrever sobre como lidar com isso, já que todos nós, pais de um, dois ou três, temos que saber ensinar nossos filhos a digerir suas frustrações e direcionar seus desejos. O que meio que já entregou a conclusão do texto, mas acho que é basicamente isso, não precisamos gritar, castigar, punir, esses momentos de birra, (não que eu nunca tenho feito nenhuma das anteriores na hora do aperto), mas ensinar a criança a achar um caminho, canalizar suas emoções. Eu sei, tudo muito lindo assim escrito, então vamos pra prática.

Os melhores abraços são esses com força, gente!

Eu acho que essas fases tem suas fases. Explico: primeiro a criança aparece com um comportamento diferente e surgem os choros, muitas vezes inexplicáveis, e as tais das birras. Aí vem a sua reação em relação à isso, que quase sempre é de desespero, você perde a paciência, não sabe o que fazer, começa a digerir aquilo, tenta achar explicação, etc. É quase um túnel escuro onde você fica procurando a luz e não acha. Depois, o comportamento continua, mas você muda (ou pelo menos deveria) respira, começa a ter paciência, não grita porque quer mostrar pra criança que aquela não é a forma de lidar com a situação (leia-se: se você grita, ela também vai gritar, oras, o mesmo acontece com se você bate, ela também vai achar que pode bater), tira o foco da situação, explica, conversa (mas explicações simples e diretas do tipo: "não pode bater na sua irmã porque machuca e ela fica triste"). Eu realmente não sei se é a fase que passa ou se é você que aprende a lidar com ela e, finalmente, ensina alguma coisa para seu filho. O fato é que tudo se ajeita, especialmente, quando a gente respira e consegue administrar a novidade. Tá aí um resumo bem claro de uma das facetas da maternidade. Ponto. Aqui em casa, sinto que já está passando.

Bem, vamos então aos conflitos. Elas começaram a brigar por brinquedo acho que com uns 9/10 meses, e na época alguém me deu um ótimo conselho: "deixe elas se resolverem". E foi o que eu fiz, só fazia alguma intervenção quando alguém puxava o cabelo ou coisa do tipo. E era enfática no "não pode". Depois passou. Eu também li sobre isso no Montessori e segui a coisa de que a criança nessa fase não precisa dividir, a regra é "quem pegou o brinquedo foi ela, espera a sua vez" e dava certo. Agora, depois de tanto tempo, a briga pelo brinquedo voltou de novo. Minha primeira reação àquela "novidade" foi intervir, brigar, etc, ainda respeitando aquela coisa de "quem está com o brinquedo é ela". Depois eu lembrei: "deixe as duas resolverem". Não é que deu certo? Outra coisa: se você coloca muito foco no conflito, na briga, a criança acha que está atraindo ainda mais atenção pra ela. É muito louco, mas no momento que eu deixei as duas se entenderem, elas pararam. Pararam até de empurrar, e serem mais violentas com a outra. Foi incrível! Por isso, minha gente, respirem, se inspirem e gerencie conflitos sem subestimar a capacidade dos pequenos de aprender e lidar com a situação tendo você como guia, afinal é esse o papel. Essas fases e muitas outras vão existir, não adianta ignorar e achar que vai passar, ela só passa quando fazemos o que de fato deveríamos: ensinar.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Festa de dois anos - Maria e Isabella - DIY - Faça você mesmo

Fim de semana passado comemoramos o aniversário das meninas com uma festa simples, só com a família, mas cheia de detalhes e amor. Como o cansaço bateu neste fim de gravidez, estava bem desanimada para celebrações, confesso, então meus pais resolveram me dar uma super mão, daquelas que só os pais sabem dar, e fizeram praticamente tudo da festa! Era pra ser um bolinho com os primos, mas eles foram além e capricharam em tudo! Tudo no estilo DIY, ou seja faça você mesmo, que a minha família é adepta. Adorei porque foi a festa pequena e simples que eu queria, mas tudo pensando com carinho para ter a cara das meninas e elas aproveitarem muito. Como elas são surtadas por frutas, resolvemos fazer esse o "tema" da festa e servimos, claro, muitas frutas. Tudo saudável e fresco para espantar o calor, e sim, sem as guloseimas típícas de aniversário de crianças, mas com brigadeiro. Foi um lanche no fim da tarde e elas se divertiram muito com os primos. Aí vão algumas ideias para quem quiser fazer uma coisa do tipo em casa também:

Mesa do bolo. Bastidores feitos pela minha mãe, letras de madeira pintadas pelo meu pai e móbile de cartolina feitos por mim. Todas as louças da minha mãe. A festa foi feita no quinta da casa deles.

Faça sua feira e pegue suas frutas! Minha mãe fez cada uma dessas frutinhas de tecido para os convidados levarem pra casa de lembrança.


Nós cinco tirando foto antes de todo mundo chegar, algo essencial em festas de crianças #ficaadica

Mesa do "bolo". Fiz cupcakes sem glúten e sem lactose, depois posto a receita, para as crianças. E minha mãe fez brigadeiro e beijinho. Dentro do cupcake o famoso bolo gelado da dona Vera.

Mais detalhes

Frutas variadas picadas para os convidados montarem sua própria salada. Fomos na CEASA logo de manhã e compramos tudo, inclusive as flores, depois foi só chegar e cortar.


Detalhe dos bolinhos

Frutas, frutas e frutas


Mesa da comida: pipoca, salada, frutas, salgadinhos, pão com geleia de tomate, sucos e o biscoito de polvilho que não pode faltar. Também servimos cachorro-quente de carne moída, uma escolha mais saudável do que a salsicha.


Suco de uva integral batido com pera e manga e abacaxi. Todos feitos na hora

Salada de tomatinho com azeitona, cebola e manjericão. Simples e deliciosa!

Minha mãe preparando tudo na cozinha. Também foi ela e meu pai que pintaram essa árvore de madeira.


Foto vida real: descalças e de chinelo. Festa em casa pode!


Foto porta-retrato e meninas de olho nos doces

Visão geral da mesa do bolo


O cenário da festa: um belo quintal gramado

Lembrancinhas simples. Bolsa de maçã, giz de cera, biscoitinhos e óculos coloridos.

Foi lindo e as meninas se divertiram horrores, que é o que importa. Comida boa, que a gente gosta, e muita bagunça entre as crianças. Que venha o chá de bebê!

domingo, 12 de janeiro de 2014

730 dias com Maria e Bella

Na sexta passada, foi aniversário das meninas. Dois anos! Entramos no quarto delas cantando "parabéns" logo cedo e quando elas foram pra sala encontraram o chão forrado com balões coloridos, tomamos café da manhã com o Marco atrasado pro trabalho e lá começou nossa rotina com duas faladeiras, como tem sido agora, meninas falantes, prontas para descobrir ainda mais sobre o mundo. Eu sinto que vivemos tantas coisas nesses dois anos que nem sei descrever, mas o fato é que o último ano foi mais leve, mais cheio de alegrias do que desafios (ainda que eles sempre estarão presentes), foi um ano que eu me senti mais mãe e o amor transbordou ainda mais. Aproveitamos muito e espero aproveitar mais. Que venha mais um ano, que com certeza vai ser completamente diferente do anterior, com foi do 1° ao 2°. A vida é boa, minha gente!

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Receitinha - Costelinha com Molho Barbecue feito em casa

E aí? Todo mundo super animado com janeiro? Sexta-feira é aniversário das meninas e aqui estou eu sem conseguir escrever um post sobre isso, mas já tenho uma outra dica ótima pra postar aqui enquanto o texto não vem.

Que tal fazer uma receita super fácil, saudável e com selo de aprovação das crianças? Amigos e amigas, eis que vos apresento a costelinha de porco feita com molho barbecue caseiro, sem conservantes blás, blás, blás, tudo natural, feito por você mesmo com amor e carinho para família inteira? Meu tipo de receita!

Eu aprendi a fazer o molho em um curso de culinária mexicana há anos atrás, mas dei uma adaptada porque sabia que as meninas iam comer com a gente também. E, sim, carne de porco também é saudável, gente! Não, não dei as partes de gordura pra elas. Fazer a costelinha é fácil, mas para quem tem filhos como eu, indico fazer com certa antecedência, tipo umas 9h da manhã pro almoço não atrasar e você não ficar enrolada. Então, vamos lá pro passo a passo.

Simples e delicioso

Nossas degustadorasoficiais

Costelinha com Molho de Barbecue Feito em Casa

Ingredientes

Carne:
1 peça de costelinha de porco
Temperos a gosto

Na travessa onde você vai fazer a costelinha tempere a peça com uma laranja, um punhado de cominho, páprica doce, pimenta do reino e sal. Tudo a gosto. Deixe marinar por meia hora (porque quem tem tempo de deixar mais que isso ou lembra logo quando acorda? Mas o legal seria umas duas horas). Se você quiser fazer isso na noite anterior tá super valendo! É só deixar bem tampado na geladeira.


Depois coloque no forno médio coberto com alumínio para cozinhar bem a carne.
É hora de fazer o molho! Veja que ele é cheio de adaptações por isso, não tem desculpa:

Molho:

- 1 cebola roxa pequena
- 1 maçã (de preferência verde, mas não tinha no mercado, então usei a red mesmo)
- 1 xícara de molho de tomate caseiro (bati uns tomates no liquidificador com um pouco de salsinha, nada mais que isso)
-  dois dentes de alho
- duas colheres de vinagre balsâmico (era o que eu tinha em casa, mas pode ser o de maçã)
- 1 colher de sobremesa de mostarda (usei a dijon, mas pode ser a outra)
- 1 colher de sopa de açúcar
- suco de 1 laranja
- um toque de molho de pimenta de sua preferência (usei o sriracha pra mim o melhor molho de pimenta ever!)
- sal, cominho e pimenta moída a gosto

Primeiro rale a maçã e deixe de molho no suco de 1 laranja. Reserve. Em uma panela, refogue a cebola no azeite com sal, pimenta do reino moída, um pouco de cominho e o alho. Deixe reforgar bem. Depois coloque: a mostarda, o açúcar, a maçã, o molho de tomate, o vinagre e um pouco de molho de pimenta.

Misture e deixe cozinhar.

Quando você passar a colher e ver o fundo da panela é porque está pronto. Deixe esfriar um pouco e bata o molho com o mixer.

Depois é só passar na costelinha que está no forno. Faça esse processo umas três vezes para que o molho fique bem colado na carne.


Servi com batatas e cenouras pré-cozinhas que depois foram pro forno também em um recipiente separado. E um bom arroz feito na hora.

Selo Bella e Maria de aprovação

Façam e depois me contem!

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

2014 por uma vida mais simples

Quando o relógio bateu meia-noite na última terça-feira eu não senti nada de diferente. Abracei e beijei o marido, desejei feliz ano-novo pra família que estava junto e fiquei meio tensa com a possibilidade daqueles fogos todos acordarem as meninas. Não bateu aquela onda de esperança "que tudo se realize no ano que vai nascer", nem aquele sentimento de "ai, 2014 vai ser melhor". Primeiro porque a vida já é boa demais e a virada não muda isso. Segundo, porque eu já tinha certeza que 2014 ia ser diferente, e não apenas porque eu vou ganhar um bebê nos meus braços em breve, mas a nossa vida vai mudar muito. Muito além do fato de sermos cinco, no lugar de quatro. E isso é maravilhoso e ao mesmo tempo tenebroso. Então, vamos lá botar no papel, ou melhor, em versão post na tela do computador.

Daqui há uma semana Maria e Isabella completam dois anos e aqui estou eu vivendo todos esses 730 dias da vida delas intensamente. Todos os dias com elas, estou sempre ali, sem folga, sem férias, afinal não é um trabalho, é um modo de vida. Eu fiz uma escolha, que é muito particular de individual diga-se de passagem, de fazer isso, ficar com elas, simplesmente isso. E não foi e nem é fácil, assim como sair para trabalhar todos os dias e deixar os filhos sob os cuidados de outras pessoas também não é, nem nunca será fácil. E eu aqui vivendo intensamente o mundo delas. E para isso tive que me perder e redescobrir, tive que abrir mão de uma vida financeira estável, de ter um tempo pra mim e como não, de ter coisas ou viagens que estavam nos meus planos. E posso dizer/escrever aqui com todas as letras que não me arrependo em nenhum minuto. E tenho certeza que foi a melhor escolha que fiz na vida. Sei que foi o caminho pra mim e me descobri nele, tanto que nem imaginava. E não pretendo desviar da rota, aliás, a ideia é mergulhar ainda mais fundo, eis a mudança de 2014. E a resposta para pergunta: "como você pretende cuidar de três sozinha (aka, sem babá, escola ou empregada)?".

Felicidade é foto desfocada

Pouco antes da segunda gravidez se concretizar, o marido estava querendo mudar de função no trabalho e diminuir as horas. Ficar mais em casa com a gente e curtir o que a gente acha que deve curtir na vida: família. Sim, loucos, loucos, loucos. Mas, tinha um porém: o salário iria diminuir. Se já tava apertado, ia ficar mais ainda. Pensamos e conversamos, ainda sim valeria a pena para concretizar a nossa escolha. Ele fez a entrevista na semana que já estava desconfiada da gravidez. Foi classificado, mas não chamado. Pensamos: ainda bem, já que vem mais um bebê por aí. Mas, seis meses depois, ele foi chamado. Ops. E agora? Ele aceitou, e aí está a grande mudança de 2014, que vai acontecer mais pro fim do mês. Por um lado vai ser ótimo porque ele vai poder ficar com a gente, participar ainda maus vida das meninas e terei ajuda, já que elas ainda não vão pra escola esse ano, e sim, eu ia ficar com os três em casa sozinha. Por outro, quer dizer que a nossa renda vai diminuir e teremos que fazer adaptações. Como tudo na nossa vida: difícil, mas não impossível.


Bella e Maria janeiro de 2014

Mas, espera, eu sei o que você está pensando: esse povo não pensa no lado profissional? Sim, claro que pensamos. Temos nosso planos e objetivos. Mas no momento nossas prioridades são outras. E existe tempo para tudo. Por que não parar um pouco agora nos primeiros anos de vida dos filhos e correr atrás depois? Hebe Camargo parou dez anos por causa do filho e foi o que foi. José Saramago só escreveu sua obra-prima com 63 anos. Por que essa ansiedade moderna de que tudo tem que ser pra ontem? Desde que me tornei mãe tenho tentado fazer alguma coisa de casa e por isso criei a Loja da Família Moderna e tenho planos pra ela para os próximos 10 anos, sim. Tenho planos para este ano! Mas agora sigo no nosso ritmo. E o marido também tem os objetivos, inclusive do que muito considerariam "dar um passo para atrás" agora, para depois dar um maior pra frente. E com ele mais em casa também posso focar mais na loja, claro. Estamos tentando achar uma forma de viver bem (não ficar rico), e ficar perto da família.


Em busca de equilíbrio

Por enquanto, vivemos o hoje. O aqui e agora. E escolhemos ter um vida intensamente familiar. E agora teremos uma vida ainda mais simples. Outro dia até estávamos pensando em como seria bom comprar um sítio, plantar comida e criar galinha. Hippies. Mas, sério. Todo esse processo fez com que a gente questionasse o valor das coisas, a obsessão moderna por consumir no lugar de aproveitar e ter. Ter, gente! Pensem nisso. Sei que é um caminho diferente e confesso que prefiro assim, prefiro ser tachada de louca, não me contentaria em ser normal. Mas assim como todo mundo, queremos encontrar o equilíbrio e estamos desesperadamente tentando. Apenas arrumando um jeito diferente de fazer, o nosso jeito de ser feliz. Pois que venha então o resto do ano com bebê, casa cheia, muito trabalho na loja, nem tantas coisas, mas muito amor. Amor triplicado.