terça-feira, 14 de outubro de 2014

Introdução Alimentar Instintiva

Então, chegamos na fase de comer. Preciso dizer que a introdução alimentar tem sido a coisa mais diferente da experiência de mãe de segunda viagem, terceiro filho. Muito diferente. Chega dá vontade de apagar todos os post que eu fiz no blog sobre introdução alimentar com as meninas. Acho que fiz várias coisas erradas, mas algumas certas já que elas comem bem no auge dos dois anos e nove meses e são viciadas em frutas. E espero que o Francisco siga o mesmo caminho. Pois bem, não acho que exista fórmula totalmente correta, mas aí vai a minha experiência no momento, meu próprio "método", nem blw, nem o tradicional, mas o instinto puro. E talvez a nossa tentativa agora sirva de inspiração pra alguém.

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Francisco fez seis meses de amamentação exclusiva e em livre demanda, ou seja, peito quando quisesse sem importar o tempo. Dormia bem a noite toda. Ele mostrava interesse pelo que a gente comia, o que sempre é bom sinal. Pensei em começar logo a dar uma papinha pra ele, mas resolvi ir na pediatra primeiro pra ver se ela passava alguma orientação importante que eu não sabia e qual era a linha dela. Porque com as meninas achei que foi muito tradicional. Então, acabei iniciando com seis meses e meio.

Comecei com a fruta. Banana amassada. Ele fez cara feia, normal. Comeu umas cinco colheres e pronto. Depois foi mamão, manga, tudo amassado ou picadinho. E ele ia nas mesmas cinco colheres e cara feia. Fiquei pensando que talvez se eu fosse mãe de primeira viagem ia achar que ele não tinha gostado de nada. Mas continuei dando nos mesmos horários e tal. Com a papinha salgada a mesma coisa.

Na segunda semana fui vendo que estava impossível fazer tudo separado e ele acabava não comendo porque eu não tinha tempo de fazer alguma coisa pra ele. Então, descobri que não precisava ser programado, tudo certinho, panela separada, como eu fiz com as meninas. Ele ia comer o que a gente comia. Então, se as meninas estavam comendo melancia, tapioca ou arroz com feijão. Era isso. E não necessariamente tinha que ser amassado. Foi aí que a Introdução Alimentar Instintiva chegou forte.


Comendo morango

Colocava pedaços de fruta grande e ele comia. Pepino ou cenoura em forma de palito e ele adorou. E a cara feia começou a ir embora e as colheres passaram da linha dos cinco. Sentava ele no cadeirão e dá-lhe um pedaço de banana ou melão. Não tinha mais preocupação com babador ou sujeira. Meu filho estava comendo. Nem sempre ficava ali do lado dele, estava por perto, mas não em cima. Na hora do almoço, geralmente umas 11h30 por aqui, ele já senta com todo mundo, comemos em família. Eu vou comendo meu prato e paro para dar umas colheradas do potinho dele. O conteúdo é quase sempre um legume ou dois no vapor, que nós também estamos comendo, arroz e/ou feijão, varia muito. Hoje, por exemplo, ele comeu peixe (tilápia), com batata amassada no garfo e guacamole. 

Eu não fiz tudo da noite pro dia. Fui introduzindo aos poucos. Umas duas semanas depois das caras feias, ele começou a comer bem e aí acho que exagerei. Num dia ele comeu tapioca, fruta, almoço e fruta e quando chegou de noite vomitou tudo. Depois passou uns dia gorfando meio amarelo, achei que poderia ter sido muita coisa ácida e dei uma maneirada. Agora já comecei a introduzir o jantar também, mas não é todo dia. E se esqueço alguma refeição, tudo bem também.

Acho que com as meninas também rolou uma mudança muito grande na nossa alimentação e com o Francisco isso já estava pronto. Agora nas nossas refeições têm sempre uma opção de legume e verdura. Passamos a consumir mais frutas por causa delas e isso facilitou muito. Acho que a alimentação tem que ser da família toda, temos que criar hábitos e não apenas introduzir alimentos. Dar exemplo é sempre a melhor opção.  Com as meninas também fiz muitas coisas que eu nem sabia que não era legal, tipo dar mucilon e farinha láctea, pra citar alguns.



Deixar a criança sentir e tocar o alimento também é importante. Isso aprendi no meio do caminho com as meninas. A alimentação delas flui muito melhor com uns oito meses quando passei a me desprender a papinha e deixar elas comerem com a mão, e nisso o blw mr ajudou muito, a entender que a criança precisa aprender a mastigar e que engasgar faz parte do processo também, é claro que é preciso estar atento, mas a própria criança tem seu mecanismo de segurança que deve ser trabalhado. Por isso, com as frutas o Francisco tá sempre comendo sozinho. Ele mesmo pega o pedaço e leva a boca. E come. Muito! No almoço e no jantar é que, geralmente, pico ou amasso alguma coisa e dou na colher, ou deixo ele explorar com a mão também. E a coisa do instinto tem dado super certo. Ele come bem e de tudo.

O que importa é que estamos ensinando ele a se alimentar, não apenas comer, e tudo com instinto e amor também. E ainda tem peito. Muito peito. Porque pra mim essa ainda é a principal fonte de alimento dele. Então, às vezes dou o peito antes de dar a comida, por exemplo. Uma meia hora antes, ou logo depois dele comer e tudo bem também. E o menino come. E muito. Amém.

4 comentários:

  1. Já percebi que os pediatras tem linhas diferentes, cada vez que vou em um pediatra que nunca fui antes, ele me diz coisas totalmente diferentes do anterior. Nós mães temos que ouvir nossos instintos. por exemplo, tenho uma bebê que dorme a noite inteira. Já tive pediatra que me fez ficar acordando ela de 4 em 4 horas no máximo pra mamar e desregulou o sono dela inteiro, já a pediatra atual diz que se ela dorme a noite inteira, ótimo pra mim, que sorte, parabéns. Então hj deixo dormir de boa e eu acabei me beneficiando tb, pq agora não vivo exausta e sonolenta.
    Confesso que não estou nada ansiosa pra esse momento de introduzir alimentação. É tão mais fácil simplesmente encostar no peito e pronto!

    Beiijos!
    www.baudabijou.com.br

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  2. Tati, não sou de comentar os posts, mas acompanho os seu blog há muito tempo! Não tenho filhos ainda, mas espero em Deus ter a sabedoria e sensibilidade que você tem na criação dos seus, quando minha hora chegar! Beijos de Recife!

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  3. Parabéns pelo blog, Tati! Os posts são ótimos. Também tenho um blog sobre a família, com uma abordagem diferente. Acho que os conteúdos são complementares. Gostaria de fazer uma parceria, trocar links? Dê uma olhada, se puder: http://papodefamilia.vilela.ws

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