segunda-feira, 24 de junho de 2013

Em clima de festa junina - DIY - Faça você mesmo

Sem título


Eu adoro festa junina, mas faz uns dois anos que eu não comemoro muito bem essa época, entre gravidez de repouso e filhas pequenas. Mas, acho que agora vai, minha gente! Já enfeitei a casa, coloquei minha máquina para funcionar, veio inspiração e roupinhas pras meninas, o que inclui minha sobrinha querida que vai ter festa na escolinha. E devemos fazer uma festinha com comidas típicas para comemorar. Portanto, vamos rodopiar a saia e aproveitar o São João com um "faça você mesmo" para quem quer enfeitar os bebês para o Arraiá, não quer gastar muito com roupinhas e ainda quer um look diferente e exclusivo.

IMG_5389 Body junino

Você vai precisar de:

- 1 body (que pode ser novo ou antigo mesmo, branco ou estampado, aí vai da preferência de cada um)
-  pedaços de feltro de cores variadas (esses que eu usei são importados e comprei na Esty)
- máquina de costura ou linha, agulha e muita paciência de costurar na mão.

IMG_5362 Feltros de estrelinha
Desenhe um bandeirinha junina em uma papel e corte para fazer um molde.

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Faça o traço no feltro e corte

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Depois coloque as bandeirinhas na posição que você escolher no body. E prenda com um alfinete.

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É hora de costurar! Posicione a agulha no topo da gola do bodie para formar uma espécie de colar e passar pelas bandeirinhas.


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Eu afrouxei um pouco a tensão do ponto para não ficar apertado

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IMG_5388 Detalhe final

Tem que tomar cuidado na hora de costurar porque o tecido estica e as bandeirinhas podem sair de lugar, mas também não precisa ficar tudo certinho já que é festa junina. Depois é só pegar o bebê e dançar um baião por aí!

Também fiz umas mini bandeirinhas juninas para enfeitar a casa! Ficou tão lindo e delicado que resolvi colocar na loja e ainda fazer um sorteio no instagram. Para quem quiser comprar visite a www.familiamoderna.tanlup.com! São 10 bandeirinhas de tecido que fazem uma fita de 1,80, por R$ 18,90 e frete grátis para todo o Brasil! Produto único e exclusivo feito um a um com muito amor e carinho.

IMG_5358 Para quem quiser tentar a sorte, siga a gente no instagram @familiamoderna e vejam as regras do sorteio relâmpago que vai até quarta-feira só!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Parto meu, parto normal de gêmeos - Liliane Teisson

relato parto

Quando as meninas tinham poucos meses de vida, recebi um e-mail de uma grávida de gêmeos que estava na reta final, pronta para receber seus bebês, mas cheia de dúvidas, é claro, e me identifiquei muito com ela. Nasceu aí uma forte amizade virtual que perdura até hoje. A Liliane mora no interior da França com o marido Phil e já era mãe da Cécile quando se descobriu grávida de dois. Não foi tanta surpresa já que a mãe dela era gêmea e ela tinha irmãos gêmeos, mas foi, de fato, uma aventura. A começar pelo parto. Ela topou compartilhar a história dela aqui para quem sabe inspirar outras mães, é fato que na França a cultura hospitalar é muito diferente do Brasil, mas também é bom ter informações sempre. E ela teve um parto pélvico, um relato raro de ser ler por aí.

Eu sinto que conheço essa família tanto, adoro ver as fotos deles todos os dias e conversar com a Lili, que às vezes acho que ela é minha vizinha, mesmo que milhões de quilômetros nos separem. Está aí a maravilha da internet e do mundo moderno. Por isso, fico muito feliz de mostrar o nascimento da Alice e do Arthur, história que eu li em um e-mail há quase um ano atrás e me emocionei muito. Aí vai:

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Estava com 32 semanas de gestação e no dia anterior ao parto estava começando a me sentir estranha, com cólicas, vomitando e muita falta de ar. A enfermeira que vinha toda semana me ver em casa (por causa da hospitalização a domicilio) veio nesse dia pela manhã e me aplicou a primeira injeção pra maturação dos pulmões dos bebes. Por volta das 23 horas comecei a sentir contrações, indolores mas a barriga ficava muito dura. A sensação era estranha demais, nada comparado com o que senti no dia do parto da Cécile. Tomei buscopan, tomei um banho pra ver se passava e nada. Pensei que pudesse ser o efeito da injeção, por isso fiquei com medo, pois a cada contração forte meu colo corria o risco de encurtar cada vez mais.

Às três da manhã, como eu não conseguia dormir já que a barriga não parava de endurecer, Phil ligou pro hospital que mandou uma ambulância me buscar (por causa do repouso absoluto eles não aconselhavam o deslocamento de carro. Phil ficou em casa com Cécile. Me senti super sozinha, mas era necessarío e eu não queria acordar ela no meio da noite assim pra ficar no hospital sem saber o que iria acontecer).

Chegando lá fizeram uma ultra pra medir meu colo que já estava mais curto, menos de 1 cm, mas continuava fechado. Algumas horas depois voltaram para me examinar e voilà, colo aberto e com 3 cm de dilatação! Tomei um medicamento para parar as contrações na veia, mas não adiantou. Quando me disseram eu fiquei super nervosa, chorosa, uma mistura de alívio com medo, não sei descrever o que senti naquela hora, uma mistura louca... provavelmente culpa dos hormônios! Liguei pro Phil que imediatamente ligou pra mãe dele pra ir ficar com Cécile em casa, enquanto ele ia pro hospital.

Então, começou aquele corre-corre entre as enfermeiras, colocaram um monte de medicação no soro sobretudo a segunda dose pra maturação dos pulmões. Um dos remédios até não me fez muito bem, tiraram na mesma hora, mas nada grave. Me aplicaram também a peridural, em caso de gêmeos eles nem perguntam se a pessoa quer ou não anestesia, depois disso fiquei flutuando nas nuvens!  Detalhe que eu não senti dor em nenhum momento antes da aplicação, senti muito mais a picada da agulha que qualquer outra coisa.

Dessa vez Phil não pode assistir ao parto, pois foi feito no bloco (centro cirúrgico), caso fosse preciso tirar o segundo com uma cesariana. Me senti tão sozinhaaaaa, no primeiro parto ele ficou comigo e foi super importante, fez toda a diferença.

Finalmente, me levaram para o bloco, já tinha passado do meio dia. Alice nasceu com minha ajuda, mesmo com anestesia, eu tive toda a sensação do parto tirando a dor, claro. E isso foi super importante pra mim, já que no meu primeiro parto foi preciso ventosa para ajudar a Cécile sair, porque eu não forçava direito, fiquei com um medo terrível de que a força tomasse outras proporções (detalhe que Cécile era bem gigante, 3.6 kg, também então não me culpo tanto rsrs).

Durante o trabalho de parto, as enfermeiras me diziam "Força mesmo, igual pra fazer cocô, nós estamos acostumadas com os acidentes!" Assim que ela nasceu, com os olhos bem abertos, querendo ver tudo, me mostraram bem rapidinho e já correram com ela pros primeiros cuidados. Era a vez do Arthur, mas assim que ela saiu ele virou e sentou. Ele estava numa posição meio termo, tipo atravessado, só que bem mais inclinado pra posição cefálica. Mas na hora, as enfermeiras disseram que ele poderia ficar pélvico e foi o que aconteceu.
Quando isso aconteceu, a médica e as enfermeiras me diziam pra não fazer mais força, e quando olhei só via o corpinho dele pra fora e sentia que a cabeça dele estava dentro. A médica puxava muito, com muita força, é realmente impressionante, mesmo chocante, achei que fosse morrer ali junto com ele, sem exagero, rezei muito. Olhava apavorada pra médica, pergutando se eu podia forçar para ele sair e ela só dizia pra não fazer nada, que ela iria tirá-lo. Finalmente, ele saiu, chorou e eu cheguei a suspirar de alívio! Pra ele sair foi preciso uma episiotomia (mais uma vez, ja tinham feito quando tive a Cécile). Me trouxeram os dois rapidamente novamente pra que eu pudesse dar um beijinho.  Alice pesava 1,9 kg  e Arthur 2,2 kg.

Aqui o parto normal é muito valorizado, eles podiam ter feito cesárea, no meu caso, mas aproveitaram que os bebês estavam super bem e eram grandes o suficiente pra aguentar o trabalho. Dei graças a Deus também, assim no mesmo dia já estava bem pra vê-los na UTI.  Arthur precisou da máscara para ajudar a respirar, Alice respirava super bem sozinha. No dia seguinte, ele já estava respirando bem sozinho.

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Com os pequenos na UTI

Três dias depois do parto voltei pra casa, sem eles, achei que não fosse me importar tanto, mas na hora vem aquela sensação de "braços vazios". Coloquei na cabeça de que era tudo necessarío e logo eles iriam estar em casa e esse tempinho sem eles seria bom para reconquistar o meu lugar de mãe da Cécile que havia sido um pouco "apagado" durante a gravidez pelo repouso.

Depois começou toda aquela loucura das idas diárias ao hospital, aquele medinho de que algo pudesse acontecer com eles tão frágeis, pequenos e sozinhos. Todo dia sentia aquele aperto no coração em deixa-los. Eles ficaram quinze dias sozinhos na UTI e cada dia que passava eles só progrediam, não tiveram complicaçao nenhuma, perderam peso, mas começaram logo a recuperar. Tivemos muita sorte de ter conseguido uma vaga nesse hospital que é referencia em bebes prematuros, isso nos deixava bastante aliviados, eles eram muito bem cuidados, as enfermeiras todas muito fofas e carinhosas.

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Cécile fazendo carinho no irmão

Depois, foi a hora de eu ir pra lá me internar junto com eles. Nesse hospital, eles têm um setor chamado "mãe e filho", onde cada bebê prematuro, que tenha passado muito tempo no hospital depois do nascimento, possa passar um tempo com a mãe antes de voltar pra casa. É verdade que a gente perde um pouco o "fio da meada" quando volta pra casa sem eles. Ali eles aprendem a mamar sozinhos, tiram a sonda e todo aquele vinculo é formado. Pra mim foi muito difícil, fiquei duas semanas lá, mas tinha deixado outra filha em casa, o que foi realmente duro para aceitar. Chorei muito, ali foi meu limite, durante toda a gravidez, as duas semanas que fiquei no hospital de repouso, o tempo que fiquei presa no quarto no segundo andar em casa, sempre fui muito durona, durante toda essa barra que passamos.... acho que eu estava muito cansada com essa história de hospital, estava doida pra voltar pra nossa vida normal. Graças à Deus, Alice e Arthur mamaram no peito super bem, tiraram a sonda e só ganhavam peso.

Durante essas duas semanas, eu passava meus dias com eles sozinha no quarto dando peito, pesando e anotando o peso deles antes e depois de cada mamada pra ver o quanto eles mamavam a cada vez. Aturava conselhos totalmente contraditórios das enfermeiras que mudava constantemente, fiquei surda diante disso e comecei a fazer do meu jeito.
Finalmente, eles foram pra casa depois de um mês e toda uma nova e linda historia começou pra nossa família

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Fotos modernas, antes, depois e sempre

Eu gosto de tirar fotos. Eu adorava (e ainda gosto) de ver meu álbum de bebê quando eu era criança, as fotos antigas das famílias ou os porta-retratos alheios quando chego na casa de alguém. Eu gosto de reparar no cenário, na expressão do rosto, no jeito da pessoa, no momento passado que se foi, mas ficou enquadrado ali naquele pedaço de papel fotográfico ou na tela do computador, tablet ou celular, já que estamos nos tempos modernos. Quando as meninas nasceram eu tirava muitas fotos, muitas mesmo. E eu ainda tinha acabado da ganhar o iPhone, então era da máquina e do celular. Era cada respiração, um clique.

Há uns dois meses, eu descobri que milhares de fotos que eu tirei delas dos primeiros seis meses de vida tinham sido apagadas por um problema no computador. Socorro! Mas, é claro, que eu tinha back-up, gente! No HD externo, oras. E o que aconteceu? O HD externo deu problema também. "Ha-ha-ha" Só que não, né? Entrei em fases de desespero, tristeza e conformismo. Até começar a pensar na quantidade de fotos que eu tirava das meninas, será que aquilo era necessário mesmo? Por que não começar a imprimir e fazer álbuns das duas? Salvar em CDs talvez, mas também começar a ponderar a quantidade exorbitante de fotos, nem tudo precisa de mil cliques. É bom guardar os momentos, mas também é bom vivê-los intensamente sem se preocupar com o melhor ângulo ou a pose. Então, eu relaxei.

Consegui recuperar algumas fotos das meninas com o meu pai e outro dia encontrei um pen-drive perdido com umas relíquias. Fotos de quando elas tinham uns 6 meses, há quase um ano atrás. Então, fomos lá no mesmo lugar para tentar fazer novas fotos de novo para marcar esse momento dos quase 18 meses delas. E pensei em quanta coisa a gente fez até chegar aqui, por isso, a coisa linda de ter fotos: poder lembrar.

IMG_9344 Maria antes
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Maria depois

IMG_9339 Bella antes
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Bella depois

IMG_5329 Maria e eu. Pode não ser minha cara, mas é toda eu com esse sorriso de lado, né?

IMG_5339 Bella, uma menina com a cara e o jeito do pai e louca pelo aconchego da mãe

Eu continuo amando fotos e tiro uma das meninas quase todos os dias, agora com mais moderação, no entato. E passei a imprimir. Fazer mais back-ups, mas também desapegar. E tenho a sorte de ter um blog com tudo registrado, não só as fotos, mas o que eu estava sentindo ali.

Também adoro compartilhar fotos no Instagram, por exemplo, porque me faz sentir menos sozinha. Essa coisa de ficar em casa pode ser solitário, apesar da constante companhia que eu tenho com a Maria e a Bella. É claro que acho que a exposição, às vezes, é ruim, tem uns comentários sem noção, por isso estou  aprendendo a ponderar cada vez mais a exposição. Mas também tem muito amor e amizade pela minha família, e isso sempre vale a pena. Conheci muita gente através do blog e do insta e aprendo muito com os outros também, com outros exemplos, neste mundo de fotos. Também gosto de postar as fotos aqui, porque gosto de ver as fotos em outros blogs, ora bolas. E é legal ver fotos bem feitas e acho que post sem foto é sem graça. Portanto, vamos clicar, guardar, lembrar e não esquecer jamais dos bons momentos que a vida traz.

Para quem quiser seguir a gente no Instagram procure por @familiamoderna!
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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Mulher de fases

É fato que a vida do bebê e, consequentemente, dos pais, é feita de fases. A gente aprende muito e sofre com elas, e cada uma tem suas vantagens e desvantagens. Eu vejo que até os meus dias com as meninas têm suas fases. Em alguns momentos está tudo lindo, elas brincando quietinhas, de repente sai um abraço entre as duas, alguém faz um carinho em mim, elas "conversando" e eu sem entender nada. De vez em quando,eu choro um pouquinho de felicidade, de gratidão por estar vivendo aquilo. Ah, a vida é bela e doce. Melhor ainda, a vida é Bella e Maria. Mas, cinco minutos depois.... alguém rouba o brinquedo de alguém, alguém tentar tirar alguma coisa e não consegue, alguém fica frustrada por um motivo que você não consegue entender. E tem choro e é o caos. Uma verdadeira montanha-russa, assim é a maternidade (aliás, já disse isso aqui).

IMG_5274 Minha visão de hoje. Estava na cozinha fazendo almoço e percebo silêncio, ou seja, nunca um bom sinal. Mas quando entro na sala correndo, cada uma brincando no seu canto. Paz por alguns minutos. Às vezes, elas também precisam de um momento sozinhas

Nesses momentos de glória, no entanto, eu penso nas fases. Primeiro, em como a fase de bebê era fácil e eu não sabia. Mas, peraí, essa fase é fácil também. Mas, por que todas também são tão difíceis, gente? Viu? Não tem sentido. E o que me resta: aproveitar muito aqui e agora. Porque uma coisa é certa: a fase de bebê não volta mais e o que nos resta são as lembranças daqueles dias de loucura. Eu estava querendo que a próxima fase chegasse logo, que elas falassem, começassem a me entender melhor, tirar chupeta, vitamina (aka nosso leite) na hora de acordar e na hora de dormir, ir pra caminha, etc. E eu digo: pra que? Essas fases todas vão chegar e agora também é tão bom.

IMG_5278 Maria brincando de boneca. Cadê, minha bebê?

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O mundo é todo delas, e eu só assisto

Essa fase tá boa demais e daqui a pouco a gente vai mudar, então relaxei. Vou aproveitar que elas estão na fase de acordar e ficar de preguiça no berço, que é uma delícia. Acordam umas 8h, vou lá dou "bom dia", troco todo mundo, dou a vitamina de banana, coloco uns brinquedos no berço e elas ficam lá até umas 9h. Enquanto isso, eu vou no banheiro, adianto almoço e tomo meu café com calma. Soneca é sagrado pra elas e, por isso, a gente não consegue sair muito na hora do almoço, por exemplo, e se elas dormem fora de casa é todo um processo. Então, pra que ficar lutando contra isso? É só uma fase. À noite, dá 19h e parece que dispara um relógio. Elas começam a se aninhar, reclamam, às vezes deitam no chão, chega ao ponto da gente falar: "vamos dormir?" e corre todo mundo pro quarto. Pode? Fase boa, gente!

IMG_5299IMG_5300 Bella em dois atos, mesmo minuto 

Acho que é importante insistir nas coisas, cada fase tem suas funções, e é preciso colocar limites e métodos em prática, mas sentar e apreciar também vale a pena. Todos os dias eu acordo e penso: "que aventura me aguarda hoje com as meninas?". Todos os dias eu olho pras duas e penso: "como eu posso ser tão sortuda?" e um tanto de amor me invade que eu nem sei explicar. E que venham mais, os desafios e as delícias.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Receitinha - Especial Dia dos Namorados

Amanhã, Dia dos Namorados, e você não sabe onde incluir romance na sua lista de afazeres de mãe, seja você trabalhadora ou dona de casa? Pensa em sair de casa, mas não quer enfrentar filas nos restaurantes ou ter que arrumar aquele esquemão com sua mãe/sogra para ficar com as crianças em plena quarta-feira? Muito menos quer fazer algum prato elaborado que vai sujar metade da louça em casa enquanto o marido assiste televisão? Seus problemas acabaram, mulher moderna! Aí vai uma receita fácil, maravilhosa, gourmet, "parece de restaurante mais você que fez" e afrodisíaca (sim, você leu afrodisíaca!) para fazer em casa sem stress. Portanto, peça para o marido passar no supermercado antes de voltar pra casa do trabalho para comprar os pouquíssimos ingredientes da receita, um bom vinho, um delicioso chocolate, coloca os bebês para dormirem e se joga no romance!

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Eu encontrei essa receita há um tempo atrás no livro de receitas Afrodite, da minha escritora favorita, Isabel Allende (inclusive inspirou o nome de quem? De quem? Da minha caçula só que em versão italiana, é claro). Fiz umas adaptações, mas nada que mudasse a essência do prato. Nas deliciosas páginas do livro, ela incentiva o leitor a se entregar aos prazeres da vida e, é claro, inclui receitas. E o que faz justamente um prato afrodisíaco, não são apenas os temperos, mas as intenções e o amor de quem o prepara. Por isso, esqueça um pouco os problemas, as contas, os afazeres e tire essa noite para aproveitar, permita-se. É o que toda mãe precisa, às vezes. Seja no Dia dos Namorados ou em uma quarta-feira qualquer. Mas, chega de blá-blá-blá e vamos ao que interessa:

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Camarones al azafrán. Sí, señor!

Você vai precisar:
- 1 saco de camarão do tamanho grande (já que você não vai sair, invista em um bom camarão e use o saco todo, sem economias.)
-  2 xícaras de massa do tipo farfalle (mais conhecido como gravatinha, mas pode ser outro tipo de massa também, como penne, por exemplo)
- 1/2 colher de sobremesa de açafrão
- 1 um pacote e meio de cream cheese (250 gramas aproximadamente)
- Azeite, sal, 1/2 dente de alho e páprica doce para temperar.
 
Modo de preparo:
Frite os camarões na manteiga com sal e pimenta. Enquanto isso, esquente a água com sal para cozinhar o farfalle. Em uma travessa, onde você vai servir o prato, misture o cream cheese e o açafrão até obter um creme amarelo. Adicione sal, pimenta, alho, páprica a gosto (não precisa exagerar no tempero, é só para dar um gostinho mesmo). Reserve.

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Quando a massa estiver cozida, retire a água da panela e regue o farfalle com azeite de oliva. Misture imediatamente com o molho de cream cheese e mexa bem.

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Hora de misturar tudo. Tem que aproveitar quando o macarrão estiver quente!

IMG_5260 Coloque o camarão em cima do macarrão e sirva.

IMG_5261 Depois é só aproveitar! A receita serve tanto quatro comportados quanto dois esfomeados!

Aqui a gente já comemorou o Dia dos Namorados hoje como desculpa para este post. 

Me contem se o afrodisíaco deu certo! ;)

PS: Este blog não é de culinária, mas a gente testa uma receita ou outra como família moderna, certo?

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Receitinha - Pão de Manjericão

Eu já tinha acordado hoje pensando em compartilhar aqui uma receita para quem vai ficar em casa e quer fazer um jantar romântico no dias dos namorados, mas como eu fico acumulando fotos e receitinhas resolvi postar logo uma das minhas receitas favoritas. Quem sabe eu consigo postar outra receita até amanhã? Eu nunca tinha feito um pão em casa até conhecer o pão de manjericão e, pronto, viciei. Sabe aquela receita fácil e com um resultado maravilhoso? É essa. Eu achei vi pela primeira vez no extinto blog Rainhas do Lar, depois fiz quando escrevia pro Água no Feijão e agora fiz uma versão pras meninas e resolvi compartilhar aqui. Aí vai:

IMG_5240 Pão verdinho pronto pra servir

IMG_5253 Quase um bolo. Também já fiz com rúcula e ficou ótimo

Bata no liquidificador 3 ovos inteiros, 2 copos d'água, 1 copo de azeite de oliva, 3 colheres de açúcar, 1 cebola roxa pequena cortada em quatro (usei a cebola branca, mas só coloquei 1/2), 1 dente de alho, sal a gosto, 1 envelope de fermento biológico (um envelope corresponde a 3 tabletes) e um buquê de manjericão fresco inteiro lavado e sem os talos. Tem que tirar todas as folhinhas do manjericão com muito amor, carinho e paciência, viu gente? Mas vale a pena! Bata tudo e reserve.

Em uma tigela grande coloque 5 xícaras e meia de farinha de trigo. Abra um buraco no meio e jogue a mistura líquida aos poucos. Se achar que ficou muito líquido, coloque um pouco mais de farinha de trigo. A massa deve ficar cremosa, mas não pesada.

Unte duas formas de bolo inglês ou uma forma retangular pequena e alta. Derrame a massa e descansar por 1 hora e não esqueça de pré-aquecer o forno um pouco antes de colocar.

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A sugestão é rechear o pão com gorgonzola, mas por causa das meninas não coloquei. O jeito foi usar um creme de gorgonzola que achei no mercado para compensar. Mas quem quiser rechear é só preencher 1/3 da forma com a massa e derrame queijo gorgonzola picado. Agora nada de economizar, minha gente, é para colocar bastante! Derrame o resto da massa, deixe descansar e depois pro forno.

Quando o cheiro de manjericão invadir a casa, está pronto!
Ainda estou tentando achar outra receita de pão tão fácil quanto essa.

Maria e Isabella aprovaram o pão e comeram hoje cedo com tomatinho. 
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E ontem à noite a gente comeu com vinho e queijo pra ver o último episódio da temporada de Games of Thrones.
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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Como ensinar um bebê a comer sozinho (ou quase isso)

Primeiro de tudo: prepare-se para bagunça. Depois junte uma dose de paciência e tranquilidade, mais conhecido como itens básicos para cuidar de um bebê, quem dirá dois. Pois bem, há um mês mais ou menos, comecei a deixar Maria e Isabella a comerem sozinhas. Era mais uma daquelas coisas dos meus sonhos em busca de praticidade pra mim e desenvolvimento pra elas. Entre os já realizados: passeios sozinha com elas, banhos juntas, banho de chuveiro, dormirem sozinhas no berço, adeus à mamadeira, ler livros sem morder. Dos que ainda virão: desfralde, vestir roupa sozinha, desenhar sem comer o giz e um adeus à chupeta. E agora já posso riscar mais um da lista! Mas para chegar até aqui, é claro, foi todo um processo, então senta que lá vem história:

Quando as meninas começaram com os sólidos, eu as incentivei a sentirem o alimento com a mão, fazer bagunça, pegar e levar à boca, cabelo, o que fosse. Para os bebês, a comida é um brinquedo, então, brigar ou gritar com ele quando ele coloca a mão na papinha é cortar o barato de descobrir (vale explicar que é errado, lógico). Eu colocava pedaços de fruta ou um macarrão fusilli na bandeja da cadeira para elas comerem. Até que conforme os meses passavam, mais elas se interessavam, jogavam menos no chão e comiam mais. Eu sempre fiz isso, mas também dava a comida com a colher porque achava importante que elas se alimentassem bem, coisa de mãe obsessiva de bebê pré-maturo. Então, eu também usava a minha técnica de insistência de que tinha que comer tudo e bem. Com a mão ou com a colher.

Sem título Primeiros passos/colheradas sozinhas

Há alguns dias, eu descobri que existe um negócio chamado BLW (do inglês baby-led weaning) que incentiva os bebês a comerem os sólidos com a mão, na quantidade e velocidade que quiserem. Eu fazia e não sabia. Sempre vi algumas coisas do tipo no instagram, percebi que as mães americanas só usavam esse método, mas não sabia que tinha nome e teoria. Fiz no instinto e agora também nem estou afim de pesquisar, pra falar a verdade, preguiça pura e, às vezes, as coisa rolam melhor na intuição. Mas quem quiser, dei um googlada, e tem um site aqui.

Sem título Nhack!

Quando as meninas tinham uns dez meses fiquei obsessiva e queria que elas comessem sozinhas a qualquer custo. Mas aí devido a pressão familiar pelo nível da bagunça, "e como você vai fazer quando for comer na rua?" e coisas do tipo... Desisti e resolvi esperar mais um pouco. Com 12 meses, comecei a voltar, aos poucos. Colocava comida na colher e deixava que elas levassem até a boca. E estava dando bem certo. Até que eu vi que não tinha mais volta e com 1 ano e três, decidi: agora, vai!

Sem título
Comendo de improviso na casa da avó

Depois de desencanar com a bagunça (aqui em casa sempre teve bagunça na hora das refeições, o banho sempre foi depois do almoço e do jantar, e continua assim até hoje), resolvi fazer umas comidas mais "fofinhas" e "grudentas" para não cair fácil da colher. Então, sempre arroz, feijão, carne e um purê. Depois, foi fazer um prato para cada uma e um prato extra que ficava comigo para ir dando comida pra elas também, já que elas mais derrubavam comida do que comiam. Mas, depois de uma semana, já deu para aposentar o extra e comecei a almoçar junto com elas, o prato extra virou prato meu. No jantar, continuei dando a comida por pura preguiça de limpar a bagunça, confesso, e acho que não influenciou em nada. Elas aceitam bem quando a gente dá também.

Sem título Vide o chão!

E aqui vem a parte maravilhosa de ter dois, ou melhor, duas. Nos primeiros dias, Isabella começou super bem, quietinha, tentando pegar a comida, ainda que derramando boa parte. A Maria começou querendo fazer bagunça, virar o prato, jogar comida pra cima. E rolou uma dose extra de paciência e foi! Eu explicava, mostrava, distraia, dizia não. Dois dias depois, a Maria estava indo super bem, derrubando bem pouco e a Bella estagnou. Começou a ficar com preguiça, demorava horas pra comer e, no fim, eu acabava dando a comida pra ela. Umas duas semanas assim, tinha dias que era ótimo, tinha dias que elas faziam a pior bagunça e comiam pouco. Até que, finalmente, as duas começaram a comer sozinhas e pronto. Elas não gostam nem que eu ajude e pegue a colher delas! É claro que no fim elas já estão cansadas e sem paciência, e acabo dando as últimas colheradas, mas é sucesso.

Sem título Maria em treinamento

As meninas sempre comeram bem e acho que foi muito por conta desse contato e da insistência. Elas não recusam nada, gostam de tudo. Agora, algumas preferências prevalecem e começam a aparecer algumas recusas, na verdade, uma única até agora: tangerina. Mas sempre tive umas regrinhas: ter hora certa pra comer, sentar na cadeira ou no carrinho pra comer (sempre!) e assim fazer com que elas entendessem que era hora de comer, não usei a TV como distração, mas sempre dava uns brinquedinhos pra elas se distraírem na hora das refeições e, nos momentos difíceis, ajudava bastante. Era aquela velha história das nossas mães: hora de comer é hora de comer. Às vezes, eu sentia que elas estavam com fome ou com sono e dava a comida um pouco antes, umas 11h, por exemplo.

O negócio é ir tentando e tentando e não desistir nunca!E dá-lhe frutas e comida boa!

Sem título Café da manhã todo mudo junto

Também falei sobre o processo de alimentação das meninas aqui, aqui e aqui.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

As confissões do parquinho

Aqui na nossa quadra tem um parquinho com areia, brinquedos de madeira e metal, escorregador, balanço. Não é lá um super parquinho, mas é um parquinho. E ele está sempre vazio. Enquanto eu passava horas ninando as meninas nos braços, quando elas eram pequenas, olhava pela janela e o parquinho: vazio. E cadê as crianças, gente? Estavam todas em um quadrado de concreto com banco e algumas estruturas de exercício." Por que será?",  me perguntava. Mas quando as meninas completaram um ano, lá estava eu empurrando um carrinho duplo até o parquinho, enquanto passava pelas outras crianças com suas babás, e eventuais pais, e sentia que todo mundo estava olhando pra gente. Bem, em pouco tempo, eu descobri que viramos assunto na quadra como as "frequentadoras do parquinho" e a "mãe que cuida das gêmeas sozinha".

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De vez em quando, no entanto, aparece uma criança. O primeiro veio com a babá e era quatro meses mais velho que as meninas. Comecei a conversar com a babá, depois que ela ficou horas no celular, e ela veio logo falando do filho dela. "Eu tenho um menino também. Tá com 11 meses e quem cuida é a minha irmã. Mas ele tá ficando cheio de mania, sabe? Não quer andar porque só fica no colo, é fogo, eu tento mudar, mas como a minha irmã fica o dia inteiro com ele é difícil". Sim, a babá estava reclamando da babá dela. Coisa louca do mundo moderno onde a tercerização da criação faz parte do nosso cotidiano e, muitos, não conseguem fugir dela, enfim...

O menino era quieto, calado, tímido e gostava de jogar areia na cara das meninas. Quando ele fez isso, a babá foi lá e deu um tapa nele. Eu fiquei chocada, mas fiquei na minha. Depois encontramos com ele outros dias e ele não queria dividir brinquedo e ainda batia nas meninas. Resultado: nem as meninas quiseram mais brincar com ele. Quando a gente se encontra no parquinho, cada um fica do seu lado. (Um parênteses: não sei se porque são duas, mas as meninas não ligam quando brincam com os brinquedos delas, e eu vejo que isso é um estresse 80% do tempo nos parquinhos. Socializar também é dividir brinquedos e a única forma de conseguir isso é incentivar o convívio com vizinhos, primos e amiguinhos, não necessariamente na escola. Deixar as crianças se conhecerem e se resolverem e não ficar o tempo inteiro "não faz isso, não faz aquilo", também ajuda muito!)

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Depois veio uma menina de dois anos com a babá. Ela passava pelo parquinho, pedia para entrar e nunca ia. Mas até que um dia ela entrou, brincou com os brinquedos das meninas e emprestou os dela, com muito custo, mas deu certo. A babá boa gente, carinhosa com a menina, pergunta: "você cuida delas sozinha mesmo? como você consegue?". E aquele papo de "conseguindo", etc. E ela ainda completa: "essa fase passa tão rápido, né? É bom mesmo você ficar com elas e são tão novinhas pra entrar na escola. E nessa idade eles sentem falta da mãe, não tem jeito".

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Dia desses, chegou uma menina nova com a babá. Dois anos e meio e poucas vezes no parquinho também. A babá foi logo disparando: "você cuida delas sozinhas, né?", como já soubesse da resposta. Pronto, já sei que virei tema das conversas lá do quadrado de concreto. "Mas você não quis babá porque não confia em ninguém?", disse armada. Eu expliquei que não, que queria ficar com elas, que não valia a pena trabalhar no momento. "Ah, você está certa. Esse momento é tão importante na vida delas. É uma alegria". Enquanto a gente conversava a menina gritava: "Mãe, mãe, mãe, vem aqui". "Mãe, não, meu amor, eu sou titia". E por mais que ela tivesse repetido isso umas cinco vezes, a menina continuava a chamá-la de mãe.

E teve um dia que eu conheci aquela que seria a "babá perfeita". Carinhosa, amorosa, educada, dura sem ser má, uma verdadeira mãe para aquelas duas meninas, de oito e seis anos. Quando começou a conversar comigo no parquinho contou a vida dela toda, ela tem um filho, perdeu outro por conta de um erro médico, e amava tomar conta daquelas meninas. "Mas, sabe? Elas sentem muita falta da mãe. Tem dias que eu saio nove horas da noite de lá e a mãe ainda não chegou. E esses primeiro anos são tão importantes. Eu consegui ficar com os meus o quanto eu pude e foi maravilhoso".

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E por essas conversas, eu sempre volto pra casa, pensando e pensando...

Eu gosto de ir no parquinho porque todo dia é uma novidade, uma história nova, um desabafo ou uma descoberta tanto minha, como das meninas. E assim vamos indo na nossa vida moderna, cada um com suas escolhas, cada um, não importa quem, tentando ser feliz também.