domingo, 14 de abril de 2013

Adaptação

Criar, cuidar e educar um filho não é tarefa fácil, e isso a gente já sabe, né? Mas, deixa eu contar um segredo, minha gente: não é impossível. Tem dias que a gente acha que não vai dar conta, mas, olha a surpresa: tudo dá certo no final. Muita gente me pergunta, recebo e-mails, escuto comentários na rua, do tipo: "como você cuida de duas meninas sozinha? como você dá conta? nossa deve ser uma trabalheira, hein? e etc, etc, etc". Eu devo dizer que eu também não sei como eu dou conta, eu simplesmente dou. Eu simplementes cuido e isso é ser mãe, não é? A gente faz sem pensar, a gente faz pensando, a gente se joga. E o melhor, a gente se adapta.

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Outro dia estava conversando com uma amiga, ela prestes a ter o segundo filho, eu pensando no terceiro, as duas divagando como a vida seria diferente com mais um. E ela disse uma coisa certa: do mesmo jeito que a gente fez antes, quando não tinha ideia do que estava fazendo com um bebê novo nos braços, a gente faz de novo. Tudo é possível, está aí a maravilha da maternidade. A gente se vira e se adapta, enfrenta o desconhecido de frente, como deveria ser.

Ser mãe é fazer dar certo. E como eu sempre disse aqui: insistir e escolher suas batalhas. Cada mãe escolhe seu caminho, suas armas, faz acontecer do seu jeito. Eu já passei várias fases com as meninas e cada dia continua sendo uma novidade, uma nova adaptação. Acabamos de passar pela enloquecedora fase de começar a andar e pegar em tudo e agora elas estão começando a entender o "não" e impôr suas vontades com muito choro, ô glória, só que não.

Há uns dois dias atrás, Isabella testou minha paciência e do Marco com um choro dramático e inconstante, queria colo o tempo todo e esqueceu como era dormir sozinha no berço. Eu pensei que talvez fosse um resfriado, depois os molares nascendo, a nova rotina de ter o pai em casa e a infâme birra. Não consegui chegar a nenhuma conclusão, só que ela estava me tirando do sério, cheguei a ignorar algumas vezes e fiquei chateada por isso e porque eu não sabia o que fazer. Respirei fundo e pensei: "não sei o que é, mas tem que dar certo". Então resolvi fazer diferente, manter a calma, dar atenção, abraçar, conversar com ela, explicar a situação e, é claro, tudo ficou na paz de novo.

Desde do início dessa louca aventura eu tenho tentando me superar e fazer o que este novo papel me fez ser: mãe. Se é para cuidar, então porque ficar lutando contra isso? Ter filho é trabalhoso e ponto. Vamos nessa!

Outra coisa que também comentam muito e recebo e-mails é sobre a decisão de parar de trabalhar e me dedicar totalmente a maternidade. O que eu posso dizer é minha experiência: definitivamente a melhor coisa que eu já fiz na vida! E da, mesma forma, a gente tem que fazer acontecer, mudar o esquema familiar, se adaptar a um novo orçamento, um novo estilo de vida. E tudo o que eu posso dizer é que vale a pena, nunca fui tão feliz e vejo o peso da minha decisão todos os dias nas minhas filhas e como elas são. No começo, eu achava que o grande dilema era a questão financeira, que muitas mães não podiam largar seus empregos (e ainda acho que isso existe, é claro), mas conheço mães que trabalham porque querem, o salário é sim para pagar creche ou babá, e tudo bem também. Cada um tem suas escolhas e batalhas. Espero não ter que falar sobre esse assunto pela 50° vez no blog, afinal é algo pessoa, quem quer ficar em casa com os filhos consegue, quem quer continuar trabalhando também. E digo e repito: adapta-se, faz dar certo. Se não dá, tente outro caminho, faça outra escolha. O importante é nunca deixar de tentar. E ser feliz no final

10 comentários:

  1. Belo relato, de certa forma me identifiquei, principalmente a adaptar-se. Na vida pra tudo dá-se um jeito, basta querer ;)

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  2. Exatamente isso.... parabéns!
    Sou de BsB, moro em SP há ... putz... há muitos anos, mas morro de vontade de voltar a BsB um dia... quem sabe...
    Conheci teu blog há alguns dias e não parei de ler, foi uma loucura. Este texto resume muito do que eu acho, gostaria de te dar os parabéns!
    Parabéns pela lucidez, pela transparência e pela calma (que nem sempre mantemos, eu sei bem).
    Parabéns pelas filhas lindas e perfeitas, pela saúde de todos e por tudo de bacana que vc expõe por aqui.

    Um grande abraço!
    Dani Rabelo

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  3. Fiz esta escolha de ficar com minha filhas e valeu muito,hoje elas estão maiores e aos poucos estou retomando minha vida profissional,faço faculdade de Gastronomia,não é fácil e adaptar-se é a palavra chave.Abraços para vc e suas belas filhas
    P.S Tbm sou mãe de uma Isabela.kk

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  4. Palmas, muitas palmas pra você, Tati!

    Eu ainda sou tentante, mas já concordo com tudo isso que você disse. Porque essa é a minha postura diante da vida: é possível se adaptar, é possível fazer dar certo, basta querer. Se eu escolhi determinado caminho, eu assumo as dores e as delícias dele e acho que assim a vida fica até mais leve. É preciso ter essa consciência, eu acho.

    E o seu resultado, além de outros, está claro e notório: as meninas estão cada dia mais lindas! :DD

    Beijos!

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  5. :) Texto simples, sempre em pauta em qualquer família, arrasou mais uma vez, pela humildade e por repartir suas experiências, pois sabemos que ficar em casa não é tarefa fácil, mas saber que estamos passando por está linda experiência que é criarmos nossos filhos full time, não tem preço!

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  6. adaptação, sempre!
    é muito bom ler seu texto e encontrar um pouco mais de força pra continuar seguindo o caminho que acredito ser o mais acertado pra minha dinâmica familiar e de vida.

    adoro seus textos, suas fotos, suas meninas, sua família. enfim, você e todo seu pacotão lindo.
    e que venha o terceiro! ahuahauhauhauhauhauha!

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  7. Olha aqui em casa a minha esta na fase da pirraça...eu falo não chora e se joga no chão.....e quer mexer em td...e mexe na casa dos outros tb...mas eu falo não eu tiro, mas ela continua, aff que fase essa né? rs
    mas faria td de novoo :) bjoo

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  8. Nossa Tati, como me identifico com o seu blog...também decidi dar um stop na vida profissional para cuidar dessa fase tão deliciosa da minha filha. Não me arrependo nenhum momento, porém essa decisão não pode ser tomada por todas as mães. Mas sobre as fases: no fim dá tudo certo.

    bjs

    alessandra

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  9. Tati, te indiquei pra participar de uma tag !
    Caso você se interesse o link é http://paolabernardino.blogspot.com.br/2013/04/minha-primeira-tag.html
    Iria amar que você respondesse, pra saber um pouquinho mais sobre as coisas que você gosta !

    Beijos ;)

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  10. Tati, olá!
    Seu blog foi uma inspiração pra mim. O encontrei por acaso, indicado por uma pessoa que comentou em outro blog que sigo, e desde então me delicio com ele. É a primeira vez que comento. Estou prestes a entrar no mundo da maternidade, (estou de 15 semanas e com um possível cavaleiro ítalo-germânico no meu "forninho") e esse seu post é muito, muito, muito inspirador, pois esta será minha escolha. Quero ficar em casa e cuidar da minha "cria". E (não julgando as outras escolhas) lendo seu post, às vezes penso se o povo não está meio preguiçoso... acomodado. Eu aqui, morando com meus sogros enquanto pago um terreno, e com uma família grande da parte do marido, ver minhas cunhadas exigindo ajuda constante, com 2 filhos de idades diferentes, sendo que trabalham de casa ou trabalham pouco, faz a gente (diga-se eu) se sentir mal, incapaz e insegura já nesse estágio. Porque eu não vou ter empregada disponível 1) porque nenhuma empregada/diarista considera meu cantinho (edícula nos fundos) como parte da casa e eu teria que pagar a parte e eu me recuso 2) porque já percebi que não posso contar tanto com minha mãe, assim, por uns 2 meses seguidos igual minhas cunhadas puderam, e tb porque se minha mãe não dá conta minha sogra tem menos obrigação ainda. E aí vem a mensagem de que vc vai fracassar se não tiver ajuda. Sim, eu vou precisar tenho certeza disso, mas lendo seu relato me faz ver que sozinha dá certo sim! É só se organizar e se adaptar! Obrigada, obrigada, obrigada. Um beijo enorme!

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