terça-feira, 27 de novembro de 2012

Maria e Isabella - 10 meses

Não acredito que em menos de dois meses elas vão fazer um ano! Acho que depois dos seis meses passou tão rápido, mas estou aproveitando cada momento, isso eu tenho certeza! Passar o dia todo com as duas é uma aventura cheia de altos e baixos, e devo confessar: vale cada segundo! Este post vai ser rápido porque essa semana estou enroladíssima, contarei novidades em breve, mas aí vai! Com 10 meses, Maria e Isabella estão ótiiiiimasssss, com direito à letras repetidas para dar ênfase!

10 meses

Resumindo: são super ativas; já ficam de pé sozinhas sem apoio e começam a querer escalar nos móveis, ensaiam pequenos passos, mas ainda têm medo de ir adiante, voltaram a resmungar um pouco durante a comida, mas aposto nos dentes de cima que estão nascendo, basta paciência extra que está passando; dormem super bem durante a noite, umas três horas de soneca por dia dividas pela manhã e tarde; já tem seus brinquedos favoritos, estão pedindo colo além do normal e sofrem com a separação e cada vez mais estão mostrando suas personalidades e diferenças. Me sinto tão sortuda por estar perto das duas e perceber cada mudança, cada fase, cada conquista do crescimento.

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Ah, o quê?

IMG_1884 Concentradas

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Bella

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Maria

IMG_1899 Isabella perdida no vestido da Maria

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Na ponta dos pés

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Os bebês e a televisão

Há uns dois meses, eu estava na sala de espera do pediatra e ele tinha acabado de instalar uma televisão por lá para colocar desenhos e afins para as crianças. Comecei a conversar com outra mãe e a filha dela, que deveria ter uns 4 anos, comentou que adorava aquele filme que estava na tela, então ela me perguntou:

- Elas gostam desse desenho?
- Não, elas não assistem TV.
- Não? Mas nem Galinha Pintadinha?
- Não.
- Mas, menina, TV é bom que dá um sossego pra gente.

Eu dei um sorrisinho, depois, eu acabei mudando de assunto. A verdade é que Maria e Isabella não assistem televisão. Não, elas não sabem o que é Galinha Pintadinha, Backardigans, Vila Sésamo ou Dora, a aventureira. E nem vão descobrir tão cedo. Foi uma decisão pensada, repensada e pensada ainda mais um pouquinho. O fato é que eu acho que ver televisão não é coisa para bebês e não faz bem. Pronto falei. Sei que tem muita gente que lê o blog que pensa o contrário, mas essa foi apenas uma escolha que eu fiz e que gostaria de compartilhar aqui.

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Quando eu estava grávida, vi umas duas reportagens falando sobre isso. Em uma delas, uma super especialista, dizia: "qualquer pessoa com um pouco de especialização em pedagogia não recomenda que as crianças assistam TV antes dos dois anos". Hã? Mas peraí, como assim, e os bebês fofos que vêem desenho? Fiquei intrigada, dei uma pesquisada e descobri que essa é uma recomendação também da Associação Americana de Pediatria e de outras dezenas de pesquisas. A TV atrasa o desenvolvimento motor da criança, a interação social e, ao contrário do que muitos pais pensam, não é educativo, ela pode prejudicar especialmente a comunicação da criança e a fala. Isso não sou eu falando, vamos combinar, é a ciência. É só colocar: bebê + televisão no Google para descobrir. Acho que também muita gente não sabe disso porque é comum, é bonitinho, que um bebê assista desenhos e DVDs animados, como eu sempre achei também. O que eu mais escuto é: "como assim? elas não assistem desenho nenhum? nunca?", porque virou quase um costume nos dias de hoje.

Eu não sou contra a televisão, quero deixar claro. Ela fica ligada por bastante tempo aqui em casa e eu fui criada, como a maioria das crianças brasileiras, vendo televisão. Mas eu não vou incentivar isso com as meninas. E, é claro, também não vou colocar as duas em uma bolha e afastá-las do mundo normal. De manhã, por exemplo, eu assisto o jornal e elas brincam no chão, ou eu vejo Friends e elas continuam a brincar. Pode ser que olhem para a tela, mas não dura mais do que 10 segundos. Tinha uma coisa sem explicação também com aberturas de novela, quando tocava aquele "oi,oi,oi" de Avenida Brasil, elas paravam tudo para olhar. Meus pais compraram o dvd da Galinha Pintadinha e tentaram mostrar pra elas, mas, acho que como elas não estão acostumadas, não prendeu a atenção. Também não saio correndo com as duas quando a gente vai em um aniversário com DVD rolando, ou na casa de alguém, e está passando um desenho na TV. É claro que fiquei tentada algumas vezes, especialmente, pelos filmes da Disney, mas elas vão ter que esperar mais um pouquinho e eu também. E qual a graça ver um filme que não se entende nada? História da Cinderela só nos livros, por enquanto.

Eu não sou contra a televisão, mas sou contra a hipnotização. Deixar a criança olhando para imagens coloridas que não querem dizer nada pra ela (só porque ela ri e presta atenção não quer dizer que entende), que está longe da sua realidade, no lugar de deixar o bebê explorar o espaço, pegar brinquedos, juntar peças, engatinhar, subir, descer, conversar, cantarolar, explorar, aprender. Eu entendo a facilidade, de ter um tempo para ir na cozinha, por exemplo, e voltar. Mas eu consigo fazer isso, com duas, sem a ajuda da dona TV.  Não condeno quem usa esse recurso, só não segui esse caminho. E existem outras formas de distrair um bebê, como brincar ou conversar com ele.

Sobre o sossego: eu iria adorar ter um pouco. E, de vez em quando, ele vem. Seja em um passeio tranquilo e sem reclamação durante a manhã, ou nas sonecas do dia, ou quando eu escuto as duas brincando, rindo, enquanto eu costuro ou vou passar o café. É claro que, às vezes, tudo é interrompido, mas ele não deixa de aparecer.

Para quem quiser se aprofundar no assunto e ver a tal das pesquisas tem matérias aqui, aqui e aqui

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Primeira viagem com dois bebês

Fizemos nossa primeira viagem com a Maria e a Isabella em outubro no feriadão, elas tinham acabado de completar 9 meses. Já faz um tempo que este post está nos meus rascunhos, porque tem tanta coisa para escrever, mas é hora de apertar o botão "publicar", minha gente! Viajar com gêmeos é uma aventura louca e divertida, assim como tudo o que acontece na nossa vida desde que elas chegaram por aqui, vamos combinar. Fomos para São Paulo passear um pouco, gastar milhas acumuladas, viajar pra variar e curtir os amigos.

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Nós na Paulista!

Foi uma viagem rápida de dois dias e meio (e também o tempo ideal com bebês, na minha humilde opinião). Ficamos na casa da minha super amiga e comadre, que não tem filhos, e é super corajosa de receber dois bebês assim logo de cara e eu mais ainda por levar as meninas para a casa de um jovem casal sem filhos. Mas deu super certo, minha gente! Pense em dois anfitriões maravilhosos (obrigada Bel e Rodolfo!) e super compreensivos com nossos passeios curtos e nossas idas ao shoppings paulistanos para fugir da garoa insistente. Sem contar nas paradas estratégicas para papinha e nos choros para trocar de roupa e dormir.

As meninas se comportaram super bem, dormiram muito, ficaram cansadas, Maria teve febre uma noite, mas foi tudo ótimo e passou muito rápido. Queremos mais! Como tem muita coisa para contar e dicas para compartilhar, vou dividir o nosso planejamento e experiência em tópicos, aí vai:

Avião

- Na hora de comprar as passagens, o pensamento já foi estratégico. Escolhemos voos com horários perto da hora da soneca das meninas, na esperança de que elas dormissem no avião. Não estava confiante de que isso acontecesse porque elas não estão acostumadas a ficar no nosso colo, quem dirá dormir, mas aconteceu!!! Surtei, comemorei, eu e o Marco nos sentimos os melhores pais do mundo. Ah, as pequenas vitórias.

- Fizemos o check-in online e facilitou muito a nossa vida. Tivemos uma confusão na hora do embarque em Brasília por causa da reserva das meninas e acho que isso salvou nossa vida, como a gente fez o check-in, a gente tinha que embarcar.

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Check-in

- Não nos preocupamos com o assento. Na ida, nos colocaram separados, mas na hora do embarque, o comissário colocou a gente na primeira fila, mas ficamos separados porque pasmem: dois bebês não podem ir na mesma fileira! Pais de gêmeos sofremmmmm. Isso acontece apenas na primeira fileira (considerada preferencial e com mais espaço), se os pais resolverem ir nas outras fileiras dá pra colocar dois bebês juntos. Na volta, fomos direto pra primeira fileira, mas cada um ficou no assento do corredor pra gente poder ficar junto.

Bagagem

- Sabe que até que eu não levei muita coisa? Uma mala pra gente, uma pra elas. Fiz uma lista de tudo o que eu tinha que levar uns dois dias antes e isso ajudou bastante a arrumação. Levei roupa de frio e foi bom porque a gente pegou um friozinho por lá .

- Para não mudar muita coisa na vida das meninas, resolvi levar papinhas congeladas. Não queria que elas comessem apenas a papinha pronta durante a viagem, apesar de ter recorrido à elas duas vezes, para não atrapalhar a alimentação que já vinha bem. Então, fiz as papinhas durante a semana. Coloquei em uma bolsa térmica e levei junto comigo no avião. Foi super tranquilo. Assim que eu cheguei na casa da Bel, coloquei na geladeira e pronto. E a super madrinha ainda comprou umas frutas para as afilhadas, então não precisei me preocupar com as sobremesas e sucos.

- Outra coisa importantíssima na viagem: berços. Como eu ia levar dois berços desmotáveis+carrinho duplo para a viagem? A solução foi super fácil, como o destino foi São Paulo, lugar que tem de tudo neste mundo, achei um lugar para alugar os berços. Foi super em conta e prático! As meninas não estranharam e de novo: dormiram tranquilas a noite toda! E a gente também. Isso não tem preço! Melhor do que ficar todo mundo apertado na mesma cama e ninguém dormir, eu acho.

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Os berços e a brincadeira na casa da dinda

- Levamos o nosso carrinho! Não vivo sem ele não, minha gente! Foi ótimo porque como ele é reclinável, elas dormiram durante os passeios. A companhia aérea ainda deixou a gente ir com ele até a porta do avião e lá alguém vinha pegar e despachava. Fizemos isso na ida e na volta e deu super certo, nenhum arranhão ou dano ao carrinho.

Rotina

- Para deixar a viagem menos estressante para as meninas, mantivemos a rotina em território paulista. Os passeios foram feitos todos de dia e quando ia anoitecendo a gente ia pra casa e fazia o modo operante nossa de cada dia: jantar+banho+mamadeira+dormir. E deu super certo! Elas dormiram a noite toda (com excessão do primeiro dia quando a Maria teve febre, mas acho que ela estava tão cansada que depois da 0h, ela dormiu direto) e acordaram no mesmo horário de sempre.

- Os horários permaneceram, aonde a gente estava, parava para dar a papinha, mamadeira, suco e etc.

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Papinhas pra elas, almoço pra gente!

São Paulo

- Fizemos passeios tranquilos com as meninas. Fomos para o Ibirapuera, passamos na Bienal, andamos pela Avenida Paulista, almoçamos em dois restaurantes maravilhosos que eu super estava afim de ir, tomamos café divino na padaria e batemos perna nos shoppings porque a chuva atrapalhou nossa programaçao ao ar livre, mas foi bom também. E o melhor: curtimos a casa dos nossos amigos, demos muitas risadas, matamos a saudade e deixamos tudo com gosto de quero mais. Que venham as próximas viagens! 

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Pose e pose 

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Com a nossa anfitriã e comadre

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Frio e sono, companheiros constantes da viagem
IMG_1484 Amigas no Ibirapuera

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Vencendo a falta de acessibilidade

IMG_1489 Exposição

 IMG_1493 Passeio

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As gêmeas

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Ver arte? Elas queriam dormir!

Sem título Silêncio

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Dormir e dormir

 Sem título Comemoração atencipada do meu aniversário

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Até mais, San Pablo!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Faça você mesmo - DIY - Brinquedo divertido

Aqui em casa estamos, obviamente, na fase de brincar. E cada vez mais eu tenho percebido que as meninas enjoam de certos brinquedos, acho que toda a criança é assim, não? Como eu não quero gastar muito com novas aquisições e também não quero incentivar o acúmulo de brinquedos por aqui, o jeito é inventar. E, há algum tempo, usei o truque mais velho e batido de todos: coisas coloridas dentro de uma garrafa de plástico. Os bebês adoram esse chocoalho politicamente correto, reciclável e cheio de coisas coloridas dentro. Não tem coisa mais simples com diversão garantida, minha gente!

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Bom para morder
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Bom para olhar

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Bom para balançar

Aí estão algumas ideias para você fazer esse brinquedo em casa! Você vai precisar de:

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- duas garrafas de plástico de água (pode ser de refrigerante também) com tampa
- 1 xícara de arroz
- confeitos coloridos para doces (ou o bom e velho granulado colorido)
- também pode ser feito com glitter, botões coloridos e até pedaços de tecido eu já fiz.

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Fazer é ainda mais simples do que separar esses itens. Basta tirar a embalagem da garrafa e lavar bem. Geralmente fica um pouco de cola na garrafa, mas não tem problema não é só passar a bucha que sai, minha gente! Depois coloque um punhado de arroz (que ajuda a tirar a umidade) e enfeitinhos coloridos. Feche bem a garrafa para o bebê não conseguir abrir (uma amiga me deu a dica de passar cola, vou tentar).

Está pronto! A dica é não encher a garrafa para não ficar um brinquedo pesado e com pouca mobilidade. Depois é deixar os pequenos aproveitarem.

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Mais fácil que isso, só dois disso! Ah, usei garrafinhas pequena, de 175ml, para ficar mais fácil das duas brincarem, mas aqui tem de 250 e 500ml tb. É o paraíso das garrafinhas essa casa!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Para quem espera gêmeos

Eu estava vendo hoje algumas fotos minhas grávidas e fiquei pensando o quanto a minha vida tá diferente, o quanto eu estou diferente. Quem é aquela menina de barrigão mesmo? Na verdade, há alguns dias eu estava pensando em escrever este post, uma carta para as futuras mães de gêmeos (especialmente as de primeira viagem na maternidade, como eu), uma carta para aquela menina grávida de barrigão das fotos, a eu do passado, para dizer um pouco sobre o que eu aprendi até aqui, o que eu queria saber lá atrás. Então, vamos lá:

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Eu com 31 semanas

Eu fui uma grávida "felizaça", só assim, inventando palavra, pra descrever. Apesar dos incômodos, e olha que eu tive todos (até sangramento no nariz, raríssimo entre as gestantes), do estresse no trabalho, das decisões que eu tive que tomar, do fato que eu não conseguia dormir a partir dos 5 meses ou levantar da cama sozinha no final, de toda aquela coisa chata do repouso a partir do 7° mês. Hoje de manhã eu estava me lembrando de como eu tinha que virar de lado, apoiar o braço, segurar a barriga pra levantar da cama e achei engraçado. Apesar de tudo isso, eu fui uma grávida nas nuvens, eu me cuidei, eu pensei direitinho no parto, eu tomei suco de couve todo dia, eu cortei refrigerantes, fiz hidroginástica, fiz tudo direitinho e acho que valeu muito a pena. As meninas nasceram super saudáveis de 34 semanas e aí nada tinha me preparado para o que iria acontecer a partir dali.

E então, eu percebi que eu não tinha me preparado para o que iria acontecer  a partir dali. Com exceção da compra do enxoval, eu não tinha ideia de como cuidar de um bebê e achava que eu simplesmente ia saber o que fazer. E, de fato, você acaba sabendo. Mas, olhando pra trás, eu acho que poderia ter estudado mais, especialmente sobre a amamentação. Eu lembro que fiz um curso para grávidas no hospital e quando a enfermeira começou a falar sobre amamentação eu nem prestei muita atenção, pensei "ah, tem que saber tudo isso? na hora eu vou saber o que fazer" Rá, in your face, Tatiana! É fato que tudo aquilo que estava sendo explicado era para um bebê só, dois é ainda mais complicado. Queria ter pensando mais sobre estocar leite, amamentar e complementar com o meu próprio leite, por que não? Ter pesquisado que, por exemplo, nos EUA as mães de múltiplos conseguem amamentar seus filhos até 1 ano de idade só com leite materno na mamadeira. Será que essa seria uma boa opção? Talvez. Mas na hora do aperto não dá tempo de pesquisar nada. Por isso, queria ter estudado um pouco mais antes.

É claro que eu acredito muito naquela premissa que muita gente diz quando a gente tá grávida "nada te prepara para o que acontece depois" e acho que a gente vai aprendendo no dia a dia sim. Mas eu queria ter contratado logo uma especialista em amamentação e ter achado logo uma pessoa (além do meu marido) pra me ajudar nos primeiros meses. Aqui acabou sendo minha mãe, mas acho que talvez eu deveria ter contratado uma babá ou empregada desde o começo. De noite, eu e o Marco ficamos sozinhos e não me arrependo disso. Foi bom ficarmos juntos nesses momentos de sono e cansaço e até hoje a gente lembra das nossas pequenas aventuras quando a gente dormia uma hora, depois ficava outras duas acordados só pra dar de mamar pras duas.

Pra mim, os primeiros três meses foram muito difícies. Quando eu resolvi dar apenas o meu leite para as meninas (consegui uma semana) eu não saía do sofá. Era o tempo I-N-T-E-I-R-O dando peito. Eu queria ter tido mais paciência comigo mesma. Eu queria ter deixado um pouco de escutar os outros e escutado a mim mesma quando eu sabia que aquele era o momento de me doar completamente para as minhas filhas. Eu queria ter entendido que aquilo era apenas uma fase. Eu queria ter escutado mais a minha mãe quando ela dizia "essa fase vai passar". Mas parece que tudo é infinito, você não dorme, você é um alimentador ambulante e elas só dormem. Eu queria ter lido o livro "A maternidade e encontro com a própria sombra" da Laura Gutman, mas comecei e fiquei com o medo da responsabilidade que cai sobre a mãe na vida de um filho. Eu queria ter segurado mais as meninas no colo, eu queria ter levado aquela fase de uma forma mais leve, acho que é isso.

Eu queira saber que aquela fase ia passar, que eu ia dar conta, como todas nós mães de um, dois ou mais bebês damos conta no fim de cada dia. É claro que cada um tem sua experiência e isso foi outra coisa que eu aprendi neste tempo todo. Eu não consegui e até hoje não consigo sair sozinha sem todo um esquema ser acertado, por exemplo. Eu e o Marco nunca mais saímos juntos sozinhos, a não ser que fosse resolver um problema ou algo do tipo. Mas conheço algumas mães de gêmeos que conseguiram fazer muita coisa, inclusive ter vida social, em algumas ocasiões, graças a ajuda de babá e etc. A gente escolheu um caminho diferente que tem suas vantagens e desavantagens. Cada um tem o movimento das coisas, mas uma certeza aparece: a vida muda muito e tem tanta coisa boa nessa mudança.

Se eu estivesse grávida agora, e eu queria ter certeza de que no fim, eu ia conseguir cuidar das duas sozinha, colocar todos aqueles meus sonhos em prática, como eu imaginava. Saber que eu ia sofrer um pouquinho, mas ia valer a pena. E sim, não há nada mais gratificante do que ouvir aquelas duas gargalhadas ao mesmo tempo.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Duas mães, três bebês e uma vontade de fazer arte

Eu sempre tento fazer uma coisa diferente com as meninas, todos os dias, para a gente não cair na rotina. Seja uma brincadeira nova, um passeio diferente, um sabor novo, um caminho mais longo, enfim. Nessas minhas tentativas de pequenas aventuras e na busca desesperada (sim, nesse nível) de uma amiga que fosse mãe e entendesse meu drama, eu encontrei a Ju. A gente já se conhecida de vista, depois as duas ficaram grávidas e trocamos mensagens no facebook. Até nossas meninas nascerem, com mais ou menos 20 dias de diferença, e aí eu tentei forçar amizade com ela a qualquer custo. Louca eu, como sempre. A gente tem tentado se encontrar, passear e especialmente conversar um papo que nunca termina sobre maternidade e vida moderna.

Outro dia, ela me chamou pra ir na casa dela e depois veio com a seguinte proposta, 22h30 da noite: "vamos tentar vestir as meninas pro Hallowen e tirar umas fotos?". "Tá louca? Fazer o quê?". "A gente inventa, coloca as trêsde bruxinhas". Eu topei, é claro! Pensei, pensei e pensei em como poderia vestir as meninas e lá fui eu para a máquina de costura perto da meia noite. Resolvi costurar uma saia de caveirinha em dois bodies, que estavam quase sendo jogados fora porque ficaram manchados de pêra. Fiz em 15 minutos e deu super certo! De manhã, ainda fiz três capinhas de bruxas para as meninas. E a Ju fez um chapéu lindo para a Olívia de bruxa! Ela ainda tinha um bodie de abóbora pequeno que virou camisetinha. Tá aí o resultado:

Sem título Maria, Olívia e Bella

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As três amigas

Sem títuloSem título Nós cinco e a minha costura noturna

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O meu grande dilema foi deixar as meninas paradas! Elas não ficavam quietas de jeito nenhum, só Olívia é que sabe ser modelo.

Sem título Concentradas em ser bruxinhas

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Olívia na pose, Maria tentando destruir o cenário

E a gente continua tentando inventar, sair da rotina. Seja para tirar umas fotos por 10 minutos ou aproveitar uma bela manhã com três bebês. É tão bom poder ter uma companheira de aventuras maternas. Obrigada, Ju!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Receitinha - Papinha Cremosa

Descobri através do instagram (a internet e suas maravilhas) uma forma nova de fazer papinha para as meninas. A dica foi de uma mãe de gêmeas que é japonesa, casada com um espanhol e que mora na Alemanha (amo a globalização!). Ela faz uma espécie de caldo, o que ela chama em inglês de chowder, com vieiras, um legume e engrossa com leite artificial e trigo. Como não é tão fácil encontrar vieiras no Brasil, ela sugeriu que eu substituísse por peixe branco ou frango. Fiz e o resultado foi maravilhoso! As meninas adoraram! Segue a receita, lembrando que esta quantidade é para duas bebês e serve duas refeições, almoço e jantar:

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Cardápio do dia: Sovertinho de banana e papinha de peixe


Papinha cremosa

- 1 pedaço pequeno de peixe branco (dois dedos de um filé para ser mais exata, usei o Saint Peter, vulgo tilápia, ou vice e versa)

- 1 xícara rasa de arroz

- 2 tomates italianos sem pele e sem semente

- Um punhado de cebola picada

- 100ml de leite artificial

- 1 colher de sobremesa de farinha de trigo

- 1 pitada de sal


Coloquei o arroz, o peixe, a cebola, o tomate e o sal na panela de pressão e cobri com água. Quando ficou pronto, abri a panela e deixei a mistura apurar no fogo, misturei o leite e a farinha de trigo no copo e joguei na panela para dar uma engrossada na papinha. Mexi e quando ficou bem cremoso (sem ficar muito massudo), deliguei o fogo. Prontíssimo!

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A sobremesa foi um sorvetinho de banana (nesse dia tava muito calor e seco em Brasília!). Eu coloco duas bananas na geladeira (uma pra cada bebê) e depois bato no mixer com um pouquinho de leite artificial. Depois volta pra geladeira até a hora de servir.

* Jogo americano da Loja da Família Moderna, é claro! www.familiamoderna.tanlup.com

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Dormir, sempre dormir

Um dos grandes dilemas dos pais de bebês e crianças é o processo de dormir. Uma coisa tão boa, tão fácil de fazer, mas os bebês precisam aprender. Quando eles nascem dormem demais, dormem tanto que a gente precisa acordar pra dar de mamar! Depois começa a luta. Eles lutam tanto contra o sono que parece loucura! Só dormem quando estão exaustos. Aí os pais inventam métodos e técnicas para colocar os pequenos porque vamos combinar: noites bem dormidas deles e nossas são preciosas. Aqui já passamos por muitas fases e falei sobre isso aqui. Elas eram ninadas e reninadas nos primeiros quatro meses, depois começaram a dormir de chupeta, depois foi todo um processo para dormirem sozinhas no berço, até que finalmente encontramos o nosso próprio jeito de fazer as duas dormirem no tapete delas na sala. Bastava colocar a chupeta, abraçar a frandinha, fazer um carinho e elas dormiam no chão, no fofinho do edredom. E depois iam a noite toda. Até que a gente resolveu mexer em time que tá ganhando.

Eu e o Marco conversamos e resolvemos começar a acostumar as duas a dormirem sozinhas no berço já que elas estão crescendo e depois pode ser mais difícil parar com a brincadeira e colocar as duas para dormirem no mesmo lugar que elas fazem bagunça. Passamos uma semana colocando as duas para dormir no berço à noite só, as sonecas continuavam no chão. Continuamos com a nossa rotina: jantar, banho, brincadeira, mamadeira e dormir. Mas, assim que a gente colocava as duas no berço, elas ficavam super agitadas, algumas vezes, um dos dois perdia a paciência e aí o outro vinha e assumia o posto, a gente não deixou as duas chorarem e a minha ideia era ficar lá até as duas dormirem e isso era cansativo, pra nós dois e para elas. No meio do processo, elas também resolveram não dormir de madrugada e ficaram acordadas de 0h até 4h da matina. Ou seja, não estava dando certo.

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Um belo dia gente demorou duas horas para fazer elas dormirem, a vontade era de desistir, até que os dois respiraram, se olharam e começamos a conversar. O que estávamos fazendo de errado? O Marco queria que a gente deixasse chorar, eu não sequer admitia a ideia, achava que a gente tinha que ficar com elas no quarto até elas dormirem. Então, a gente chegou no meio termo, o método "Sabadini Stracquadanio" de fazer dormir, vamos dizer assim. E ficou assim: na hora da soneca ou de dormir (não adianta fazer só uma vez por dia, elas têm que se acostumar com a rotina) levamos pro berço, fazemos carinho, chupeta, fraldinha, boneca e a gente sai do quarto. Se elas choram, reclamam, a gente entra no quarto, faz carinho, coloca chupeta e sai de novo. Deixávamos só a luz do abajur acesa. Fizemos isso por dois dias e deu certo. Elas dormiram sozinhas e quando estavam com muito sono, não demorou nem 15 minutos! Depois, a gente ia lá cobria as duas e apagava a luz.

Sem títuloBella pouco antes de dormir sozinha

É claro que para dar certo uma coisa é essencial: paciência! E os bebês têm que estar com sono. Se não tiver, ele fica brincando um pouco no berço até se aconchegar e dormir. Vi que ficar no quarto também atrapalha as duas, elas ficam agitadas e querem brincar com a gente. Não é fácil, eu e o Marco sofremos horrores nos últimos dias, mas agora estamos vendo o resultado. Elas continuam a se sentir seguras e amparadas com a nossa presença, sabem que se gritarem ou chorarem vamos estar ali, só que estão mais independentes para dormir na hora que estão com vontade. E pra mim, que cuido das duas sozinha, foi muito bom poder ter a liberdade de ir no banheiro fazer um xixi, conseguir fazer a papinha delas sem pressa e, oi?, escrever este longo post tranquilamente. Acho que vai ajudar no meu nível de cansaço também.

Mesmo assim, ainda temos um tropeços. Hoje na hora do almoço, fui colocar as duas para dormir depois do banho, ficaram meia hora no berço e nada. Vi que a Maria tinha feito coco, troquei ela e resolvi dar uma mamadeira pras duas. Depois foi a vez da Bella fazer coco. Troquei e ela dormiu rápido, mas a Maria ficou enloquecida. Jogava a chupeta no chão, ria toda hora que eu deitava ela no berço, cantava, gritava e eu entrava no quarto e saía, entrava e saía. Ela estava me testando, minha gente! Fez isso durante meia hora. Resultado: acordou a Isabella. Fui lá deitei a Maria e ela finalmente dormiu, Isabella conseguiu dormir logo em seguida (aleluia!).

Sem título Maria aprontando

E que venham os próximos capítulos! Só para deixar resgistrado: eu não sou técnica em nada ou especialista, só estou dividino a nossa experiência por aqui na esperança de que ajude alguém também, mas cada um precisa achar seu ritmo. ;)

Ah, sim! Elas continuam a dormir a noite toda. Geralmente de umas 20h30, 21h até as 7h do dia seguinte, isso porque a gente acorda as duas todos os dias, já que Marco sai pra trabalhar às 7h30 e ele me ajuda a dar a mamadeira. Mas durante a madrugada, de vez em sempre, rola um chorinho, a gente vai lá faz um carinho e coloca a chupeta e pronto. E esse horário de verão atrapalhou toda a nossa rotina, mas enfim...