sexta-feira, 29 de junho de 2012

A maternidade e o poder da insistência

Desde que o mundo chegou, sorriu pra mim e falou "hey, você é mãe", eu desenvolvi uma teoria, um tanto polêmica, mas que eu tenho conseguido colocar em prática. Ser mãe é desenvolver o poder da insistência. Acho que a gente consegue tudo na criação de um filho com um pouco de paciência, muito trabalho (olha ele aí outra vez) e persistência. Aqui em casa (pelo menos por enquanto) não tem aquela coisa de "não pega de jeito nenhum" ou "elas não se adaptaram". Com esses poucos meses de experiência na maternidade, eu comecei a perceber uma coisa, e sei que tem muita gente que vai dizer o contrário, mas mãe consegue tudo.

Eu acho que eu sou um pouco "old school"como mãe. Desde que me entendo por gente, eu queria criar minhas filhas sem muita frescura e sempre confiei mais no jeito tradicional de educar. E eu descobri que com um pouco de confiança na sua própria técnica e o dom da persistência a gente consegue ir em frente. Primeiro, existe rotina sim. É claro que não é aquela coisa rígida, "de 9h30 da manhã dá papinha, 10h30 dorme, 11h30 acorda e mama". E cada semana os bebês trazem uma novidade no cardápio. Mas existe um padrão de coisas. Um passeio, um banho de manhã e outro à noite, uma mamadeira antes de dormir e etc. Mas isso também não quer dizer que você possa mudar ou se adaptar. Porém, fazer rotina dá um trabalho danado e tem que se organizar, mesmo se desorganizando.

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Eu, Maria e Isabella no nosso passeio matinal, que está começando a fazer parte da nossa rotina.

 Eu consegui colocar a minha teoria do poder da insistência em prática com a chupeta. A primeira vez que a gente experimentou a chupeta nas meninas, foi quando elas tinham 1 mês. Lembro que minha mãe colocou a chupeta na boca da Maria e eu comecei a chorar desesperadamente. Na minha cabeça eu estava enganando minhas filhas e se elas estavam sugando alguma coisa que não fosse meu peito é porque estavam com fome. Mas aí elas começaram a querer chupar o dedo. O Marco chupou o dedo durante muito tempo e eu tinha medo delas puxarem o pai nesse aspecto. Depois, eu tentei a chupeta algumas vezes, mas elas sempre colocavam pra fora e eu não insistia. Aí vinha a sogra e falava "tem criança que não pega chupeta de jeito nenhum, não adianta" ou "ih, acho que elas gostam de um dedinho" (adoro minha sogra, mas quem é mãe entende que alguns comentários matam a gente)! E, quando eu olhava lá estava o dedo na boca, pronto, virou questão de honra.

Com quatro meses, resolvi insistir. Depois das mamadas, na hora de dormir, tentava colocar a chupeta. Se elas colocavam pra fora, eu ia lá e colocava de novo. Se elas ficavam irritadas, deixava quieto, mas depois de um tempinho tentava de novo. Apesar da vontade, eu ainda tinha um pouco de trava com a chupeta, não tinha certeza se queria que elas pegassem a dita cuja e ficava pensando em como seria depois para tirar, então a babá foi essencial nessa hora. Ela ajudou na insistência. Quando eu vi a Maria já tinha se adaptado, foi aí que eu pensei Isabella não pode ficar fora dessa e insisti mais um pouquinho. Bastaram dois dias e a chupeta firmou. E foi ótimo.

A teoria da insitência se repetiu e ainda se repete. E se eu pensar bem, ela começou com a amamentação. Diversas vezes eu sofri achando que elas não queriam mais o peito. Elas lutavam contra o peito, não pegavam, eu ficava triste, mas desisitia? Não. Queria aquilo mais que tudo. Na próxima mamada lá estava eu, de novo, pronta para dar de mamar. Lembro que um dia a Maria ficou o dia todo sem mamar no peito, mas quando chegou à noite, ofereci de novo e ela aceitou. Aqui estamos nós com quase 6 meses e elas ainda mamam no peito.

Com uns dois meses, por exemplo, elas passaram a chorar toda vez que a gente saia de carro. Deixei de sair? Não. Só ficava igual uma louca cantando musiquinhas até acalmar as duas e elas dormirem. Era chato, estressante, mas não desistia.Também teve a fase que elas não gostavam de andar de carrinho. Saia e quando elas reclamavam, eu parava, confortava e andava de novo. Não tive problemas com as papinhas e as frutas. É claro que elas sempre fazem cara feia nas primeiras duas colheradas, mas depois riem à toa. Elas não gostaram da papinha salgada no começo. Então, tirei um pouco o sal e dava o quanto elas comiam. Só cinco colheres? Não tem problema. No dia seguinte, elas comem mais.

É claro que não vamos confundir insistência com forçar. O que eu quero dizer é que é preciso paciência e muito esforço por parte dos pais para não desistir logo de cara. Como eu disse em outras ocasiões aqui no blog, ter filho dá trabalho e exige muito da gente mesmo. Também acho que os pais têm todo direito de escolher suas batalhas, se fazer o seu filho comer bem é importante pra você, então invista nisso, insista. Dar chupeta não é, então não tente.

A nossa influência é muito grande sobre o que um bebê quer ou não quer. Mais um exemplo: quando as meninas estavam com refluxo, o pediatra passou o leite de soja pra elas porque achava que poderia ser intolerância lactose. Eu não queria dar aquele leite, o cheiro era ruim e eu achava que o problema delas não tinha nada a ver com o leite. Quando a gente foi dar o leite, é obvio que elas não gostaram muito. Ou eu também coloquei na minha cabeça que elas não gostaram, porque eu não insisti. Mas e se elas fosse alérgicas e só pudessem tomar esse leite? Ia ter que funcionar.

A necessidade faz tudo ter um jeito. Como diria Raul Seixas, tente outra vezzzzz. Não sou especialista ou coisa do tipo, só estou expressando a minha opinão e falando o que funcinou pra mim. Tem milhões de especialistas por aí (é só procurar no Google) que dizem que para um bebê ou criança se adaptar a qualquer coisa é preciso pelo menos uma semana de tentativas. Não tá afim, não vale a pena, tá com preguiça? Então, parte para a próxima. Mas, quem quer e procura, acha, inclusive uma boa solução.

Agora deixa eu ir lá insistir um pouquinho, deixar as meninas menos baladeiras e reprogramar toda uma rotina porque estamos, oficialmente, trocando a noite pelo dia! Sou uma mãe zumbi.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Um bom sono de bebê

O sono do bebê é outro desafio para os pais, especialmente, para os de primeira viagem. Eu não sei vocês, mas aqui em casa nos últimos meses, o grande "dilema" na vida de Maria e Isabella foi dormir. No primeiro mês, é aquela coisa "eles só dormem". Eles não querem acordar para mamar, não querer muito espaço ou ser incomodados, só gostam do aconchego e vivem no sono bom. Até que os bebês começam a crescer e tudo muda. 

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Com uns dois meses, começamos o processo de ninar. Como as duas tinham refluxo não dava para colocar logo no berço, e acho que essa ideia também não passou pela minha cabeça. O pouco que eu sabia é que o bebê precisava do colo, daquela canção de ninar para dormir. Então, era isso que eu fazia com as meninas. Lembrando de tudo agora (aliás, parece que foi há muito tempo),  só consigo me ver com o Marco na sala de casa madrugada a dentro com uma no colo de cada um. Como o leite voltava, muitas vezes a gente ninava as duas com elas em pé. Quando elas choravam ou estavam incomodadas, a gente começava a caminhar rápido dentro de casa, pareciámos uns loucos, e o pior que dava certo.

O processo de dormir do bebê também inclui o pouco sono dos pais. Não adianta, minha gente, até os três meses eles não vão dormir de noite ou de madrugada, conforme-se. E não tem aquela coisa de trocar a noite pelo dia, (como está acontecendo agora com a gente), o bebê vai acordar de três em três horas para mamar. Uma dica boa é já acostumar o bebê a saber o que é dia o que é noite desde essa fase. De dia, eu sempre deixei a cortina bem aberta para entrar bastante luz no quarto e quando anoitecia não deixava nem o abajur aceso na hora das duas dormirem, só o escurinho.

E bem, que chegaram os três meses, e elas começaram a dormir bem durante a noite. Começou com cinco, seis horas seguidas e teve um dia que chegou a 11 horas seguidas de puro sono! É claro que no meu caso são duas, então a gente tem que ter sorte das duas combinarem de dormirem tanto. O máximo foi esse a Maria dormiu 11 horas e a Isabella 9, então não posso reclamar. Com gêmeos, também é engraçado perceber que um bebê é sempre mais preguiçoso, mais tranquilo para dormir.

Mas, se com três meses, veio a felicidade de dormir mais, veio também a complicação do sono. De repente, começou uma luta para dormir. A gente ninava, as duas morrendo de sono, e nada de dormir. No começo, achamos que era o refluxo de novo, mas depois notei que era um incomodo. E aí veio aquela outra pré-concepção "bebês choram para dormir", será que as minhas eram assim? Sim. Procurei milhões de coisas na internet, métodos e teorias, e descobri que os bebês simplesmente não sabem dormir, eles precisam aprender a fazer isso também. Por isso, ninar era importante.

Com quatro meses, a luta para dormir continuava. Era uma embalação de bebê sem fim. Sério, ficava o dia inteiro embalando essas meninas, minha gente. No fim do dia, estava com dor nas costas e acabada psicologicamente. Será que eu estava forçando minhas filhas a dormir? Quanto tempo eu ia aguentar esse ritmo de pegar no colo e com elas cada vez mais pesadas? E toda vez ia ser aquele chororô para dormir? Passei algumas semanas com esse dilema, de novo, li bastante, debati com o Marco e resolvemos colocar elas para dormir no berço. Relutei contra isso porque ainda queria ter aquele aconhego, aquela coisa boa de colocar o bebê para ninar, mas como o processo virou uma luta, comecei a repensar. E com duas bebês, comecei a aprender, que a gente tem que se adaptar.

E então veio a chupeta, não vou contar aqui como foi o processo porque é preciso todo um post para contar isso. Vamos pular a fase. Elas pegaram a chupeta com quatro meses e aí foi a glória. A chupeta ajudou bastante porque elas perceberam que era hora de dormir. Elas conseguiam relaxar e parar de lutar contra o sono. De repente, começaram a dormir nos passeios de carrinho e nas voltas de carro. A chupeta só aparecia na hora de dormir e logo depois que elas adormeciam a gente tirava a chupeta.

Com quase cinco meses, depois de muito choro e aceitação da minha parte (eu falo que as mães que atrapalham as coisas), foi hora de colocar para dormir no berço. Não queria usar os polêmicos métodos de deixar chorar, então resolvemos bolar nosso jeito próprio de colocar as meninas para dormir. Foi um processo talvez um pouco maus demorado, mas deu certo. Primeiro, a gente resolveu parar de ninar e colocar as duas para dormir no nosso colo, mas sem balanço. Foi importante esperar que elas tivessem sono, não tentar forçar. Quando elas começavam a coçar o olho ou bocejar, era a hora. Se esperar muito também elas ficam irritadas e é pior. A gente sentava no sofá, colocava a chupeta, dava o aconchego e esperava elas dormirem. Funcionou um dia. Na verdade, a Maria aceitou bem, já a Isabella... Ela começava a chorar e aí era complicado. Primeiro, porque eu não queria o processo do chororô e lá estava ele. Depois de uns minutos elas pegava a chupeta e dormia. Mas no final do segundo dia, não estava adiantando. No meio do desespero, o Marco colocou ela no berço para ela se acalmar e puf, a menina dormiu. Descobrimos que a Bella é mais independente e ela mostrou pra gente que era hora de ir em frente.

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Aí começou um novo processo (aguentem firme que está acabando, o texto, porque o processo não acaba nunca). A rotina era mamar, arrotar, brincar até a hora que elas começassem a reclamar de sono e colocar no berço. Ao contrário dos métodos clássicos, não saímos do quarto. Colocamos um baquinho do lado de cada berço e esperávamos elas dormirem. Caia a chupeta, a gente colocava de volta. A Maria dormia fácil, mas a Bella se mexia, lutava contro o sono até conseguir dormir. No meio do caminho, a gente resolveu que se passasse 15 minutos e elas não estivessem dormindo, era porque não estavam com sono, por isso, a gente voltava para sala e brincava mais um pouco. No fim de uma semana, ficou fácil. Quando elas estavam realmente cansadas dormiam, era só colocar no berço, dar a chupeta e uma fraldinha para abraçar, que elas dormiam. Às vezes, logo de cara, às vezes demorava um pouco mais, porém sem estresse pra gente e pra elas.

Mas, depois tudo mudou de novo, quando a gente resolveu montar uma área para elas bricarem na sala. Coloquei um tapete no chão com um edredon em cima para elas brincarem à vontade, foi maravilhoso! Elas brincam e depois adormecem ali mesmo! Aí é só colocar no berço.

A inconstância agora é na rotina do sono. Depois dos três meses, elas dormiam à noite toda, acordavam de madrugada de vez em quando. Com quatro meses, dormiam cedo por volta das 19h, 20h, e acordavam umas 4h ou 5h da manhã. Agora com cinco, tá tudo uma bagunça. Desde sábado, elas não querem mais dormir à noite, de madrugada sim (aleluia!). Elas tomam banho umas 20h, brincam um pouco, dormem às 22h, e uma hora depois acordam e ficam acesas até às 2h da manhã. Com isso, eu e o Marco estamos acabados. Depois elas dormem até umas 8h da manhã e dormem bem o dia todo. Já tentei deixar elas acordadas de dia, mas não adianta, elas dormem. Então, é isso, a saga continua. Nunca pensei que ia ter meninas tão baladeiras. Agora, chega que esse texto tá enormeee!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Nascimento duplo - O MELHOR POST DO MUNDO

Queridas pessoas, este post é candidato ao concurso “O melhor post do mundo da Limetree”!

Os dez posts de língua portuguesa mais votados até dia 6 de julho concorrem a uma série de prêmios e minha família moderna não pode ficar fora dessa. Para votar é preciso entrar no Facebook da Limetree http://www.facebook.com/yourlimetree
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Eu e as meninas agradecemos muito!!!

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 Era uma segunda-feira qualquer de janeiro e eu acordei me sentindo estranha. Quando você está grávida isso sempre quer dizer alguma coisa. Já estava de repouso e toda vez que levantava da cama sentia uma dor no períneo, um peso me puxando para baixo. Como eu tinha consulta com a obstetra no fim da tarde, fiquei tranquila. Chegamos no consultório e ali estava o diagnóstico: 2 cm de dilatação. A médica pediu para esperar, mas já começamos a conversar sobre as possibilidades do parto. Maria já estava com a cabeça virada, mas Isabella continuava sentada. Tinha uma ultrassom marcada para a manhã seguinte e uma esperança enorme de que ela virasse.

Fomos para casa e avisamos nossos pais. Sim, talvez, em menos de 24 horas as meninas estariam soltas no mundo. Quase não consegui dormir, senti algumas contrações e rezei dois terços durante a madrugada. No dia seguinte, Isabella ainda se mostrou sentada na tela cinza. Fui na médica à tarde, mais um exame de toque e 4 cm de dilatação. Plus, o tampão saiu. Conversamos com a médica e nos decidimos pela cesárea. Ela não indicou o parto normal e eu também me rendi. Queria o que fosse melhor para as minhas filhas e com 34 semanas de gestação não queria arriscar.

O jeito era ir para casa e esperar chegar a noite para dar entrada no hospital. Estava tudo pronto. Senti mais algumas contrações, liguei para quem tinha que ligar e esperei. Estava muito calma, não conseguia pensar em nada. O tempo passou rápido até a gente chegar no hospital. Meus pais chegaram, fomos para o quarto e mais espera.

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Chegada na maternidade

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Já no quarto com meu irmão

Descemos para o centro cirúrgico. Eu, o Marco e a Gláucia, do Quitandoca, que iria fazer as fotos do parto. Queria abraçar minha mãe, mas ela estava na recepção. Pedi para o meu irmão sair correndo e ir avisá-la. E só quando chegamos no elevador, quando achei que não ia conseguir ter aquele último afeto, ela e a minha sogra apareceram. Não consegui conter as lágrimas. Estava oficialmente nervosa. E aquele abraço foi tudo para mim. Ali eu era filha e estava pronta para ser mãe.

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Emoção no corredor

Esperamos muito tempo no centro cirúgico. Mais de 2 horas e meia. A minha médica estava no hospital vizinho fazendo um parto e esqueceram de me avisar ou não pensaram em deixar a gente no quarto. Fiquei ali, ao lado do Marco e da Glau, naquela maca fria, olhando constantemente para o relógio. Se os dois não estivessem lá não sei como seria. A Glau foi essencial para tirar dois futuros pais nervosos da ansiedade do momento. Começamos a bater papo e filosofar e o tempo passou. Enfermeiras entravam e saiam. Eu tinha contrações de 4 em 4 minutos.

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A médica chegou por volta das 23h e eu fiquei achando que elas poderia nascer no dia 11. Chegou a hora da temida anestesia e foi menos pior do que eu pensava. O problema, minha gente, foi o depois. Quando eu deitei na maca e já não estava sentindo minhas pernas, com as mãos amarradas, senti um enjoo fortíssimo. "Ok, eu vou vomitar". O anestesista só virou o meu rosto e lá se foi todo meu almoço. Oito horas de jejum e mesmo assim passei mal. Não era o que eu imaginava estar passando naquele tal momento mágico que eu sonhava tantp. Ficou todo mundo esperando eu terminar para começar a cirurgia. Eu ainda falei para Glau: "não tira foto disso, hein?". Eles limparam tudo e a coisa toda começou.

O parto foi rápido. Em poucos minutos escutei a doutora dizendo "cadê a fotógrafa? vem que vai nascer!". E logo depois veio o chorinho da Maria. Chorando, o Marco sussurou no meu ouvido "ela é linda". E a pediatra trouxe ela para o outro lado do pano e ela foi logo embora. Em poucos segundos, veio o segundo chorinho. A outra pediatra trouxe a Isabella e colocou no meu rosto. Chorei de soluçar. No meio da cirurgia a doutora descobriu que ela, além de estar sentada, ainda estava com duas voltas do cordão enroladas no pescoço e ainda tinha um nó real (não me pergunte o que é isso que eu não sei).

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Maria de braços abertos para o mundo

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Isabella enroladinha no cordão e pronta para dar seu pulo

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Minha foto favorita

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Primeiro encontro com Isabella

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Estava cheia de emoção e não consegui me mexer. O Marco ficou do meu lado e me escutava cheia de demandas: "já mandou mensagem pro meu pai?" "vai lá ver como elas estão!". E ele ficava repetindo: "relaxa, tá tudo bem". O resto da cirurgia pareceu uma eternidade. As meninas foram direto para a UTI e o Marco conseguiu ir lá duas vezes. Algumas vezes eu fiquei ali sozinha pensando em o quanto eu queria que aquilo passasse logo e no quanto eu queria sair correndo para a sala ao lado ver as minhas filhas.

Depois que tudo acabou fomos para sala de recuperação. Estávamos sozinhos lá, sem as meninas, mas felizes. Começou a tremedeira e fui proibida de falar. Colocaram uma fralda geriátrica em mim e a sensação de não poder mexer a perna me dava nos nervos. Achei a cesárea horrível, me sentia péssima, mas eu tinha minhas filhas e elas estavam bem. Tudo o que eu queria era dormir e acordar no dia seguinte para segurá-las! Ainda deu tempo de entrar no Facebook e colocar uma foto delas por volta das 2 da manhã ainda no centro cirúrgico (olha o clichê de família moderna aí). O Marco também fez um video delas e me mostrou várias vezes enquanto ainda estávamos na espera.

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Maria

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Isabella

Era isso. Tudo tinha mudado a partir daquele momento e desde então a vida tem sido um turbilhão de emoções! Não foi nada do que eu tinha imaginado, a forma, o jeito, e especialmente, a sensação. Todos aqueles clichês apareceram na minha frente e eu senti todos eles. É um amor instantâneo, a paz toma forma. Quando a gente escuta aquele choro de bebê pela primeira vez, alguma coisa acontece. E o coração bate mais forte desde então.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Livres, leves e soltas

Destesto ficar doente e essa foi a primeira vez que fiquei doente como um ser "mãe". Me bateu um desânimo por eu não estar conseguindo colocar meus planos em prática e, especialmente, por não estar cuidando das meninas como eu queria. Depois de ver que a Bebella pegou minha gripe, mas sem febre (oba!), fiquei ainda mais down. Porém, a maternidade tem suas surpresas. Em dois segundos, deixei isso tudo de lado e comecei a, simplesmente, viver o dia. Quem diria, hein? Ser mãe é isso, conseguir se adaptar. Não deu para fazer hoje? Faz amanhã. Não dá para sair e passear com as filhas? Faz uma farra em casa mesmo.

No fim da tarde de ontem, mais ou menos uma hora depois da mamada, joguei uma manta no chão e uma outra colcha em cima e coloquei as meninas para brincar. Foi ótimo. Elas rolaram, gritaram e ficaram empolgadíssimas com os brinquedos! A Bella esqueceu que estava com o nariz escorrendo e ficou de bruços louca para pegar uma boneca que estava na frente dela. Olá, treinamento para engatinhar!

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Isabella e Maria

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Reparem na desordenação coordenada das roupas. Ficar em casa é isso, plus misturar cores e estampas é tendência, tá?

Depois de uma meia hora brincando notei que elas queriam dormir, peguei a chupeta e começamos os trabalhos. Liberei a babá e ficamos ali só nós três naquela bagunça no chão. Com um braço segurava a chupeta da Bella e com o outro a da Maria. Em poucos minutos, as duas dormiram! Milagre! Foi um belo cochilo antes da noite e de começarem de novo os trabalho de mamar e tomar banho.

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Minutos depois ...

Acho que é isso, às vezes, a gente tem que sair por aí testando coisas novas. Confesso que também não teria tido essa ideia se não fosse pela internet. Fiquei viciada, obsessiva compulsiva, em acompanhar a vida de mães de gêmeos pelo instagram. Oi? Sim, eu admito, que fuço a vida alheia, afinal, pra que serve a internet mesmo? Mas voltando ao assunto, eu sempre vejo as americanas colocarem as crianças em grandes tapetes na sala de casa, ou na cadeirinha, ou na cadeirona, ou no tapete de brincar. Enfim, grande parte delas não têm babá, especialmente quando as crianças passam dos três meses, ou contam com a ajuda esporádica da mãe e de amigos. Se elas conseguem, eu também consigo, né? Tipo isso. Vivenciar a experiência dos outros tem me ajudado muito e espero que este blog consiga fazer o mesmo para outras pessoas. Por isso, viva a grande rede mundial de computadores!

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Banho a quatro

Estou gripada e desesperada, como toda mãe que fica doente. Para piorar acho que passei a gripe pra Bebella, por isso, adiciona culpada nessa equação. Mas, enquanto a gente se vir por aqui, vai um post rápido sobre uma pequena experiência que rolou aqui em casa:

Tudo o que a gente queria era dar banho nas duas juntas para facilitar a nossa vida, até que, finalmente, chegou o dia... E o trabalho foi o mesmo, duh, mas que foi divertido foi! Cada um pegou um bebê e fomos todos para o banheiro. A Isabella, que geralmente é a espoletinha da casa, se comportou como uma diva sentanda no canto da banheira, já a Maria caia toda a hora e se balançava toda (não queria dizer nada não, mas ela estava sob a responsabilidade do pai).

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Um pai equilibrista  e uma mãe fotógrafa

Não sei se a gente vai adotar o banho em conjunto, pelo menos por enquanto, porque elas não conseguem ficar super sentadas ainda. Talvez até o fim do mês seja diferente e talvez com uma banheira maior seja mais prático.

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Isabella adorando o espelho. Maria tentando se ajeitar

Compramos essa banheira dobrável, mas não usamos muito porque a gente achava muito grande. Agora que elas cresceram a gente tirou do armário, mas mesmo assim ainda prefiro a velha banheira rosa de plástico que custa R$20. Acho que a dobrável vale a pena nas viagens e para momentos de bagunça. Vamos ver como vai ser nos próximos dias. Aguardem e confiem!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Maria e Isabella - 5 meses

Nem acredito que elas estão por aqui há apenas cinco meses! Parece muito mais. Minha dupla favorita está cada vez mais hiperativa e cheia de vontade de descobrir a vida! Elas já foram batizadas e estão em uma fase de transição no sono e na alimentação. Muitas novidadas e coisas acontecendo ao mesmo tempo com elas e comigo também, vamos ver se agora eu consigo arrumar mais tempo para postar tudo aqui.


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Maria e Isabella
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Com 5 meses de vida, Maria e Isabella:

- Adoram ¨falar¨! É um tal de ¨nha, nha, eh, eh¨ misturado com gritinhos e outros sons que eu nem sei. A Isabella solta uns barulhinhos bravos, enquanto a Maria gosta de falar mais alto. E é só fazer umas caretas para elas soltarem uma boa gargalhada.

- Elas rolam e se enrolam no berço. E inventaram que é legal dormir de bruços e que ninguém tente virá-las quando elas estão exercitando os braços e fortalecendo as costas!

- Já conseguem pegar os brinquedinhos e sempre tentam colocar tudo na boca. Ah, a descoberta do mundo!

- Ainda mamam no peito (ehhhhhh!), adoram uma mamadeira, sucos, frutas e afins. Ontem comecei com a papinha salgada e elas aceitaram bem. Essas meninas não recusam nada!

- Dormir se tornou todo um processo, que vale um post por si só. Não vou estragar a surpresa.

- Pegaram a chupeta! Outra coisa que vale um post por si só. 

- E, finalmente, elas se tornaram seres sociais. Não choram mais nos passeios de carro, dormem no carrinho e, apesar de estranhar um colo ou outro, adoram ver gente!

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Isabella e Maria
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