terça-feira, 29 de novembro de 2011

Contagem materna: 28 semanas, ou seja, 7 meses

A barriga tá enorme, é oficial! Chegamos no sétimo mês e está tudo ótimo com as meninas. Com a mãe aqui, é aquela coisa, estou bem, bem desconfortável. Me sinto pesada e tenho dores nas pernas e nos glúteos. Dirigir tá difícil, dormir não é mais tão legal. Cada noite é uma aventura. Hoje, por exemplo, acordei quatro vezes para ir no banheirog. Geralmente, levanto de uma em uma hora. E é aquele processo, vira, apoio o punho fechada, levante delado. Às vezes, acordo uma vez só, mas depois não consigo dormir. E tem o refluxo da madrugada. Acordo com uma sensação estranha na garganta e o jeito é dormir sentada. Mas já consegui reverter este problema cortando comidas pesadas à noite. Assim espero.

Estou trabalhando de casa ( que Deus proteja minha chefe!), o que tem facilitado muito a minha vida. Estou tomando progesterona duas vezes por dia para tentar controlar as dores no quadril e o bichinho dá um sono louco. Geralmente, umas 10h, depois do almoço e umas 17h da tarde e 19h. Parece até que eu vou desmaiar de tanto sono. É horrível e nada melhor do que uma cama. Mas já estou me acostumando. No fim de semana, fiquei um pouco chateada por estar desconfortável, mas já passou. Faz parte e tudo vale muito a pena. Por isso, vamos as boas notícias:

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Foto de algumas semanas atrás, barriga já tá maior

Fizemos um ultrassom hoje e as meninas estão com 1kg cada! Uma diferença de 20g só de uma para outra, o que é ótimo em caso de bebês que dividem a placenta. Desde cedo elas já estão aprendendo a compartilhar. O número de exames deve aumentar nesta fase, só para a gente checar que as duas estão recebendo a mesma quantidade de sangue e alimentação. Mas a fase de mais risco já passou. Mas a melhor notícia, que alegrou meu dia foi outra. As duas estão viradinhas, com a cabeça para baixo! Antes, elas estavam de lados opostos, agora estão indo na mesma direção! Amei! Isso quer dizer que as chances de parto normal são maravilhosas! Rezei muito para que elas ficassem na posição certa e parece que elas escutaram a mãe! É claro que elas ainda podem virar até o final, mas só de saber que houve um bom movimento aqui dentro fico feliz!

Fiquei tão contente que me livrei de todo e qualquer pensamento negativo hoje! Só coisas boas, aliás, estou super feliz com os comentários de todas aqui no blog! Obrigada, gente! Achei que a família Sabadini Stracquadanio precisava de um pequeno agrado, então resolvi assar um bolo de chocolate! Nós quatro merecemos. Como só tinha 2 ovos na geladeira, resolvi procurar uma receita boa e fácil. Fui lá no blog Quitandoca, da querida Glau Macedo, e encontrei! E era o mesmo bolo que já tinha passado na minha vida há um tempo atrás, quando fiz uma matéria com ela para o jornal sobre como fazer bolos perfeitos. Pense em um bolo fácil e bom! E a receita é de família.

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Segui as instruções certinhas, só adocionei umas gotas de chocolate belga para dar o toque final. Para ver o passo a passo clique aqui ou aqui. Ah, o bolo é sem leite, então se você não tiver isso na geladeira também, se joga! Comi quente e tudo! Delícia!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Comer ou não comer, eis a questão!

Eu confesso que não fiquei pensando em quanto iria engordar na gravidez ou quantos quilos precisaria perder depois, muito menos entrei naquela obsessão compulsiva de "meu deus, meu corpo nunca mais será o mesmo". Não pensei em nada disso, estava lá nos últimos itens da lista de preocupação gestacional. Mas depois veio a notícia dos gêmeos e a insistência de médica em me pesar em todas as consultas (sério, por que elas fazem isso?). Então, comecei a pensar em como a minha alimentação poderia afetar a minha gravidez.

Eu sabia de uma coisa: estava acima do peso antes de engravidar, porém estava começando a mudar minha rotina e ia na academia frequentemente. Até corri meus primeiros 5km pouco antes de receber a notícia do exame positivo. Mas, mesmo assim, não fiquei obsessiva com a coisa de engordar. Afinal, ia acontecer de qualquer jeito, certo? É inevitável.

Bem, resolvi seguir a sugestão da minha médica e procurei uma nutricionista porque queria fazer a coisa certa. Comecei super bem e mudei mesmo minha alimentação. Cortei refrigerantes, café, amendoim (que eu amava) e qualquer coisa que pudesse me dar gases, especialmente porque eu sempre tive problemas de prisão de ventre. Comia frutas, verduras, tudo na hora certa de três em três horas, uma maravilha! E estava firme e forte na hidroginástica. Fiquei ótima durante um mês e meu intestino nuncatinha funcionado tão bem. Porém, no meio do caminho perdi peso, comecei a me sentir fraca, a barriga ficou dura e rolou um repouso. Então, relaxei.

Continuei indo na nutricionista e, de repente, com cinco meses, estava engorando 1kg por semana. Opa! E não tinha como dar outro resultado, porque fiquei viciada em doces. Era um desejo alucinado de açúcar. Saí de férias e a situação piorou. Levei um puxão de orelha e eu fiquei arrasada. Mas sabe aquela vontade zero de fazer dieta? Então... Mas a médica jogou a carta certa quando me disse que o aumento de peso muito rápido poderia afetar meu sonho de parto normal.

A ficha caiu ainda quando vieram os resultados dos exames de sangue e a anemia sempre estava lá. É muito comum em grávidas, especialmente, de gêmeos. Então, era hora de pensar um pouco mais na minha energia para cuidar das meninas no pós-parto. Sim, porque elas sempre estarão protegidas. Os bebês, caso a mãe não tenha uma boa alimentação ou não possa suprir todas as necessidades vitamínicas naquele período, se alimentam das nossas reservas. Mas, o ideal, obviamente, é se alimentar bem e ter saúde para todas, né?


From LemeLeme.
A dieta da felicidade? Aquela que te faz bem e faz bem para o seus bebês!


Comecei a tomar, então, um suco de couve no café da manhã. E foi mais fácil do que eu imaginava. Suco natural sempre me deu preguiça, porque tem que usar o liquidificador, depois lavar, aquela coisa. Mas, vou ter que alimentar as minhas filhas mais tarde com papinhas e afins e não vai rolar preguiça, né? Pode até rolar, mas eu vou ter que fazer. Então, armei um esquema. Primeiro, tirei meu liquidificador lindo, maravilhoso, prata e de copo de vidro, do fundo do armário e ele foi para a bancada da cozinha definitivamente. Comprei um suco pronto para facilitar a vida (e com aprovação da nutricionista), uso o laranja caseira light (que tem adoçante liberado para as grávidas). Lavei todas as folhas de couve, sequei e coloquei em um pote. De manhã, é só botar meio copo de suco no liquidificador uma folha grande de couve sem talo e bater bem. Nada de coar o dito cujo, tem que deixar as fibras, que ajudam o intestino da gestante funcionar que é uma coisa. Esta mistura tem sido um salva-vidas pra mim e faz parte da minha rotina. E olha que eu tomo um polivitamínico e ferro à parte.

Agora, no sétimo mês de gestação, entrei em uma nova fase. Esqueci um pouco os doces (ainda como, hoje mesmo tracei uma bela fatia de bolo de chocolate) e estou tentando me alimentar melhor, sempre. A fome passou, o estômago fica cheio logo e os sucos são divinos. Nunca tive tanta sede! Continuo com a água de coco também. E não como nada depois das 21h que me dá refluxo de madrugada.

Vou continuar a engordar, mas espero que não seja tão drasticamente. O negócio é pensar na sáude. Desde o início da gravidez, engordei 13 quilos. No último mês, dei uma segurada e engordei só 2 quilos, mas nunca me senti tão enorme! É claro, tem duas meninas aqui dentro da barriga! O "ideal" (não sei quem foi o louco que inventou esta maldita tabela) é 15 quilos, no caso de gestação gemelar. Não vou me sentir mal se passar disso, e vejo que todas as grávidas reclamam dos médicos que reclamam que elas engordaram demais. Será que o mundo moderno não fez a gente meio maluco em relação ao peso? Vamos relaxar e pensar no saudável, minha gente! Já falei que tem dois bebês aqui dentro? É só não exagerar, como tudo na vida, vamos e buscar o equilíbrio.

Tem uma matéria muito boa no sobre a obsessão moderna das grávidas com o peso aqui no site da UOL, quem quiser dá uma passada lá.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Too much information

É chegada a fase na gravidez da confusão. Não. Espera. Volta. A coisa sempre foi confusa. O momento agora, na verdade, é aquele de contar o dia nos dedos, arrumar os últimos detalhes da lista que parece não ter fim, sonhar com a carinha das meninas todos os dias, lidar com o incômodo corporal diário, diminuir o ritmo e muito estudo. É hora de pensar no parto, na amamentação nos primeiros dias das bebês em casa. Ou seja, basicamente tudo acontece neste fase. E os pais, obviamente, ficam confusos. Ah, novidade.

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Dúvidas crueis

Esta semana eu fui fazer um curso de gestante. Algumas pessoas me falaram que não valia muita a pena, mas nenhuma delas tinha ido na tal das aulas. Eu fui e achei que vale muito a pena, minha gente! Confesso que me surpreendi com a coisa toda. Achei que ia ser aquele blá-blá-blá de bebê, mas foi maravilhoso. Para começar, eles ensinam tudo sobre parto e, para a minha surpresa, super incentivam o parto normal e natural. A palestrante chegou a dar dicas de como não deixar o obstetra te enganar, pode? Amei!

Foram três dias de curso, sempre no horário da manhã. O esquema em Brasília é ligar sempre no dia 01 de cada mês para conseguir uma vaga e tem que ser logo cedo (a partir das 8h). Eu só consegui em um hospital, o Santa Lúcia, ele tem o único curso de graça e o mais longo. Porém, as palestras acontecem durante a semana, ao contrário dos outros, que é no sábado. Um plus: eles serviram um lanchinho super saudável para as futuras mamães!

Tinha umas 50 pessoas no auditório, eu era a única gestante com gravidez gemelar. Vários maridos acompanharam, o Marco não pode ir por causa do trabalho e achei uma pena. Mas de noite, eu contava tudo pra ele e repassava toda a palestra do dia. A minha sogra foi a minha acompanhante e ficou chocada com várias coisas. Chega foi engraçado. Para começar, ela se envolveu na história do parto normal e está quase uma ativista!

O primeiro dia foi sobre trabalho de parto, para mim, a melhor parte. O que é trabalho de parto latente, o que é o tralbalho de parto ativo e tudo o que pode acontecer nestas fases. As contrações, a bolsa, a indução, tudo super bem explicado. E tudo sobre o parto natural. Depois, um pediatra conversou sobre os procedimentos usados nos primeiros minutos de vida do bebê e tirou dúvidas dos pais. Tinha gente super informada e preocupada até demais, mas sempre vale a pena perguntar, né? Aproveitei e conheci a maternidade. Eles também deram uma espécie de passo a passo sobre tudo o que acontece em caso de parto normal e de cesária. A ideia de berçário não existe mais nos hospitais. Os bebês sempre acompanham a mãe, da recuperação ao quatro.

No segundo dia, a palestra foi sobre a cesária e o pós-parto. E eles fizeram uma explicações sobre posições para aliviar a dor das contrações, fazer o bebê descer, como melhor respiração e etc. Pelo que eu entendi, as enfermeiras não estão prontas para te dar estes toques. Você tem que chegar lá consciente e seu parceiro também, ter o apoio do obstetra ou contratar uma doula. Terceiro e último dia foi sobre exercícios durante e pós-gravidez e amamentação. Quando a enfermeira mostrou a foto de gêmeos na amamentação foi uma gritaria que só. Saí de lá meio confusa com essa parte, é muita coisa para lembrar! A posição, a ordenha, as fases todas. E também complica o fato de eu não ter quatro braços, né? Mas não vou ficar obsessiva (como outras mães que estavam lá, ops) e vou deixar acontecer para me preocupar.

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Fotos do Thiago, meu irmão e tio coruja.

Na verdade, ao mesmo tempo que é ótimo aprender, a ansiedade bate ainda mais e você fica cheia de emoções e dúvidas. É mesmo muita coisa e isso pode ser assustador. Mas acho que é melhor saber e passar por este processo do que caminhar no escuro. Vou continuar a me informar e a envolver o Marco neste assunto, afinal ele vai estar do meu lado e do lado das meninas durante todo o processo. Quem tiver a oportunidade, se joga nos cursos. Vale muito a pena. Ainda vou voltar no hospital com o marido para ele conhecer tudo e vou visitar outros lugares até a gente se decidir. Me sinto um pouco mais preparada e apesar do turbilhão de emoções e dos milhões de palpites, estou mais tranquila em relação ao parto. O que não der para ver agora ótimo, o resto a gente aprende mesmo na prática, né?

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Mãe de dois - Camila Duarte

Estamos chegando perto da reta final da gravidez e surgem cada vez mais dúvidas e um frio na barriga básico para a chegada das meninas. Para tentar ficar mais tranquila e menos desesperada em relação ao dia de trazer duas bebês para casa, nada melhor do que pedir conselhos! Por isso, fui atrás da Camila Duarte, do Mamãe Tá Ocupada!!! Ela é mãe dos gêmeos Joaquim e Pedro, 3 anos, e de um menina linda, a Manuela, 4 anos, ou seja, é mãe de três! E dá ótimas dicas no blog sobre como lidar com a maternidade moderna e as implicações do dia a dia do século XIX. Amei as respostas que ela me enviou e até fiquei mais calma depois de ler tudo. Ufa! Veja como foi a experiência dela aqui:

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Joaquim, Pedro e a irmã Manu

Quando e como você descobriu que estava esperando gêmeos?

Eu descobri que estava grávida durante uma viagem de Revéillon. Passei muito mal, fiz um exame de farmácia no mesmo dia e deu positivo. Detalhe: a Manu tinha 6 meses na época. Porém, ainda não sabia que eram gêmeos... Fui ao médico, ele me examinou, confirmou a gravidez e pediu um ultrasom. Fiz esse primeiro ultrasom, com apenas 5 semanas, com o mesmo médico que fez todos os da Manu. Ele logo nos reconheceu e disse que não esperava nos reencontrar tão cedo... Demos uma gargalhada e ele disse que ia tentar ver o nosso menininho, pois também lembrou que já tínhamos uma menina. Eu apenas respondi: "doutor, qualquer coisa, não importa, não sendo gêmeos, tá ótimo!". Outra gargalhada e assim que ele começou o exame, já vimos 2 coraçõezinhos batendo... Não dava nem para disfarçar ou se enganar, era óbvio e nítido. Ele nos deu os parabéns por serem gêmeos, eu tive um ataque de riso e o meu marido ficou lá parado, de boca aberta por alguns minutos...


Carregar dois é um desafio e também surreal, quais foram os melhores momentos e os mais desconfortáveis na sua gravidez gemelar?
O melhor momento foi certamente sentir a barriga crescendo e, por ser uma segunda gestação e gemelar, ela cresceu numa velocidade absurda! Sentir os meninos mexendo e tentar identificar joelhinhos, cotovelos e bracinhos também era uma delícia. Por outro lado, fiquei enorme e muito pesada, o que acabou restringindo e dificultando um monte de coisas que eu estava acostumada a fazer, principalmente cuidar da Manu, que ainda era um bebê e não andava. Isso foi bem chato e desconfortável!



Como estou no último semestre, preciso perguntar, como foram os últimos meses carregando dois e a preparação para o nascimento?
Os últimos momentos são realmente muito cansativos! A gente não tem mais posição para dormir, sente vontade de fazer xixi o dia inteiro, eu vivia mal-humorada, pois precisava de ajuda até para botar um sapato no pé! Aliás, só tinha um sapato, pois nada mais entrava no meu pé, ficou super inchado! As roupas não serviam mais, é uma fase difícil e chatinha. Ainda por cima, desenvolvi algum tipo de alergia nas últimas semanas. Até hoje não sei o que foi, mas eu tinha uma coceira muito forte nas pernas e na barriga o dia e a noite inteiros! Se já estava difícil dormir, ficou pior ainda! Falta de sono, mau-humor e coceira, que só passou depois do nascimento dos meninos. Eu não tive nenhuma preparação muito específica para o parto. Tinha a recomendação de fazer repouso e tentar levar a gestação adiante o máximo possível, já que estava acertado que seria uma cesárea. Então, a idéia era segurá-los na minha barriga pelo maior tempo que conseguisse, para que engordassem e se formassem direitinho. Joaquim e Pedro nasceram de 37 1/2 semanas, perfeitos e saudáveis. Joaquim com 3,210kg e o Pedro com 2,475hk. Dois meninões!!!


Joaquim abracando Pedrinho
Joaquim abraçando Pedro

Como foi seu parto e a chegada deles?
O parto em si foi muito tranquilo. O médico agendou a cesárea quando percebeu que eu estava no meu limite e que os meninos estavam prontinhos para nascer sem risco, mesmo sendo um pouco antes do tempo. De fato, não houve nada de errado com eles, nasceram muito bem e saudáveis, mas imediatamente após o parto, tive uma hemorragia muito séria em que se cogitou a retirada do útero ou uma transfusão de sangue. Isso aconteceu pelo fato de serem 2 bebês muito grandes! Então, o útero não contraiu e causou a hemorragia (atonia uterina). Eles ficaram ótimos desde o princípio, mas eu fiquei extremamente fraca e anêmica.

Qual foi a melhor dica que você recebeu desde que descobriu que ia ser mãe?
Acho que foi do primeiro pediatra que as crianças tiveram, de que precisamos estabelecer rotina para os nossos filhos. Ele tinha razão! Sou adepta e fã de rotina, mas se puder dar uma dica extremamente pessoal e contrária às dicas que esbarramos por aí o tempo todo, diria para que cada mãe tente ficar quietinha e ouvir os seus próprios instintos na hora de cuidar dos filhos e tomar decisões relacionadas a eles. Os instintos são muito sábios e podem nos ajudar bem mais do que os Google´s da vida!!!

Pedro e Joaquim 3 anos-2-42
Pedro e Joaquim


Muito se opinia e se discute sobre a amamentação de gêmeos, como foi essa experiência para você?
Infelizmente, não consegui amamentar os meninos. Tentei muito, mas não tive leite! Amamentei bastante a Manu, era uma verdadeira vaca leiteira, mas acho que a hemorragia e a anemia não me permitiram produzir leite. Logo depois que a minha situação do pós-parto estava resolvida e controlada, não me deixaram amamentar o Joaquim e o Pedro, disseram que eu havia perdido muito sangue, estava muito fraca e precisava me poupar. Então, eles já conheceram (e gostaram!) a mamadeira logo na primeira mamada. Eu não sei se isso é verdade, não tinha informação na época, mas depois que já estava reestabelecida, não tive nenhum pingo de leite, tentei botar os meninos no peito para estimular, mas eles nem pegavam, uma pena! Sinto muito por isso, mas na época, nem me dei conta ou fui procurar informação. Era uma loucura tão absurda, que eu não tinha nem tempo de pensar ou me preocupar....

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Irmãos torcedores

Qual o seu conselho para as mães modernas de três?
Para ser uma mãe de 3 "sobrevivente", é preciso de muita organização e de rotina. Tem gente que não gosta e tal, mas faz toda a diferença a gente conseguir organizar as vidinhas dos filhos para que todos tenhamos uma vida minimamente controlada, organizada e previsível. Lógico que é difícil nos primeiros meses, mas vale a pena o investimento. Para nós e para eles, que se tornam crianças seguras e confiantes! Aceite sempre ajuda, tente confiar nas pessoas que estão a sua volta querendo ajudar e aproveite todos os mínimos momentos para fazer alguma coisa para si mesma, não importa se é tomar banho, dormir ou ver TV, escolha e faça, é super necessário!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Que mãe você vai ser quando crescer?

Antes mesmo de ficar grávida, a maioria das mulheres pensa que tipo de mãe vai ser. Começa assim, sem querer, enquanto a gente observa outras crianças com suas mães ou quando a gente percebe o quanto a nossa criação foi importante para transformar o que somos hoje.

Eu e o Marco sempre conversamos, cheios de razão, diga-se de passagem, "com o nosso filho não vai ser assim" ou "com a gente vai ter que ser assim", pronto e acabou-se, super decididos. Quem nunca fez isso? E de certa forma, era bom discutir a forma como a gente queria que fosse, idealizar as lições para o nosso futuro filho e discutir a dos outros. Bem, agora vamos poder colocar tudo em prática! Vamos quebrar a cara? Talvez. Mas, estamos loucos para dar de cara com o desconhecido.

Desde que o exame de gravidez deu positivo, eu tenho pensando ainda mais no tipo de mãe que eu quero ser. Eu aprendi muito nos últimos meses e cheguei a seguinte conclusão:

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Eu quero ser a mãe que a minha mãe foi pra mim. Eu quero ser uma mãe ainda melhor do que eu penso que posso ser. Quero ensinar tudo o que meus pais me ensinaram e mais um tanto. Eu quero ser uma mãe segura, presente, amiga, confidente, insistente, adepta dos bons costumes, das boas maneiras e que sabe dar um colo como ninguém, assim como a minha mãe.

Mais importante de tudo: eu quero ser uma mãe que sabe admitir que está errada. Eu vejo que toda mãe tem sua razão. Todas tentam seu melhor e acreditam no que estão fazendo pelo filho. Mas, às vezes, é preciso dar um passo atrás e eu quero aprender a dar este passo. E olha, que eu adoro ser a dona da verdade.

Não sei se vocês também perceberam isso, mas, pra mim, a maternidade é uma questão de escolha. E não há como resumir melhor. Tem aquela mãe que escolhe deixar o filho com a babá e outra prefere a creche. Tem aquela que dá refrigerante à vontade para o bebê e a outra que não quer que ele coma doce tão cedo. Quem tem razão? Apenas elas podem responder isso. Cada uma traça seu caminho.


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Até na gravidez eu percebi isso. Eu, por exemplo, cortei refrigerantes, especialmente coca-cola, e café assim que fiquei sabendo que estava grávida. E ouvi de diversas outras mães: "que besteira, tomei refrigerante a gravidez inteira". Até minha mãe falou que tomou café com leite quando estava grávida de mim, pois não era orientação médica na época. Mas foi uma escolha minha, eu acho que faz mal, não só pela cafeína, mas pelos gases. E estou feliz com isso. Por outro lado, eu tomo uma taça de vinho no fim de semana. É melhor ou pior do que o refrigerante? Não sei. Eu só sei o que eu escolhi e assumo as minhas escolhas. Se achar que não está bem, estou errada, volto atrás. Como já aconteceu nestes últimos 6 meses.

Que tipo de mãe eu vou ser? Não sei, por enquanto, é só uma ideia na minha cabeça, mas eu espero refazer essa pergunta sempre. Para poder melhorar sempre e crescer com minhas filhas também.

*fotos pela ilustríssima amiga e fotógrafa nas horas vagas Maria Fernanda Seixas

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Parto meu - Carol Lobo

Cada mulher tem uma expectativa, um desejo, um sonho para o seu parto. Bem, às vezes, esses sentimentos passam desapercebidos, se confundem, mas eles estão ali. Ainda que com o medo e a ansiedade, vem a esperança de um nascimento único e pleno, mesmo sem a gente saber o que isso quer dizer. Pelo menos daqui do outro lado do computador, eu não me canso de aprender e pesquisar cada vez mais sobre isso.

Hoje resolvi compartilhar a história da Carol Lobo. Ela fez uma cesária na primeira gravidez e se sentiu satisfeita com sua decisão. Mas depois de um tempo, ela começou a ver as coisas de outra forma, a maternidade tem muito disso. E na segunda gestação, ela conseguiu colocar em prática a ideia de um parto natural e ainda domiciliar. É um relato e tanto! Me emocionei com a força de vontade e o depoimento da Carol. Aí vai:

Meu renascimento como mulher: relato de parto

Confesso: a minha segunda gravidez, da Rafaela, não foi programada. Ela aconteceu! Diferente da gravidez da irmã, que foi super planejada, esperada. Porém, na gravidez da Maria Luisa (primeira vez), procurei mais informações a respeito da maternagem do que da via de nascimento. Pra mim, aquela época, o modo como o bebê nascia não importava, e sim se ele estaria saudável. Mas, na verdade, eu nunca havia me importado com o nascimento. Se ela viesse de parto natural ou cesárea, pouco importava. Apesar disso, eu estava “me preparando” para um parto normal...

tres meninas
Carol e suas meninas

Pelo menos eu achava que sim, pois estava fazendo yoga, conversava com algumas militantes do parto normal, mas nada além disso. Chegando perto da data provável do parto, 37 semanas para ser exata, fiz uma ultrasom de rotina e lá estava uma circular. Juntou a falta de informação, a ansiedade de ver a minha filha tão esperada com um médico cesarista, resultado: cesárea marcada para a semana
seguinte. E a fiz com muita paz no coração. Malú nasceu bem, apgar 9/9, ficou comigo desde a sala de recuperação. E isso pra mim tinha sido o bastante. Minha filha nasceu saudável, não teve nenhum desconforto, logo mamou e minha recuperação fora ótima. Pronto, estava satisfeita! E nunca mais toquei no assunto.

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Com a Malu depois do nascimento

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Cesária na primeira gravidez

Até o dia de rever o DVD do nascimento. A essa altura eu já estava grávida da Rafaela, e Maria Luisa pediu para ver. Meu coração ficou em pedacinhos... Ver minha filha sendo tirada de mim, dando uma passadinha rápida para “me conhecer”, pois eu estava amarrada e não pude nem tocá-la, depois vê-la sendo submetida a milhares de intervenções, ali sozinha, chorando,peladinha, sem nenhum conforto... Isso me matou por dentro. E foi neste momento que eu decidi que com a Rafaela seria diferente.

E dei graças à internet!!! Procurei me informar o máximo possível sobre o parto humanizado. Era o que eu queria para o nascimento da minha filha, um parto respeitando o momento da passagem da vida intra-uterina para esse mundo, que já
é hostil por si só! E nessa procura incessante, achei bem mais informações do que eu estava à procura. E aprendi que a via de nascimento importa SIM! E nisso foram 7 meses de muito estudo, preparação do corpo e da mente para que minha filha chegasse da melhor maneira que eu poderia proporcionar.

Eu decidi por um parto domiciliar. Não tive apoio inicial de ninguém, nem do meu marido. Mas, nem por isso, titubeei. Era isso que eu queria, era o parto
que eu teria! Procurei um GO que topasse, uma doula-fisioterapeuta que me
ajudasse no preparo físico-metal e fiz exercícios físicos até a semana anterior ao parto.

O parto:


Umas das coisas que eu tinha que ter muito bem exercitado era o controle da minha ansiedade. E por incrível que pareça, ela estava controlada. Eu estava de 39 semanas e só esperava a Rafaela para a semana seguinte, acreditando na mudança para a lua-cheia. Porém, como nem tudo na vida é programável, e o parto é uma dessas coisas. Na madrugada de quarta-feira, 26/08, eu comecei a sentir contrações com cólicas. Que felicidade!!! Como eu esperei por esse momento.

Eram 2h, e CLARO, eu comecei a cronometrar (tá, a ansiedade não estava tão controlada assim, hihi), elas vinham com intervalo de 7 min. Apesar de elas serem bem desconfortáveis, eu estava feliz da vida!!! Saí do quarto e fui curtir esse momento, que achei que seria curto....... Acordei o maridão às 6h, disse a ele que estava com contrações desde as 2h e achei que podíamos ligar para o GO. E assim fizemos.Dr. Fred pediu que fossemos ao consultório para ele fazer a avaliação. Fomos e no carro as contrações chegaram a vir com intervalos de 5 min, oba!! Horrível contração no carro, mas tudo vale à pena! Chegando ao consultório, toque: 2 cm!!! Como assim, madrugada inteira de contrações regulares, e só isso????? Voltei pra casa meio decepcionada, e as contrações se espaçaram... Ora vinham de 10 em 10, ora de 7 em 7, nunca regularizavam.

Pronto, não estava em trabalho de parto ativo, ainda era o latente. Bem, vamos curtir! Passei o dia em casa, tendo as contrações desconfortáveis. A doula veio e viu que realmente se tratava de TP latente. Então, vamos dormir, concentrar, pedir pelas contrações para ver se elas engatam. E foi mais uma madrugada de contrações com longos intervalos, mas que me impediam de dormir.

Eu estava cansada... Na quinta, 27/08, o Dr. Fred veio à minha casa para nova avaliação, 3cm. Mas a essa altura eu já imaginava essa evolução, já que o TP ainda não havia engatado. E foi mais um dia inteiro de contrações! E nesse momento eu comecei a ficar com medo. Medo de fraquejar na hora punk! Pensava comigo: se o período latente já está desconfortável dessa maneira, como será o TP ativo??? Será
que eu vou agüentar? E é nessas horas que vemos como o trabalho da doula é imprescindível:minha querida companheira de parto me ajudou com palavras lindas de encorajamento,mostrando que nasci pra isso, me preparei para isso!

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O apoio essencial da doula

Já era de noite, TP novamente não engrenara. Dispensei a doula, já que previa mais uma madrugada de contrações espaçadas (a terceira, estava MORTA!!!). Mas antes de ir, ela apertou um pontinho mágico entre a canela e a batata da perna, que ela disse ser o ponto do útero. Eu já estava tão descrente que nem dei muita bola. Fui deitar, tentar dormir entre as contrações, o que para mim era impossível. E as contrações começaram a vir mais intensas, mais duradouras. Mas mesmo assim eu não acreditava. Cheguei a pedir para elas irem embora, que eu estava muito cansada, precisava dormir. Mas elas (GRAÇAS) não me obedeceram!!! Começaram a vir com intervalos mais curtos, apesar de não estar mais marcando.

Até que não deu mais para agüentar!! Tive que levantar, contração deitada é MUITO ruim!!!! Chamei meu marido e entrei no chuveiro, eram 2h de 28/08, sexta-feira. Pedi para ele marcar os intervalos. Surpresa: 3 minutos!!!!!!!! Nem acreditei, era o início do meu TP!!!!! As contrações estavam MUITO intensas, logo a doula chegou, eram 2h40. E a partir desse momento, tudo fica meio obscuro... Acho que eu me concentrei tanto, estava tão focada que não lembro de muita coisa. Para mim o tempo passou voando!!!! As contrações eram fortes, doía, mas nada me fazia sair do foco.Claro que reclamei diversas vezes, não sou de ferro, cheguei
até a negar uma contração, normal... Lembro de ter falado com a doula que se quando o Dr. Fred chegasse eu tivesse com 4 cm eu piraria!!

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Em pleno trabalho de parto

E ele chegou, eram 5h, ele mora do outro lado da cidade! Avaliação as 5h25: 8 cm!!!! Meu Deus, que alegria!!! Renovou minhas forças! E ele disse que Rafaela ainda estava alta, que dali por diante, em cada contração, eu deveria me agachar, acocorar. E foi o que fiz. Vinha uma, eu acocorava. Pedi para ir ao chuveiro. E dali só saí com minha filha no colo... Cada contração que vinha, eu acocorava, sem banqueta de parto, era eu e as forças das minhas pernas. Até que elas começaram a vir em espaços tão curtos que nem levantei mais! E aí tudo ficou ainda mais
sem nexo. Vendo a gravação do parto, eu vi que a doula falava comigo a todo momento, mas eu não lembro de nada, não ouvi uma palavra.

Comecei a sentir a tal vontade de fazer força, era incontrolável, que delícia! Eu urrava como uma verdadeira loba, era um urro que vinha de dentro. Em uma contração, que para mim não tinha mais intervalo, eu coloquei a mão e senti! Senti a cabecinha da minha amada filha. Que emoção! Falei que tinha algo diferente na minha perereca (isso tá gravado, muito engraçado!!) e a doula chamou o Dr. Fred. Quando ele entrou
no chuveiro foram duas forças, uma atrás da outra, sem intervalo, e saiu minha pequena, linda, serena, já tomando banho de chuveiro, direto para os meus braços. Que prazer indescritível. Que momento mágico. Sentir todo o corpinho passando por mim, sem palavras... Até agora, se fecho os olhos, sinto esse momento único! Eu só lembro de ter olhado para o meu marido e gritar EU CONSEGUI, minha filha nasceu por MIM!!!!

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Momento do nascimento

A placenta saiu logo após, nem fiz força... Saí do chuveiro sendo amparada pelo meu marido, eu fiquei bem fraquinha. Deitei na cama e o Dr. avaliou o períneo, que ficou ÍNTEGRO, apesar da intensidade do expulsivo. Levei apenas um pontinho na região dos pequenos lábios. E Rafaela mamando calmamente no meu seio, ao som de Enya...

Rafaela nasceu no conforto do seu lar, às 5h43, junto com o sol, para iluminar ainda mais a minha vida!!!

Considerações finais...


Pressinto que se eu tivesse optado por um parto hospitalar teria entrado na faca, já que foram 2 dias de “trabalho de parto” sem evolução na dilatação... Apesar da recuperação ser 100% melhor do que na cesárea, me senti extremamente cansada, devida as noites anteriores não dormidas e a perda de sangue. Cheguei a quase desmaiar. O que foi um momento bem interessante... Eu queria levantar para fazer xixi, já tinham se passado 4h do parto. Quando levantei, meu marido me ajudando, milhares de vozes de mulheres ao mesmo tempo me diziam, de várias formas diferentes, como o meu parto havia sido lindo, o quanto estavam orgulhosas de mim. Quando eu dei por mim, eu estava praticamente desfalecida no colo do meu marido. Foram minhas ancestrais??? Gosto de pensar que sim!

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Rafaela e o pai

Apesar do meu querido e amado marido não ter apoiado de início a idéia do Parto Domiciliar, ele foi de um companheirismo inigualável! Ficou a todo o momento ao meu lado, dando suporte físico e psicológico. Sem ele certamente as coisas não teriam fluído da maneira como fluíram. Sim, porque apesar das contrações terem começado cedo, o TP propriamente dito foi muito intenso e rápido, com duração de 3h40.

Além dele, a presença, mesmo que escondidinha, da minha mãe também foi de muita
importância. A bichinha soube direitinho o seu papel no parto, que era de dar o apoio total a mim, sem interferir no momento. Ela foi linda! Sem palavras para a minha querida doula. Foi de suma importância, acho que sem ela eu não
teria dado conta do recado...

Enfim, foi isso, de um nascimento via cirurgia que para mim havia sido suficiente, eu renasci como mãe e mulher no nascimento humanizado

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As irmãs

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Contagem materna: 25 semanas

Depois de uma semana confusa e mal-humorada, as coisas estão melhorando, minha gente! Quer dizer, quase. Hoje acordei meio mal, tive diarreia e uma dor muito forte na barriga e nas costas. Liguei para médica e resultado: mais buscopan, água de coco e repouso. Estou na casa dos meus pais sendo paparicada, esperando o Marco sair do trabalho. São coisas da gravidez e já me sinto bem melhor. Nós três estamos bem e positivas!

As meninas estão ótimas e agitadíssimas aqui dentro da barriga. Recebo cada cutucada que nem sei, parece uma festa. E agora acho que elas não estão mais na posição que antes. Se mexeram e eu fico confusa, sem saber quem é quem. Elas continuam no lado direito, então minha barriga tá meio desequilibrada, vamos combinar. Mas ela tá grande, tão grande, que pesa. É como se eu já tivesse quase 9 meses de uma gravidez normal.

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Minha cara de mais ou menos depois de uma manhã de sexta conturbada.


Ainda estou com dores nos quadris, nas pernas e nas costas, sem dormir direito, mas estamos caminhando. O que me interessa agora é que elas crescam e que a gente chegue até o final. Tomei duas decisões importantes esta semana. Pedi arrego no trabalho. Estou tomando todos os dias com remédio para dor, porque à noite é insuportável o desconforto. Então, pedi para diminuir o ritmo. Admiti a derrota, chorei como toda grávida, mas tirei um peso das costas.

Depois, voltei na médica. Crise contornada. Conversei com ela e agora estou bem mais tranquila. Falamos sobre a possibilidade do parto normal e estou mais confiante. Sei que tenho que pesar todas as alternativas, mas por isso estou estudando muito e pesquisando muito para não acabar fazendo as escolhas erradas. Acho que os médicos também fazem um teste com as pacientes, tipo, "será que ela quer mesmo parto normal?". E essa é uma prova que eu preciso passar. Eu usei a minha estratégia: pergunta inicial, silêncio, cara de desconfiada e deixa o médico falar, e deu certo! Confio nela e sei que tudo vai sair o melhor possível. A cesária deve ser a última alternativa, mesmo para uma gravidez gemelar que é complicada. Vamos continuar com esse assunto ainda aqui porque é muita coisa para se debater e pesquisar! Voltaremos!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Grávida e Fashion

Ser grávida e fashion não é fácil. Mas, não é impossível. Eu já vi muita mulher grávida aí repetindo a mesma roupa, em público, dois, três, quatro dias (pasmem, mas acontece, eu já presenciei), usando uma legging qualquer ou se jogando no chinelo de dedo de couro que tá mais gasto do que não sei o quê. Não sei, tem gente que esquece mesmo de moda e qualquer coisa relacionada a isso quando está nessas condições. Vai saber, né? Cada um tem seus motivos. Mas eu me prometi que quando ficasse grávida não ia seguir por esse caminho. E vamos combinar, minha gente, já passou aquela fase de que grávida só usava macacão jeans e legging. Moda gestante é o uó, o negócio é grávida fashion. Por isso, separei uns looks que estão me inspirando agora:

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Os looks maravilhosos da Sydney blog The Daybook

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E os looks da marca HATCH

Acho que o passo número 1° para não esquecer seu lado fashion durante a gravidez é fazer uma sessão de desapego. Algumas, quer dizer muitas, roupas já não estavam me servindo mais a partir do 4° mês. Então, aproveitei uma faxina, e com a ajuda da minha mãe, separei todas as roupas que eu não deveria usar nos próximos meses. Coloquei tudo em duas caixas de plástico, o que incluiu calças, shorts, blusinhas, saias e outras coisitas más. E foi tudo para cima do armário para abrir espaço para novas roupas.

Depois, é hora de ir às compras! Calma, minha gente, não precisamos comprar um guarda-roupa inteiro novo, mas é preciso abrir um pouco a mão e investir em algumas boas peças. Comprei mais uns cinco vestidos larginhos de malha para aguentar até o fim da gravidez, duas blusas bem largas na barriga e uma calça para gestante. E foi suficiente. O resto ainda cabia e eu ainda dei uma procurada no armário da minha mãe e "peguei emprestado" outros vestidos. Não curto muito usar a tal da legging, aperta a barriga e nem sempre é a melhor opção.

Um bom investimento são as calcinhas de gestante. Como a minha barriga tá muito grande e pesada é preciso suporte. Ontem mesmo comprei mais três da Liz que são maravilhosas. Acho que foram umas 8 desde o início da gravidez, isso porque eu já tinha umas calçolas no armário (eu sei, mas eu adoro conforto!). O sutiã comprei dois de um número maior, ainda uso os antigos, mas aperta um pouco. Agora, vou começar a investir nos sutiãs de amamentação e acho que vou pular logo dois números. Nesta parte eu não economizei, acho que vale a pena o investimento.

Ah, também comprei dois sapatos de número maior (na verdade, ganhei um!) que é uma maravilha!

Quem quiser mais dicas o blog Potencial Gestante, da Luíza Diener, tem uma listinha ótima de enxoval para as futuras mães aqui

E para vocês? Foi díficil adaptar o guarda roupa?

domingo, 6 de novembro de 2011

Parto meu - Maria Fernanda Seixas

O blog hoje começa uma nova série que já me aperta o coração! Vamos falar sobre partos. A ideia é compartilhar histórias deste momento inesquecível e imprevisível da vida de uma mãe, um pai, uma família inteira. Eu não sei vocês, mas minha parte favorita ao ler os blogs maternos da vida são os relatos dos partos. Não acredito que exista um momento mais sofrido e mais mágico que este.

Eu tenho pensando muito no parto das meninas, nas nossas possibilidades e descobri que pesquisa é tudo nesta vida, especialmente quem quer ter um parto normal e natural. Ler relatos faz com que a gente fique mais perto desta realidade e aprenda também. São textos longos, mas que valem cada linha escrita e prendem a atenção do começo ao fim. Informação é tudo na vida de uma família moderna, minha gente! Chore, se inspire, respire e viva com as histórias das mães que devem passar por aqui. Então, vamos lá:

O primeiro depoimento é da Maria Fernanda, grande amiga, dona do blog Quero ser vintage e que é quase veterana aqui do Manual. Ela é minha grande conselheira quando o assunto é gravidez, maternidade e afins. Há quase 5 anos atrás, a vida dela mudou para sempre e ela conta como foi:

"Era uma noite de sábado e depois de duas sessões seguidas de acupuntura, em minha 41ª semana de gravidez, eu chorava no carro. A médica tinha me dado o deadline na quinta-feira, data da minha última consulta: se não entrar em trabalho de parto até domingo, vamos para o hospital na segunda-feira ter esse bebê. Fiz uma série de sessões de acupuntura ditas “infalíveis” para desencadear o trabalho de parto. E nada. Nenhuma contração, nenhum sinal e um mantra na cabeça “vou entra em trabalho de parto, vou entrar em trabalho de parto”. Quando no sábado o acupunturista me disse que eu era a primeira cliente que depois de quatro sessões não tinha conseguido entrar em TP, comecei a perder as esperanças. A médica ainda deu a opção de tentarmos induzir o parto na bendita segunda feira. E que se não desse certo, seria uma cesárea — o que para mim, era impensável.

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Família completa: Fernanda, Otto e o pequeno Tarso

No fundo, meu instinto materno dizia que não era a hora ainda. Mas era meu instinto contra a palavra da médica. Ela dizia que depois da 41ª semana é perigoso manter o bebê na barriga. A placenta envelhece e o risco da criança entrar em sofrimento fetal cresce em progressão geométrica. Não tinha mais o que fazer. No sábado a noite, sendo consolada pelo meu marido, sabia que meu parto não seria mais natural. Mesmo que fosse vaginal, seria diferente. Cheio de catéters, agulhas, hormônios sintéticos (para quem não sabe, a ocitocina que se usa na medicina tem origem suína), enfermeiros, aparelhos cirúrgicos. Mas aí caí a ficha que o bem estar da criança está bemmmm acima dos nossos sonhos com o momento do parto, e eu finalmente relaxei. Passei um domingo tranquila.

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Gravidíssima

Na segunda de manhã, dia 13 de novembro de 2006, fomos ao shopping adiantar a compra dos presentes de natal da família (sábia decisão). Comemos uma saladinha com uma carne magra (dia de parto, tem que pegar leve). Fui pra casa, sequei o cabelo bonitinho (tem que estar apresentável no primeiro encontro com o filho) e — momento embaraçoso — fiz um vídeo para o meu filho, sem que ninguém visse. Me deu uma insegurança de dar algo errado comigo, e resolvi que deixaria um recadinho gravado para ele. Chegamos no hospital, recebemos visitas de amigos e parentes. A médica chegou e lá pelas 15h injetou a ocitocina no soro, ligado à veia da minha mão. A expectativa de que em segundos, eu entraria em trabalho de parto. Nada. Aumentaram a dose. Nada. Enquanto Otto enchia a banheira inflável no quarto do hospital Santa Lúcia, calmamente, com uma cuia, eu estava ansiosa como uma criança que espera uma manhã de natal. Uma ansiedade boa. Aflitiva, mas boa.

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Na preparação para o parto

Duas semanas antes do parto eu já estava com 3cm de dilatação. Mas a ocitocina não trouxe nenhum progresso. Lá pelas 19h30 a médica entra mais uma vez no quarto. “E aí?” “Nada”, disse. “Vamos estourar a bolsa para ver se você finalmente entra em trabalho de parto.” Ela furou a bolsa com um instrumento que parece uma agulha tricô. Não doeu nada mas é como se estourasse um balão de suco de goiaba quente dentro de você. Saí um liquido espesso e rosado, morno. E em segundos, minha almejada primeira contração chegou. A médica sorriu e saiu do quarto. “Anotem o tempo das contrações. Já já eu volto”. Ficamos eu e Otto sozinhos, finalmente. Sem parentes nem amigos. Era o nosso momento, e mandamos todo mundo embora. “Avisamos quando puderem voltar.” Esse momento é muito íntimo, e quanto mais pessoas envolvidas, menos instintivo e confortável ele se torna. Há quem defenda até a ausência do marido. Mas, no meu caso, a presença dele foi essencial.

A primeira contração foi forte, porém rápida. Elas vinham em intervalos de menos de 3 minutos e cada vez mais intensas. Tentei segurar a onda, imaginando que a noite ainda seria longa. A médica voltou e me examinou. “5 cm”, disse. Para mim, o exame de toque foi o momento mais doloroso. Dizem que se dói, é porque o médico examinou forçando uma abertura ainda maior. Não sei o que aconteceu ali, mas sei que senti uma dor lacerante nesse momento. A médica deixou o quarto mais uma vez, agora dizendo que estava tudo progredindo muito bem, e que meu bebê nasceria lá pelas 4h, 5h da manhã. Eram 20h15. Mal ela saiu as dores começaram a vir em intervalos menores, mais e mais fortes. Fui para a banheira e senti um conforto imenso. Mas estava começando a me assustar. As dores eram muito fortes e eu não me imaginava aguentando todo esse processo até o amanhecer.

Durante as contrações, fazia os exercícios de respiração que aprendi na fisioterapia, tentava não lutar contra a dor, mas olha, taí uma coisa difícil de lidar. Durante uma das contrações, meu irmão entrou no quarto (porta de quarto de hospital não tem tranca, tampouco maçaneta) com um presente enorme na mão. Eu, só com a parte de cima de um biquini, dentro da banheira de cócoras, no meio do transe de uma contratação, só tive o instinto de gritar “Gustavo sai daqui” “Mas eu só vim deixar um presente” “Saiiiiiiiiii”, gritei. Ele saiu desolado. Quando segundos depois a contração acabou, e eu retomei a consciência, falei “Otto, corre atrás do meu irmão, traz ele de volta” Otto foi, mas Gustavo já tinha sumido. Fiquei arrasada, preocupada dele ter ficado chateado… por isso que eu digo: esse não é um momento passível de receber visitas. Deixem isso devidamente avisado a todos.

As dores só aumentavam e eu amarelei. A sensação é que se eu continuasse sentindo aquela dor, em intervalos tão curtos, até às 5h da manhã, eu não resistiria. Ligamos para a médica. Ela falou para nos acalmarmos, que parto induzido era mesmo mais doloroso, que eu devia estar caminhando para o 7cm de dilatação. Peguei o telefone e falei que para mim não dava mais. Queira uma anestesia. Ela então disse que com anestesia, o parto não poderia ser mais na banheira, e disse que mandaria um enfermeiro me buscar no quarto e me levar para a sala de parto (tudo o que, inicialmente, eu não queria).

O enfermeiro chegou. Mandou Otto trocar de roupa e me mandou sentar em uma cadeira de rodas. “Eu não estou inválida vou andando” “São regras, você só pode ser levada para o centro cirúrgico em uma cadeira de rodas”. Para evitar estresse, eu sentei, achando aquilo um equívoco. No momento que você senta naquela cadeira, perde automaticamente o controle da situação. Não estava doente, nem impossibilitada. Estava parindo. Podia andar normalmente. Mas, por ironia, depois de rodar uns 3 metros, a cadeira emperrou. Ele ficou me choacoalhando na cadeira de rodas, tentando desempenar a bicha enquanto eu começo a sentir uma contração. “Deixa eu ir andando logo?” “Não.” O tal do enfermeiro chegou uns 5 minutos depois. E eu querendo esganá-lo.

Cheguei na sala, tomei a anestesia, e foi como um banho frio em um dia de calor inclemente. Um baque de realidade. A dor passou automaticamente e eu deixei a postura selvagem e voltei ao meu estado normal. Fiz piada, ri, conversei, abracei a médica. A doutora então fez um novo exame de toque. Não tinha nada de “provavelmente caminhando para 7 cm de dilatação”. Eu estava com 10cm, na fase expulsiva. A cabeça do Tarso (nome do meu filho) já estava coroando. Se eu soubesse que já estava no fim do processo, talvez não teria tomado a anestesia. Talvez.

“Vamos empurrar.” Ali sem dor, não me preocupei em achar uma posição adequada. Estava passada. Meio deitada, comecei a empurrar. Ela resolveu fazer a episiostomia. Nesse momento, Otto ficou amarelo. “Pai, vai dar uma voltinha lá fora, tomar um ar”, disse a médica. Ele saiu e a médica disse que era o empurrão final. Como assim eu ia dar o empurrão final sem Otto na sala? Fingi empurrar, olhando para porta. “Empurra direito.” Nesse momento Otto volta.

Uma enfermeira mal encarada, que pesava seus mais de 90 quilos apoiou o braço na minha barriga e jogou o corpo sobre ele. A contração veio e elas mandaram “empurra”, fiz uma força descomunal, sem sentir absolutamente nenhuma dor, e o meu amor nasceu. “Nasceu”, Otto disse com a voz embargada. A gente se olhou e sorriu como quem abre um guarda chuva na boca. Um sorriso de orelha a orelha. E esse foi, definitivamente, o momento de maior êxtase e mais profunda felicidade que já senti na vida. Tarso era lindo e veio direto para o meu colo. Quetinho, com a bocona aberta, mexenco os frágeis dedinhos. No meu colo ele se acalmou, e ficou explorando o mundo com os olhinhos inquietos. A gente se olhou, eu devo ter falado alguma coisa cafona e a enfermeira o levou da sala para os procedimentos: banho, pesagem, testes etc.

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Nasceu!

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A melhor sensação do mundo

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Primeiro banho

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Hora de se mostrar para as visitas

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Pura felicidade

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Mas vale a dica: faça um plano de parto e leve ele a sério. Eu fiz o meu mas não exigi nada. Então teve episiostomia (que ficou dias dolorida), teve enfermeira maluca empurrando minha barriga, teve alguém levando meu filho embora no momento ideal para a primeira mamada, e outras intervenções que eu aceitei passivamente. Não permitam isso. Tenham o parto, seja ele uma cesárea ou um parto normal, que vocês imaginam ser o melhor para seus bebês. Boa sorte às futuras mamães e à família Stracquadanio!"

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Tarso lindo no berçário

sábado, 5 de novembro de 2011

2190 dias com ele

Há exatamente seis anos, um menino de 20 anos me pediu em namoro. Era um sábado, como este, tempo nublado com um sol que aparecia de vez em quando, e fomos para um encontro de Fuscas no Parque da Cidade. Eu, então com 24 anos, estava me divertindo beijando aquele menino, não queria nada sério, mas também não queria ficar de bobeira. Ou era namoro, ou não era nada. Dei um prazo para ele de uma semana e aquele era o último dia.

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Together forever

A gente sentou na grama, riu com os amigos, bebeu cerveja long neck, viu uns Fuscas mais ou menos e aí começou a chover. O dia estava acabando e ele nada. Na correria para fugir dos pingos de chuva, ele me parou no meio do estacionamento do parque e fez a pergunta, todo tímido. Eu disse sim, é claro! E ali no meio da chuva começava uma história que nos trouxe até aqui.

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Foto tirada no dia 5 de novembro de 2005, momentos antes da chuva

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Sim, ele tinha piercing no nariz! Como não namorar esse rapaz?

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Em Salvador, sempre juntos

São seis anos de mais pura felicidade e conquistas. Crescemos tanto, vivemos tanto e ainda queremos muito. E eu nunca poderia imaginar que com aquele beijo de sim, no futuro, a gente iria casar e ser pais de gêmeas! Nunca! Eu achei que era só um namorico, não tava fazendo nada, aquela coisa... Foi só dar um pulo no escuro para dar certo. Naquele sábado, eu finalmente tinha encontrado o homem da minha vida.

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E o começo do viveram felizes para sempre

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

As aventuras de uma barriga

Ela anda de um lado para o outro poderosa, como se fosse passar por qualquer espaço e, o pior, não passa. A barriga ficou grande, mas meu cérebro esqueceu de digerir essa informação. Eu e ela estamos passando por diversas aventuras juntas. As melhores, é claro, envolvem chutes e socos de pequenas meninas que me lembram constantemente que eu vou ser mãe, e quase sempre isso parece um sonho! Agora tudo o que eu quero é que ela cresça, apareça e que proteja a minha dupla por mais um tempo.

From LemeLeme.
Momento quero você forever

À noite, ela me lembra do peso. Eu mudo de posição e ela me acorda porque também precisa ser acomodada. Eu deito, ela não me deixa levantar direito. Faço uma manobra super hiper meticulosa para poder me movimentar. E tudo bem.

Quando eu como demais, ela fica apertada que é uma coisa. Fica difícil até de respirar. Deve ser castigo da barriga porque eu tô fazendo as coisas ficarem mais complicadas lá por dentro.

Algumas vezes, devo confessar, ela sofre maus-tratos. Outro dia, esqueci que ela estava ali e, sem querer, fechei a porta do carro em cima dela. Doeu que foi uma coisa, mas felizmente o acidente não causou ferimentos leves ou graves. A gente esbarra em portas, pessoas, cômodas, móveis e afins, tudo aprender nossos limites.

Mas ela também é muito bem tratada, viu? Ganha óleo de amêndoas todos os dias e creminhos franceses de vez em quando. Plus: as minhas mãos se apaixonaram por ela. Não param de tocá-la e mimá-la. Ela recebe muito carinho. Além disso, é requisita onde vai, mas nem tanto porque não quer ser tão famosa.

From LemeLeme.
Adoroooooooo

Também tem o pai, que quer falar com as suas meninas, mas não consegue. Tem uma barriga no meio atrapalhando e ele fica tímido e ri da situação ridícula e depois se sente culpado por não conseguir falar com as filhas. É todo um processo, mas eu sinto que cada vez mais ele aceita a barriga também.

Ficar grávida é assim, por isso, barriga grande e linda: amo você e já estou sentindo sua falta!

E você? Como foi, ou tá sendo, com a pança de gestante? Mandem seus depoimentos!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Contagem materna: 24 semanas, ou seja, 6 meses!

Chegamos no terceiro trimeste! Estou in love com a gravidez, mas ao mesmo tempo super confusa na minha própria confusão. Faz sentido? Não, nada faz sentido quando você está grávida! As meninas estão ótimas, crescendo bastante, com mais de 500g e quase 30 cm cada! E tá cabendo tudo aqui dentro. Já resolvi quase tudo, faltam apenas detalhes do enxoval e do quarto. Anotem meninas: vale a pena ser adiantada. E olha que ainda tem coisa pra gente fazer. E estou tão enrolada que não consigo nem atualizar o blog direito.

LemeLeme
Barriga tá grande e o peito sem comentários, né minha gente?

Vamos ao update: estou com dores horríves no quadril, em especial durante a noite. As pinçadas são sempre do lado esquerdo, não sei o motivo, mas vi outros depoimentos na internet falando que isso é comum. Dor no pélvis não é legal, minha gente. Acho que vai acabar passando, mas vou já procurar uma acupuntura para aliviar o peso. Voltei ao trabalho e tenho ficado muito cansada. Não tenho ânimo para muita coisa, o que me incomoda, não consigo nem responder meus emails direito. E quando finalmente deito na cama, é um incomodo. Enfim, faz parte.

Fui na médica semana passada e saí de lá arrasada. Cheguei toda feliz e contente, falando que queria ter 15 filhos, e ela, ao que tudo indica, estava em um péssimo dia. Não me deu atenção e ainda levei um esporro porque engordei 5kg nos últimos 40 dias. Eu sei que é muito, tenho mesmo que me cuidar e exagerei nas férias, mas ela falou como se fosse o fim do mundo. Nem consegui tirar minhas dúvidas ou perguntar sobre o parto, que era meu objetivo na consulta. Me decepcionei um pouco. Vamos ver como vai ser a próxima consulta na semana que vem. Qualquer coisa, a fila anda, vou precisar tomar uma decisão em relação à isso.

A nova tendência nas perguntas agora é quando as meninas vão nascer. Como a barriga já está grande, é natural, parece que eu estou com uns 7 ou 8 meses e eu sinto tudo o que uma pessoa no final da gravidez sente. Porém, espero que as duas fiquem aqui por mais três meses. A previsão é final de janeiro, início de fevereiro. Mas já tá rolando as dúvidas: "será que você consegue chegar até o fim do ano?", "você vai chegar até quanta semanas" e a pior "vai ser cesária, né?". Não sei! Não tenho todas as respostas Com isso, acabei entrando um pouco na paranoia de "e se elas nascerem pré-maturas?" Acho que toda a mãe de múltiplos deve ter esse medinho. Estou tentando ficar tranquila e pensar positivo, como sempre tenho feito.

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Foto da semana passada.

Engraçado é que agora passamos para uma nova fase! Estou começando a pensar em como vai ser quando elas nascerem. Eu e Marco imaginamos coisas, fazemos planos, queremos segurar as duas no colo logo. Mas vamos ser sinceras: eu não sei nada de bebês! Por isso, vou comprar uns livros didáticos e comecei a procurar cursos para gestantes. Descobri que a coisa é disputadíssima aqui em Brasília. Já tinha ligado para alguns em outubro e eles me orientaram ligar no dia 01 de novembro de novo, que iriam abrir novas vagas. Acordei hoje cedo, mas deixei para ligar umas 10h. O que aconteceu? Não tinha mais lugar! Como pode? Consegui só no Hospital Santa Lúcia, mas as aulas são feitas durante a semana, o que atrapalha bastante. Mas vou de qualquer jeito. O Marco vai acabar de fora coitado. Mês que vem, se eu ainda tiver ânimo, vou tentar de novo. Eles deixam apenas grávidas de 28 semanas fazerem o curso, como a minha é gemelar deu certo! O negócio é se informar sempre e não deixar as coisas para depois mesmo. Salve a internet, deusa da família moderna.

Fiquei tanto tempo sem escrever, que escrevi demais! Tem muita coisa ainda para compartilhar, por isso aguardem as cenas do próximo capítulo, desta vez em menos tempo.

Para quem tem os dias da semana mais livres, fica a dica: O Hospital Anchieta oferece a partir do dia 07/11, o Curso de Gestantes e Shantala. O evento acontece no auditório do Centro de Excelência Anchieta - 5º andar, 15h30 e terá dicas de massagens terapêuticas para o bebê e os cuidados com a amamentação. A inscrição é gratuita pelo telefone 3353 9260.