terça-feira, 30 de agosto de 2011

Contagem materna: 15 semanas e 1 dia

Estamos perto da marca dos 4 meses e está tudo indo muito bem com as meninas! Hoje fomos fazer mais um ultrassom e o médico confirmou toda essa femininidade crescendo dentro de mim e que elas estão crescendo dentro do previsto. Conseguimos ver os bracinhos e as perninhas e elas têm praticamente o mesmo tamanho. O que mais me impressinou foi o tamanho da placenta, está enorme. Socorro!

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A semana passada foi difícil, com muito choro,cansaço e estresse. Agora, estou bem melhor, mais animada. A família (quase) inteira vai estar aqui para o casamento do meu irmão até o final de semana e o meu vestido de madrinha serviu! Cada dia que conta uma semana a mais, parece que começamos uma nova fase. A grande questão no momento é tomar decisões, eita coisa difícil. Sábado saímos para olhar uns berços, eu não conseguia escolher nada, cada loja que eu entrava ficava mais confusa. Fui atrás de um berço simples e estava quase levando um modelo super plus com colchão anti-refluxo. E ainda tinha uma voz na minha cabeça que dizia: "tá muito cedo, deixa pra depois". Mas o Marco tem o seguinte argumento: se eu cansei indo em três lojas na W3, imagina daqui a dois ou três meses. No meu caso a hora é agora. Mas é muita opção, minha gente!

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Qual carrinho? Quais os nomes? E o enxoval? E a lista continua. É nessas horas que a minha indecisão libriana não ajuda nem um pouco. Bem, no fim de semanaconsegui escolher um papel de parede para o quarto das meninas! Comprei aqui http://www.papeldeparededosanos70.com/ É um site de Portugal e, apesar do preço do frete (30 euros), vale muito a pena. Especialmente para quem quer um papel de parede diferente, que não é vendido nas lojas de departamento. Próximos itens da lista: berço e lista de enxoval.

Amanhã vamos cair para a feira de bebês no Parque da Cidade. Quem quiser ir é de 12 às 22h e vai até domingo. Tenho medo das milhões de decisões que vou ter que tomar lá e das milhões de coisas desnecessárias que eu posso cair na tentação de comprar, mas me desejem boa sorte!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Família Moderna - Bruna, Cláudio, Júlia e Júlia

Escrever sempre me levou para longe. Com o blog não é diferente, aqui eu tive, tenho e espero ter ainda mais a oportunidade de conhecer pessoas, histórias e conselhos. É um privilégio pode se conectar com tanta gente em tão pouco tempo e a série Família Moderna me fez enxergar outros lados, descobrir novos caminhos. Metade das pessoas que participaram eu não conheço pessoalmente e mostraram aqui uma parte da vida delas, mas aí está a beleza do mundo virtual.

Com a Bruna é assim. Eu conheço ela apenas virtualmente (embora isso deve mudar na semana que vem porque a gente vai estar na mesma festa), mas temos amigos e pessoas em comum. Como a família dela é super moderna, pedi que ela contasse a bela história de vida dela aqui.

A Bruna tem uma filha linda, venceu um câncer e encontrou o verdadeiro amor. Com o Cláudio (que é meu colega de trabalho aqui no jornal) ela ganhou uma família completa, com a filhinha dele. Eles moram juntos há 9 meses e agora montam todo um novo capítulo, pronto para ser escrito.

Veja os conselhos e as dicas delas aqui.



Quem faz parte da família
Bruna Marques, 30 anos
Cláudio Batista, 34 anos
Júlia Marques, 09 anos
Julia pequena, quase 2 anos 

trio
O trio!

desenho Julia
Desenho da Júlia

amo essa foto -
Juntos


Como a sua família se mantém organizada e unida em meio ao caos dos tempos modernos?
Eu sou neurótica com rotina. Preciso me organizar com certa antecedência, saber qual o melhor caminho, que horas preciso me arrumar e por aí vai. Tudo cronometrado. Mas aprendi a ter um pouco mais de jogo de cintura quando algumas coisas saem dos eixos. Tenho horários loucos, com hora para sair de casa sem saber quando volto. Cláudio trabalha a tarde e também não tem hora para chegar. Júlia estuda de manhã e a tarde fica com a babá, a santa Ana que cuida dela desde bebê e já é da família. 

De um ano prá cá almoçamos juntos, todos os dias, e aproveitamos para contar como foi a manhã de cada um e rimos bastante com as histórias malucas da Júlia e suas amiguinhas, na escola. Ao chegar em casa, no fim do dia, confiro banho tomado, dever de casa feito, e aproveitamos para conversar também. Assistimos novela e jornal, ficamos abraçadinhas e, às vezes, (porque agora ela não é mais criança... estou me preocupando de verdade com essa frase dela), deito com ela, fazendo cafuné. 

allstar
All Star

famosos bicos
Biquinho!

Dupla de fuinhas
A dupla


Como essa formação familiar é relativamente nova, até que nos adaptamos bem. Costumo dizer que o destino me pregou uma peça e colocou o Cláudio na hora certa em minha vida. Ele é exatamente o que sonhei e pedi ao meu santo (sou devota de Santo Antônio. Bato altos papos com ele, iguais ao da personagem de Entre Tapas & Beijos) e me ajuda muito. É um super companheiro. Amo esse hábito de sempre que sobra um tempinho, estamos juntos.

dia que o claudio pediu minha mao em namoro pra Julia
O dia que o Cláudio pediu a mao da Bruna em namoro para a Júlia

Quais seus truques descolados para facilitar o dia a dia das mães modernas?
Como conto com a ajuda da babá, ela sempre me salva e já deixa tudo pronto. Nos fins de semana, Júlia já tem agenda própria, vai pra casa do pai, dos padrinhos, dos tios de coração (palavras dela: os melhores tios do mundo) ou das avós, grandes parceiros que ganhei e que me ajudam demais. Acaba que a mocinha sempre dá um jeito de matar a saudade de um parente. 

julia e bruna
Mãe e filha

A Júlia foi criada para ser independente. Cláudio brinca que ela é uma anã, de tão esperta que é. Agradeço todos os dias a filha maravilhosa que tenho. Compreensiva e dança conforme a musica. Se tiver que se arrumar em cinco minutos, ela cumpre a tarefa direitinho. Uma companheira única.


Julia em dia de show
Juntas em dia de show

Qual foi a melhor dica que você recebeu desde que descobriu que ia ser mãe?
Escutei uma vez que filho não vem com manual e que precisa ser criado para o mundo. Aprendi que tenho que ser sincera e contar a verdade sempre, mesmo que doa. E assim tenho feito. Passamos por algumas turbulências nos últimos dois anos. Descobri que estava com câncer e ela foi minha fonte de inspiração para superar todas as dificuldades. Eu tinha a opção de me entregar à doença ou lutar contra, mas só para ver o lindo sorriso da Julia todos os dias resolvi lutar. Deu certo! Estou curada. Aprendi que quando você é mãe, vira uma leoa e arruma forças de onde nem imaginava que tinha. Sensação única.

Já que eu estou super envolvida no tema, tenho que perguntar: como é ser mãe de uma menina?
Até o sexto mês de gravidez eu tinha certeza que estava esperando o João. Ao fazer a ecografia no mês seguinte fui pega de surpresa quando escutei do médico que era uma menina. Fechei os olhos e pronto já tinha o nome, Júlia. Sai da clinica pensando no enxoval rosa. 

algodao doce
Algodão doce

Esse mundo cor de rosa é incrível. Eu e Júlia somos muito diferentes, ela ama salto (ainda não usa, mas já sonha com esse momento) e animal print, eu só uso sapatilha e adoro corações. Amo rosa, lilás e Hello Kitty. Ela gosta de preto, roxo e Justin Bieber. Resumindo: nos completamos. Ela me dá colo, conselhos (ela é uma anã), escolhe as minhas roupas e, em breve, vou sofrer com rapazes na minha porta. Mas ela já me deu provas de que será mais esperta nesses assuntos sentimentais do que a mãe.


julia
Menina é tudo!

Melhor momento família
Quando estamos juntos é sempre uma festa. Mas ver a alegria e amor das duas Júlias quando estão juntas, isso não tem preço. Criança é muito sincera e demostra muito fácil quando gosta ou não. Acredito que o dia em que apresentamos nossas respectivas famílias foi o mais especial. Amor à primeira vista. Afinal, ter duas Júlias em casa não para qualquer família. A família toda se derrete quando escuta o famoso:  “Oi. Tudo bem? Qual seu nome?” da pequena.


casal
O par!

Melhor atividade para fazer com as crianças
Cantar Justin Bieber, Luan Santana e aprender as coreografias da Galinha Pintadinha são sem duvida as melhores atividades. E descobrimos que brincar de Barbie também é super divertido.

julia me imitando em dia de show celular e caneta na mao
Júlia imitando a mãe

As chances de gêmeos

Eu nunca imaginei que seria  mãe de gêmeos. Tá, pode ser que lá na infância, quando eu tinha uns 8 ou 10 anos, eu tenha escutado a Xuxa falar que queria gêmeos, e de repente virou moda entre as meninas querer gêmeos. Mas, depois, eu esqueci do assunto até pensar em ficar grávida.

Antes do mesmo do teste dar positivo, o Marco vivia falando "tomara que sejam gêmeos". Minha cunhada viu uma vez no tarô que alguém da família teria gêmeos e na viagem da Itália uma prima do meu sogro também me falou a mesma coisa. Mas eu nunca achei que ia de fato acontecer, né? Quais eram as chances?

Bem, fui tentar descobrir. Desde que descobrimos a gravidez de dois, ou melhor, duas, muita gente veio me falar que sonhava em ter gêmeos. E teve até comentário aqui de que "ah, eu não tenho chances". Pois, tem sim! Qualquer um tem chance! De 1 a 100, mas tem!

Sarah Jessica Parker Twins
As gêmeas fofas da deusa e diva Sarah Jessica Parker

A gestação de gêmeos é o mais puro acaso, força do destino, tinha que ser, como Deus quis, não importa no que você acredite. A ciência ainda não conseguiu descobrir o que causa a gravidez de dois, especialmente, quando se trata de idênticos. O que faz um óvulo fecundado se dividir em dois? Ninguém sabe! Não é muito louco? Bem, vamos aos fatos e mitos:

Genética: Todo mundo pergunta: "e tem gêmeos na sua família?". Mas o fator genético influencia cerca de 30% dos casos. E apenas o lado da mãe pode influenciar e mais no caso de gêmeos fraterno. As mulheres de um família podem carregar o gene de uma hiper ovulação. Não acho que seja meu caso também. Descobri recentemente que a minha bisavó, avó da minha mãe, teve gêmeos. Infelizmente, como era la pelos anos 20, eles não sobreviveram. Porém, mais ningúem da família foi mãe de dois. Então, não sei se pode influenciar. Eu acho que a gente foi sortudo mesmo e pronto.


Idade: Mulheres com mais de 35 anos tem mais chances de ter múltiplos, porque tem mais hormônios para dar um up na ovulação. Eu não comprei muito essa não. Aparentemente, os Mas não é a partir dessa idade que as nossas chances de engravidar diminuiem? Eu tenho 29, minh gente, só queria dizer isso.

Sobrepeso: Se você estiver acima do peso as suas chances são maiores. Pasmem! Segundo os cientistas, mulheres com o IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 30, que já é considerado obeso, pode ser mãe de mais de um. Eu nunca tinha ouvido falar nessa! Tudo bem que eu estava acima do peso, mas nem tanto, né? Acho que essa estátisca vale mais para as americanas e europeias.

O número de gêmeos também aumentou em 60% desde os anos 80 por causa do avanço das técnicas de fertilização.

Pois é, minha gente, viu? Qualquer mulher pode ficar grávida gêmeos, é só pensar positivo, se alimentar bem, fazer exercício e contar com a sorte. E quem tem pavor da ideia, cuidado, pode acontecer com qualquer um. Rá!

Fonte: Askbaby.com

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Praga de Mãe - Bianca e Giancarlo

Fazer as crianças se comportarem em eventos sociais, restaurantes, lanchonetes fast food e estádios lotados é um desafio, minha gente! Mas, para tudo na vida há solução. Eu tenho a sorte de conhecer um verdadeiro gentleman de quatro anos que não apenas sabe se comportar em situações como esta, como adora participar do programa dos pais. Por isso, o super conselho na Praga de Mãe hoje é da Bianca, minha concunhada!

O Giancarlo, filho dela e meu sobrinho, é tão sociável que esteve na nossa super viagem no interior da Sicília pela segunda vez e antes passeou por Paris e pela Eurodisney! E foi maravilhoso viajar com ele. Para saber como a Bianca consegue ter uma criança tão aventureira, veja as dicas dela aqui:

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Companheiros de aventura desde cedo!

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Eta risada boa!

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Família unida

Como fazer o filho ser mais participativo na vida social dos pais?

Acho que tem que começar desde cedo, respeitando os limites e a rotina da criança. Queríamos que o Giancarlo fosse um companheirão, então sempre levamos ele para todos os lugares. Sempre com comida, muda de roupa extra, água, suco e brinquedos na sacola, é claro. Se o compromisso era à noite sempre levava a mamadeira. E no meio da reunião, ele já dormiu muito na cama de amigos nossos.

Quais suas dicas para fazerem se comportar em lugares como restaurantes?
As idas aos restaurante tiveram três fases distintas:
1) Quando ele era bebê foi ótimo, eu sempre leva papinha, água e brinquedinhos para distrair.

2) Depois vem a fase mais díficil. Ele já andava e não queria ficar sentado, então a gente nunca comia junto. O marido comia primeiro, enquanto eu dava comida pro Giancarlo, e depois ele levava o Giancarlo para brincar, enquanto eu comia. Mas insistíamos na ideia de ir à restaurantes para o Giancarlo aprender a se comportar e se socializar. Restaurantes com brinquedos ou brinquedoteca são ótimos, mas, quando não tem, é bom levar livrinhos de atividades, lápis de cor, massinha e brinquedos de montar como Lego e Mega Blocks que também são super válidos.
3) Agora, com 4 anos ele já sabe o que quer, escolhe seu prato e o que vai beber e, se deixar, o restaurante! A regra dos brinquedos ainda é vale, mas ele agora já entende o "tem que esperar a mamãe e o papai acabarem de comer." Mantenho a mesma regra em casa, então ele, naturalmente, aprendeu a se comportar.

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No restaurante mexicano, o favorito da família

E as viagens? Qual o seu conselho para as mães que viajam com os pequenos?
Na primeira viagem que fizemos levei quase tudo! Viagem internacional? Levei literalmente tudo! Especialmente o leite que ele tomava, o berço de acampamento (que é uma mão na roda) e o carrinho. Hoje já é bem mais tranquilo. Mas a dica de um milhão de dólares é: sempre leve um brinquedo, ou fralda ou pano, que ele costuma dormir, a ambientação fica mais fácil e ele se sente mais seguro.

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Uma passagem pelo Rio de Janeiro aos 8 meses

Agora fomos na Eurodisney, foi mega cansativo, mas excelente! Vários amigos estranharam porque dissemos que ficaríamos 3 dias lá (todos acharam tempo demais), mas foi perfeito. Conhecemos o ritmo do Giancarlo, então, fazíamos uns 5 brinquedos por dia, no máximo, sendo um sempre de passeio para ele poder descansar do estímulo excessivo.

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No brinquedo do Toy Story

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O Tico e o Teco falam francês, tá?

Almoçávamos pelo Parque mas sempre que sentíamos ele muito cansado, e ele ainda não tinha desmaiado na cadeira do restaurante, voltávamos para o hotel sem pestanejar, afinal estávamos lá por ele e só fomos nos brinquedos que ele quis (inclusive três vezes no simulador do Star Wars - uma para cada dia de parque). E o jantar com os personagens no Café Mickey é OBRIGATÓRIO, não só pelas fotos, mas a comida vale cada euro pago!

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Com o pateta no Café do Mickey

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Pausa para descanso

Giancarlo ficou meio enjoado por causa do jet lag (acho que todos ficamos), então não fiquei neurótica com o que ele comia. O que ele escolhia eu dava porque qualquer coisa que ele comesse era lucro.

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Cachorro-quente gigante em Paris, é para poucos

Em Paris, passeamos bastante, mas em um ritmo bem tranquilo e, sim, tiramos um dia para ficar no quarto até mais tarde, ver um pouco de televisão e descansar (em euro, eu sei) afinal, a gente não podia esquecer que ele tem 4 anos! Aproveitamos o metrô e o carrouge, para que ele andasse menos, e levamos ele ao Louvre, no Museu das Armas e duas vezes ao Jardin de Tuilleries para brincar no parquinho e, no último dia antes de ir, no Parque de diversões que montaram lá para o verão.

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Pose perto da Monalisa


Quais os programas de "adulto" que você mais gostam de fazer com o Giancarlo?
Giancarlo amou o boliche e vive pedindo para ir de novo. A gente sempre tenta, mesmo sendo um programa de "adulto", adequar a situação para ele e leva alguma coisa para distraí-lo.

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Ainda na maternidade! Eu adoro essa foto dos dois

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Enxoval, eis a questão

Eu não tenho ideia por onde começar com o tal do enxoval. Eu vejo aquelas listas prontas e tudo parece irreal para a minha realidade. Até a lista de coisas para levar para maternidade me dá nos nervos. E quando eu penso que tenho que fazer tudo em dobro fico mais confusa ainda.

O meu plano é o seguinte: pegar umas quatro listas diferentes e eliminar/adicionar o que for necessário. Também vou sair buscando pela internet para ver se as mães blogueiras conseguem me dar uma luz no fim do armário.

Por enquanto, não temos ordem (socorro!) Mas, isso já vai mudar. Fui sortuda o bastante para ganhar vários mimos de amigos queridos até agora. Sério, pode ser uma coisa "estou grávida e emocionalmente abalada", mas adoro receber os presentes das meninas e todo mundo acertou em cheio as coisas que eu gosto, então fiquei feliz, feliz, feliz.

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Bodies lindos e estilodos que eu ganhei da Bel. Tudo made in São Paulo.

Para começar, não vamos vestir as meninas iguais. Eu super entendo agora porque muitos pais fazem isso, se já é difícil pensar em uma roupa pra um, imagine para dois! E facilita a vida horrores. Mas a gente acha a coisa meio bizarra. Eu também não gosto de nada fofinho demais, verde claro, palhacinho, ursinho etc. E, afinal, as meninas são modernas, por isso, precisam ser estilosas.

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O que temos até o momento

Quando descobri que eram meninas saí comprando roupinhas igual uma louca sem a mínima organização. E aquela coisa de que tudo é dobrado, precisa ser levado ao pé da letra. No caso de gêmeos, é preciso ter tudo em par, se não uma delas corre o risco de ficar sem roupa ou usar sempre a mesma. É importante também ter tudo de dois do mesmo tamanho, não necessariamente iguais ou só de cores diferentes. Já fiz uma lista de tudo o que eu tenho e agora vou começar a ir atrás dos pares. Portanto, vamos às compras. 

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Estou apaixonada pelas roupinhas demaisssss

Vida de grávida e trabalhadora

Não é fácil, mas a gente (tenta) aguentar o tranco. Passava da meia-noite de segunda-feira e depois de um longo fim de semana de plantão, que, no domingo, começou três da tarde, esperamos na redação para ver se o Muamar Kadafi era derrubado ou não. Coisas da vida de jornalista. Sente a minha cara de arrasada, cansada e com fome!

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E sim, se não fosse pela companhia da Maria Fernanda, que até me alimentou com uma esfiha em um momento de tensão, teria sido muito mais sofrível! É pura sorte ter a amiga no mesmo plantão.

Cheguei em casa quase uma hora da matina, ainda comi um restinho de risoto de camarão, assisti a reprise do Fantástico e dormi. Hoje estava de pé às 8h com o estômago roncando e pronta para começar o dia. Dessa vez, se tudo der certo, com folga.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Baby fever

Eu vou ser muito sincera: cansei um pouco deste capítulo da história. As palavras e as linhas do livro da minha vida atualmente parecem não sair muito do lugar. É gravidez, meninas, nomes, enxoval, quartinho, bebê, fralda, enjoo, barriga e uma tal de "aproveita agora que depois..." ou "e aí o que você vai fazer em relação a isso? e aquilo", que eu nem sei mais quem sou eu, quem é o Marco no meio de tudo isso. Sim, estamos muito felizes, é um momento especial e etc. Blá blá blá. Mas é cansativo, às vezes. E como a ideia é contar tudo nesse blog, não posso deixar essa parte de fora e fingir que eu não estou cansada desse papo de bebê 24 horas por dia, 7 dias por semana. Pronto, falei.

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É uma coisa natural se envolver demais com a gravidez, eu sei. Acho que todas nós passamos por isso. Nós dois falamos o tempo inteiro sobre isso, sou lembrada constantemente sobre isso, faço post sobre isso, mas é hora de respirar um pouco, né? Portanto, cheguei a conclusão:

Quero ler um livro que não seja sobre gravidez, ver um filme indie pelo amor de Dios, descobrir uma banda nova, ler a Vogue americana ou coisa equivalente, viajar para algum lugar que não envolva compras de enxoval e pronto. Acho que depois disso começo a me sentir normal.

E sim, voltaremos com a baby fever nos próximos dias. Eu só quero dar um tempo (não do blog, minha gente!), respirar um pouco do lado de fora, para mergulhar com tudo de vez.

E vocês, mães modernas? Também se sentiram assim em algum momento? Ficaram procurando uma individualidade desesperadamente?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mãe de dois + dois - Erika Berbert

Vamos começar o texto corrigindo o título, a Erika não é mãe de dois, mas de quatro! Ela descobriu durante a terceira gravidez que estava grávida de gêmeos e a família aumentou muito mais do que esperado. São as maravilhosas supresas da vida, que essa mãe moderna tirou de letra! Hoje, ela se divide para cuidar da Lara (4 anos), Lucas (2 anos e 9 meses) e da Ana e do Davi (8 meses).

Conheci a Erika, virtualmente, depois que um amigo meu da faculdade, o Bruno, comentou que a cunhada dele tinha tido gêmeos. Fui logo entrar em contato com ela em busca de dicas e descobri que ela é nutricionista e tem um blog sobre maternidade, o Menu do Bebê http://menudobebe.blogspot.com/

Confira a entrevista com ela aqui:

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Erika e os quatro

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"é tanta gente em casa que precisamos de uma placa de sinalização dos quartos"

Quando e como você descobriu que estava esperando gêmeos?
Foi logo depois do aniversário de 3 anos da minha filha mais velha, a Lara. Ainda tem o Lucas,
apenas 1 ano e meio mais novo que ela. Ou seja, quando eu descobri que estava grávida pela
3ª vez, já tínhamos duas crianças bem novinhas, de fraldas ainda. Imaginem o choque quando
soubemos que ERAM DOIS! As pessoas me perguntavam se eu estava feliz e eu lembro que
pensava: “eu TAMBÉM estou feliz, mas também estou preocupada, com medo, quase em pânico.”
Afinal, quem é mãe sabe o trabalho e a responsabilidade que é criar um filho. Mas todos esses
receios foram no começo... com o passar dos meses e com a barriga crescendo, a alegria e
expectativa foram tomando conta da casa e hoje nem sei imaginar como seria a vida sem um dos 4
sapecas que iluminam a minha vida.

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São dois!

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Erika com seis meses de gravidez e com a turma toda!

Carregar dois é um desafio, como foi a sua gravidez e a preparação para o nascimento?
Infelizmente, não consegui me exercitar com regularidade como fiz na doce espera dos outros
filhos. Acho que todas as grávidas que têm liberação médica para se exercitar deveriam procurar
fazer alguma atividade física. Nas outras duas gravidezes, eu fiz ioga e natação para gestantes (não
era hidroginástica, era natação mesmo) e foi excelente. Os exercícios respiratórios que aprendi nas
aulas me ajudaram bastante na hora do parto (Lara e Lucas nasceram de parto normal).

Como você é nutricionista, preciso perguntar, quais as melhores dicas de alimentação
para as futuras mamães?

Sempre digo às mamães que a gravidez é um excelente período para melhorar ou mudar maus
hábitos alimentares. Quem fuma, está disposta a parar. Quem gosta de bebida alcoólica, passa
a não tomar. Então, que tal fazer um esforço também na alimentação? Afinal, comer de maneira
adequada é importante para a mulher e para o bebê que está sendo gerado.

Cada gestante tem hábitos alimentares e necessidades nutricionais particulares; por isso, uma
consulta com um nutricionista é o melhor caminho para se informar sobre como transformar a dieta
em melhor aliada da saúde.

No blog que escrevo sobre amamentação e alimentação infantil, tem muita informação sobre a importância das fibras, de se beber bastante água e muitas outras dicas sobre nutrição. Mas, sem dúvidas, o melhor mesmo é receber orientações específicas, principalmente se você tem algum problema de saúde, como pressão alta, diabetes ou obesidade. Então, se for possível, agende uma consulta com um nutricionista!

Como foi seu parto e a chegada deles?

O parto aconteceu na 37ª semana de gestação e correu tudo muito bem. Ficou uma pontinha de
frustração por não ter sido parto normal como os anteriores, mas não dá para interferir no que não
está ao nosso alcance. O importante é que minha dupla preciosa chegou ao mundo tão bem que
em dois dias já estávamos em casa.

6Até o terceiro mês, a Ana e o Davi dormiam no mesmo berço, bem juntinhos

Qual foi a melhor dica que você recebeu desde que descobriu que ia ser mãe?

Adoro dicas e, por isso, acho o máximo conversar e trocar experiências com outras mães. Muitos conselhos, uns até bem simples, podem melhorar a rotina e tornar tudo mais fácil. Enfim, ouvi e apliquei muita coisa bacana que ouvi da vovó, tias, primas e amigas, mas nada foi tão importante quanto o conselho que segui do meu pediatra quando eu estava grávida pela 2ª vez: ENSINE A SUA FILHA A DORMIR SOZINHA. Na época, minha filha de 1 ano só dormia mamando ou sendo embalada no carrinho, um processo que podia demorar 5 minutos ou mais de uma hora! Quando minha princesa, enfim, aprendeu a dormir sozinha, posso dizer que minha qualidade de vida mudou. E com os outros também foi assim: hora de dormir, é hora de ir para o berço ou caminha. Fazendo isso, eu consigo ter uma folguinha à noite, um precioso momento para descansar, tomar um banho decente, ver TV, escrever no blog... como é bom um tempinho livre! Depois que oquarteto dorme, é o momento também que tenho para conversar com calma com meu marido e, como nossos filhos vão para cama relativamente cedo, a gente ainda consegue sair de vez em quando para um programinha a dois ou com os amigos.

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No chá de bebê, varal de roupinhas azul e rosa.

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"Quando descobrimos que era um casal, demos esses bonequinhos gêmeos para nossa filha. um sucesso!"

Muito se opinia e se discute sobre a amamentação de gêmeos, como foi essa experiência para você?
Foi e tem sido MA-RA-VI-LHO-SA. Ana e Davi mamaram exclusivamente no peito até 5 meses
e meio. Começaram a comer e, prestes a completar 8 meses, seguem mamando bastante, pelo
menos 3 vezes ao dia. Quando estava na reta final da gravidez, li bastante sobre casos bem sucedidos de amamentação de gêmeos e resolvi que tentaria também. Assim, não comprei de antemão esterilizador, mamadeira, leite em pó, nada disso, só sutiã de amamentar. Estipulei metas bem razoáveis, assim: quando eles nasceram, me programei para tentar o aleitamento materno exclusivo por uma semana. No 5º dia, já bem cansada com as noites mal dormidas, eu pensava “são só mais 2 dias”. Aí completou a semana e estiquei mentalmente o prazo para um mês. Mais uma vez quando estava prestes a desistir, pensava sozinha “é só mais um pouco, vale a pena, vamos lá”. E aí passou o 1º mês e eles mamando, ganhando peso, tudo indo bem. E assim continuaram só no peito até mais de 5 meses. Muito bom! No início, mamavam quase sempre ao mesmo tempo e depois do 3º mês cada um na sua vez.

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Amamentar é o melhor que há

Sei, no entanto, como é o outro lado. A amamentação do meu segundo filho não foi bem-sucedida
e, por isso, vivo escrevendo no “Menu do bebê” sobre as possíveis dificuldades que a lactante pode
encontrar. A pega correta é fundamental para a amamentação dar certo. Vale a pena se informar,
vale a pena tentar amamentar!

Qual o seu conselho para as mães modernas de dois?

Hum, pergunta difícil de responder. É que cada mãe, cada família tem sua rotina e o que é bom para mim pode não ser para outra pessoa. Amo com todas as minhas forças meus filhos e o meu papel de mãe, mas a tarefa não é fácil! Era difícil quando eu tinha só uma filha. Era difícil quando eu tinha dois e continua sendo difícil com o quarteto. Conselhos e dicas são (quase) sempre muito bem-vindos, mas ninguém conhece melhor o filho que a mãe. Assim, acho que devemos acreditar sempre no nosso discernimento, na nossa capacidade de cuidar do maior tesouro que podemos ter nessa vida. Boa sorte para todas nós!


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"Primeira viagem da nossa GRANDE família: uma semana em Foz do Iguaçu"

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Contagem materna: 13 semanas

Estou com 3 meses e uma semana! Na quinta-feira passada tive um mal estar no trabalho e fiquei dois dias de molho em casa, por ordens médicas. Muita tontura, enjoo, dor de cabeça. Resultado: estava desidratada. Agora já estou de volta ao trabalho, ainda meio marejada, seca com os 10% de umidade de Brasília, mas pronta para o dia e o plantão do fim de semana.

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Na casa da minha mãe no melhor estilo mammy poser.

Fiquei frustada por estar passando mal depois do primeiro trimeste, é claro. Especialmente porque estou fazendo tudo direitinho, fui na nutricionista, nunca me alimentei melhor na vida e ainda sim não me sinto bem. Para completar, emagreci! Quando a gente não tenta dá certo, né? Como é isso? Eu deveria estar engordando e não perdendo peso! E olha que a barriga cresceu. Resultado: as meninas são famintas e estão consumindo as minhas reservas. A alimentação delas está garantida (ufa!) o problema é que isso me deixa mais fraca e pode afetar a minha saúde. Haja comida, minha gente!

Também comecei na hidroginástica. Que coisa dos deuses! Grávidas, por favor, se joguem na piscina. A água é maravilhosa e nessa seca do deserto do Saara então... O melhor é que a gente sente que está mexendo os músculos e fazendo exercício! E ainda com o espírito mais leve. Acho que isso é essencial para quem carrega um, dois, três... não importa quantos bebês.

A parte boa de tudo é que agora não falamos mais "os gêmeos" ou "os bebês" e sim "as meninas"! Tudo gira em torno delas. Com o resultado do exame de sexagem nas mãos, já fomos fazer umas comprinhas para aproveitar as últimas promoções na Zara e estou cheia de planos para o quatro delas. Espero ter mais energia para começar colocar tudo em prática!

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

It's a girl thing!

São meninas! Nem acredito! Felicidade total, exatamente o que a gente esperava. Fiz o teste de sexagem fetal no Sabin na última sexta-feira e hoje à tarde saiu o resultado. Estamos nas nuvens e a família inteira também.

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Confesso que sempre tive medo de ser mãe de meninas. Quando eu era adolescente perdi a conta de quantas vezes ouvi minha mãe dizer: "você vai ter uma filha um dia e vai ver só". Então ficava com medo de sofrer o dobro de tudo aquilo que eu aprontei com a minha mãe. Mas, depois, eu cresci e percebi o quanto o laço entre mães e filhas são fortes. É diferente com os filhos. Não sei, o meu irmão é super próximo e unido com a minha mãe. E os meninos tem um jeito especial de ver a figura materna, que é maravilhoso. Mas existe um conexão feminina que é inquebrável. Quando percebi isso, mudei de ideia.

Para quem tiver curiosidade sobre o exame saiba que o procedimento é simples. Custa caro, de fato, R$ 360,50, sem descontos. Mas eu achei que vale cada centavo! Não sei se ia conseguir esperar mais um mês! Eles tiram seu sangue (no braço e não na barriga, como muita gente pensa) e verificam se tem o cromossoma Y na sua corrente sanguínea. Se tiver é menino! Se não é menina! No caso de gêmeos, se forem idênticos, só existe uma opção. E com os bivitelinos pelos menos um vai ser do sexo feminino ou masculino. O teste pode ser feito a partir da 8ª semana.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Engravidar, um pulo no escuro

Engravidar é como dar um pulo no escuro, você não sabe onde vai cair. Oi? Olha nós aqui com gêmeos! Como li muitos comentários sobre mulheres que estão querendo dar este grande salto resolvi contar como foi a nossa experiência aqui. A história ficou meio grande, mas vamos lá:

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Pensando e pensando


A decisão de pular
Com a gente não foi muito complicado, não tivemos aquela longa conversa. Foi aquela coisa: "e aí? você acha que dá?" O assunto surgiu durante os nossos papos por uns seis meses e depois de uma boa convivência com dois maravilhosos sobrinhos, percebemos que era hora. Acho que as prioridades mudam. De repente, sair e beber pra caramba não era tão importante assim e a volta para casa de madrugada passou a ser uma coisa trabalhosa. Estamos juntos há quase seis anos e temos pouco mais de 1 ano e meio de casados. Aproveitamos horrores, viajamos, fizemos loucuras e chegou o momento da calma. Então, por que esperar? Como tínhamos uma viagem marcada para à Europa em junho, a ideia era começar a praticar a coisa lá, mas como eu disse, o desconhecido sempre engana a gente.

Preparação
Fui na minha médica e comentei sobre a decisão. Ela não foi muito encorajadora, ficou naquela de "tem certeza?", mas depois rolou aquele papinho de "você está na idade certa, e etc". Fiz todos os exames de rotina, sangue, transvaginal e preventivo, e estava tudo ok. Estava com um pouco de medo de demorar para engravidar porque tomei a pílula durante seis anos e a médica foi bem clara em relação à isso. "Pode ser rápido, mas pode demorar um ano". Ela achou que demoraria uns três meses para a minha ovulação ficar normal (rá!). Então, sugeriu que eu parasse de tomar a pílula em maio, antes da viagem para o corpo de acostumar (rá!).

A Espera
Parei de tomar a pílula e comecei a praticar a coisa todos os dias (foi uma maravilha, minha gente!). Esta, aliás, é uma boa argumentação para envolver seu marido no negocío. Depois de algumas semanas, eu comecei a me sentir diferente. Não sabia, se era a pílula, se era o sexo, mas me sentia mais leve, mais feliz.

Uns 15 dias depois de começar a tentar, eu fui fazer xixi e percebi um sangramento. Saio do banheiro, pulo na cama, abraço o Marco e digo: "estou grávida!" Tinha certeza absoluta! Mas o sangramento continuou no dia seguinte e parou à noite, então comecei a duvidar. Pensei: droga, meu corpo deve estar uma bagunça hormonal. Depois disso, fiquei um pouco desanimada. Fui na acupuntura, tomei um floralzinho básico, continuamos na tentativa, mas sem muita empolgação.

Negativo
Quando chegou o dia da minha mestruação, nada. Fiz o teste de farmácia, comprei aqueles mais baratos de R$ 12 (não recomendo) e deu negativo. Meu peito estava dolorido, especialmente o bico, e quem sabia da minha tentativa jurava que eu estava grávida. Depois de uns dias, como a viagem estava próxima, resolvi fazer o exame de sangue. Resultado? Negativo! Ficamos ainda mais tristes e recebi conforto das amigas: "pelo menos você vai poder aproveitar a Itália". E lá fomos nós, com o pensamento positivo.

foto(1)
Eu no dia do exame, foto tirada pela Bel, que me fez companhia

A viagem
Comecei a passar mal já no avião. Fiquei com uns gases e umas cólicas terríveis. Foram 24 horas de Brasília até Modica, na Sicília, três aviões e uma viagem de carro. Quando chegamos a ordem era se esbaldar de bebida e comida! Tentei relaxar, mas ainda pensava: "Meu Deus, será que vai demorar para a gente conseguir fazer um filho?" Uns dois dias depois comecei a sentir umas cólicas terríveis, suava frio, parecia que ia desmaiar de tanta dor. Mas aí eu ia no banheiro (fazer number 2 para quem não consegue ler nas entrelinhas) e passava. Mas eu não estava com dor de barriga, diarreia, nada. Só dor. Tomei luftal e buscopan na louca e tentei comer normalmente, afinal eu estava na Itália, né minha gente?

Tivemos que cancelar uma ida à Palermo porque eu não estava bem. Eu chorei horrores no ombro do Marco por causa disso e achei a minha reação estranhamente exagerada, mas pensei "meus hormônios estão loucos!". Corri bastante com o Giancarlo, bebi vinho, caí feio no chão, fiz de tudo, sem saber de nada. Na volta, passei mal de novo no avião e no dia seguinte resolvi ir no médico.

Positivo
Fiquei duas horas na emergência do Hospital Brasília para o médico: primeiro me dizer que não tinha chances de eu estar grávida e depois dizer que talvez sim. Mas que eu procurasse um ginecologista o mais rápido possível. Oi? Saí de lá com o Marco revoltada. Passamos na farmácia e compramos o exame mais caro de R$ 39. Fiz xixi no palitinho e não entendi o resultado durante uns 10 minutos. Até o Marco ler o manual de instruções, me abraçar e dizer "é sim, você tá grávida!".

Foi uma longa aventura até aquele resultado e continua sendo. E eu cheia de dúvidas, achando que ia demorar para eu conseguir ficar grávida e tudo tomou jeito como deveria ser. Pelos nosso cálculos fique grávida uma semana depois da mestruação e ainda são gêmeos. E esta é parte da história de como a gente chegou até aqui.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Mães de dois - Carol Pasuello

Devido às felizes circunstâncias, o Manual da Família Moderna vai começar uma nova série, a partir de hoje! Quando começaram a surgir as dúvidas sobre como é ter gêmeos, eu corri para a internet em busca de conselhos e dicas mães de dois. Descobri ótimas histórias, cada uma com sua característica, e por isso resolvi compartilhar algumas por aqui.

A estreante é a Carol Passuelo, mãe dos gêmos Leonardo e Rafael, que escreve no blog Vinhos, Viagens, uma vida em comum e dois bebês, http://vinhosviagenseumavidacomum.blogspot.com/
Lá, ela conta como é o dia a dia e os dilemas de uma maternidade em dose dupla. Conheça mais um pouco da história dela aqui.

Nós 3 multicolor
Os três

Quando e como você descobriu que estava esperando gêmeos?
Descobri no segundo ultrassom, com 8 semanas (fiz um para confirmar a gestação, com 5 semanas). Meu marido sempre falou que teríamos gêmeos, muito antes de eu estar grávida, mas eu nunca dei bola. No ultrassom, ele perguntou para a médica: "você já sabe que são dois?" e eu pensei: "ih, lá vem ele com esse papinho de novo..." A resposta da médica: "acabei de ver que são dois!" Não acreditei! Eu e meu marido tínhamos combinado de só contar da gravidez depois da 12ª semana, mas não aguentamos, saímos contando pra todo mundo!

Carregar dois é um desafio, como foi a sua gravidez e a preparação para o nascimento?
Minha gravidez foi muito tranquila. Continuei trabalhando normalmente, e até ia de trem para o escritórios, às vezes. Engordei pouco mais de 10kgs. Me alimentava muitíssimo bem e não precisei tomar nenhuma vitamina. Viajei várias vezes a trabalho até o sétimo mês, me sentia disposta, cheia de energia. Entrei de licença maternidade com 36 semanas, por opção. Eles nasceram na 38ª semana.

amor de irmão
Amor de irmão

Como foi seu parto e a chegada deles?
Meu parto foi muito tranquilo. Fiz cesárea eletiva, apesar de meu obstetra ter feito alguns partos normais de gêmeos e me incentivar para isso. Amamentei na primeira hora de vida deles, meu marido deu banho, foi muito legal. Os primeiros dias foram bem intensos, muita aprendizagem e adaptação!

Muito se opinia e se discute sobre a amamentação de gêmeos, como foi essa experiência para você?
Minha experiência foi muito ruim. Amamentei muito pouco e eles sempre tomaram complemento. Vejo que faltou experiência e informação no meu caso, se tivesse lido e aprendido mais, talvez tivesse conseguido por mais tempo, mesmo complementando as mamadas.

amamentação
Primeira mamada

Qual foi a melhor dica que você recebeu desde que descobriu que ia ser mãe?
Pedir ajuda e não tentar fazer as coisas sozinha. A dinâmica com gêmeos é bem diferente da dinâmica da mãe que tem apenas um bebê. A demanda nos primeiros dias (e semanas e meses) é muito intensa e realmente é necessário ter ajuda. Seja do marido, da mãe, de uma empregada ou babá, o ideal é dividir e delegar as tarefas o máximo possível.

Qual o seu conselho para as mães modernas de dois?
Para as mães de gêmeos é: força na peruca! Realmente não é fácil, mas não é impossível. É preciso organização, rotina, ajuda e muita paciência. Os primeiros momentos que são mais difíceis, depois quando eles começam a crescer e ser mais independentes tudo fica mais fácil e delicioso. Hoje os meus tem 1 ano e (quase) 5 meses e estão em uma fase maravilhosa!