quinta-feira, 14 de julho de 2011

Praga de Mãe - Lara e Zoë

A pergunta que não parece calar ultimamente, muito menos na minha mente, é: será que é menino ou menina? E foi justamente essa interrogação que me fez conhecer a Lara. Primeiro, ela comentou aqui no blog e depois começamos a conversar por e-mail.

A Lara é italiana, mas vive pelo mundo. Morou no Brasil por 2 anos, depois voltou para a Itália, Inglaterra e há dois anos ela mora com o marido em Montreal. Ela chegou lá com 8 meses de gravidez e ainda teve que fazer mudança. Loucura total. Mas como toda mãe moderna, a Lara se vira. E foi assim que ela teve a Zoë, que agora tem 1 ano e 9 meses.

Ela decidiu não saber o sexo do bebê até o nascimento. Uma decisão corajosa e, para nós brasileiros, um pouco rara. Acho que é uma coisa quase cultural nossa. Acho que a surpresa de saber se é menino ou menina na hora do parto deve ser surreal e mágica, mas não sei se vou conseguir esperar. Sou muito curiosa, afinal, não sou jornalista à toa. Mas pedi para a Lara dividir a experiência dela aqui, quem sabe alguém cheio de coragem também se inspira.

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A pequena Zoë

"Ser mãe sempre foi um sonho. Estava doida para saber o sexo, mas meu marido queria fazer tudo de forma natural (só saber na hora do parto) e decidi confiar no instinto dele. E foi a decisão certa, acredite em mim! Dessa forma você consegue focar toda a atenção no bebê e não cria expectativas. Você respeita o seu filho porque considera ele ou ela um ser humano antes de ser um menino ou uma menina. Por exemplo, minha avó e meu avó queriam tanto ter um menino que eles se convenceram de que ela estava esperando um, e quando a minha mãe nasceu, eles ficaram super decepcionados. Foi há muito tempo atrás, é claro, e eles tinham outra mentalidade, mas a minha mãe cresceu pensando que ela deveria ser um menino e não se sentiu aceita.

Durante toda a gravidez todo mundo vai olhar para você e dizer “esse pequeno vai fazer isto ou vai fazer aquilo” e acho que você acaba colocando muita expectativa em uma criança que nem nasceu ainda. Uma vez que você sabe o sexo começa a pressão pela escolha do nome: “qual você vai querer, eu gosto mais deste e você deveria colocar aquele”. Não defina ele ou ela ainda, espere o seu filho se revelar por si só para você. E mais, não saber o sexo deixa todo mundo louco, até mesmo os estranhos, é cheio de suspense até o final!

Às vezes, era uma tortura porque você fica curiosa, mas é empolgante ao mesmo tempo e quando chega o parto você tem uma supresa maravilhosa. Eu posso estar exagerando um pouco, mas para encurtar a história: para nós, existiam mais motivos para não saber do que saber. É natural, te dá a ideia de respeitar a criança como pessoa desde o início e é divertido! No final da gravidez, as pessoas começaram a achar que eu iria ter um menino e eu sempre quis ter um menino porque eu não tive irmãos. Estava curiosa e bem com a ideia de ter menino ou menina. Eu comecei a achar que estavam todos certos mas quando o bebê nasceu era uma menina! Na hora do parto, estava tão cansada que nem lembrei de perguntar qual era o sexo, eles me disseram uns segundos depois e eu não fiquei desapontada, eu estava tão feliz!

Uma coisa que eu queria saber antes de ter tido ela (mas que eu, provavelmente, não teria acreditado ou entendido) é que quando eles nascem, eles tiram o seu coração, ficam com ele e não te devolvem mais. É deles para sempre, não importa aonde estiverem ou quantos anos eles tenham. Ser mãe não é fácil, mas é maravilhosooooo e faz você crescer bastante!"

2 comentários:

  1. Tati, tenho uma pergunta pra vc, futura mamãe moderna.

    Pretendo engravidar ainda esse ano, mas estou rodeada de amigas grávidas.

    Pergunta: Em termos de enxoval, o que vc considera essencial para a chegada do seu baby?

    Vejo as pessoas enlouquecidas com a "necessidade" de ir aos Estados Unidos comprar enxoval por ser mais barato.

    Beijos,
    Lívia Gomes

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  2. Oi, Lívia! Vou fazer um post sobre isso, com certeza! Por enquanto, ainda estou meio perdida em relação ao enxoval. Pra falar a verdade, só comecei a pensar no quarto. Mas em breve teremos post sobre a loucura por Miami também. Beijos, Tati

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